Título: Até os Comboios Andam aos Saltos
Autor: Célia Correia Loureiro
N.º de Páginas: 236
Sinopse:
Uma mulher prestes a completar 30 anos está no aeroporto de Barajas à espera do voo para Lisboa. Tem um bloco de notas e um lápis, pelo que começa a registar tudo o que vê ao redor, assim como o muito que tem por resolver.
Num monólogo intimista e cru, sem cair no politicamente correto, os pensamentos desta mulher ameaçam fundir-se com os do leitor comum.
Através de saltos temporais vamos conhecendo esta jovem em profundidade, porque o que é que nós somos senão um acumular de vivências?
O facto de partirmos para a leitura deste livro sabendo que é uma espécie de biografia, e conhecendo a autora através das redes sociais, dos seus livros, faz com que este livro nos toque ainda mais. Despojada de qualquer manipulação e floreados, Célia mostra uma vida dura, mas com uma esperança, que transforma uma rapariga proveniente de uma família disfuncional num ser maior.
Este livro mexeu comigo a vários níveis. Primeiro porque esta vida, embora com um toque ficcional, é muito dura, mas porque vivenciei, juntamente com a personagem, a dor de um doente terminal de cancro. Tudo me veio a uma memória recente e não foi nada bom recordar todo o sofrimento pelo qual passa um doente terminal, mas também a sua família direta.
No entanto, apesar da carga emocional que este livro nos traz, sabemos que qualquer livro que venha do punho de Célia Correia Loureiro só pode resultar num livro 5*.
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