Título: Jogo de Morte
Autor: Angela Marsons
Editor: Quinta Essência
Ano: 2022
N.º de Páginas: 424
Os mortos não contam segredos… a não ser que estejam atentos. O rosto da rapariga estava virado para o céu azul mas ela não o fitava, a sua boca estava aberta mas ela não chamava por ninguém. O que pairava sobre ela não era a energia vibrante da vida mas sim a sombra negra da morte...
O centro de investigação Westerley não é para os fracos de coração. Por se tratar de uma quinta de cadáveres - na qual se investiga a decomposição humana -, os seus habitantes são corpos em vários estados de decomposição. Mas quando a detetive Kim Stone e a sua equipa descobrem o cadáver de uma jovem assassinada há pouco, parece óbvio que alguém encontrou a maneira perfeita de encobrir um crime. Uma segunda rapariga é atacada. E uma terceira desaparece misteriosamente…
Kim Stone tem cada vez mais perguntas mas as poucas respostas que obtém não a aproximam da verdade. O passado parece ter a chave para os segredos do assassino - mas conseguirá a detetive descobrir a verdade a tempo de evitar que outra mulher caia nesta teia mortal?
👮Comecei com as leituras dos livros de Angela Marsons com Jogos Cruéis. Este é o segundo livro da série Kim Stone, e apaixonou-me de tal forma que tive de imediato comprar o primeiro livro e devorei-o.
Quando o terceiro foi publicado por cá, no ano passado, fiquei em pulgas para começar a lê-lo, mas acabou por ser uma verdadeira desilusão, tendo eu acabado por suspender a sua leitura ao fim de umas quantas páginas.
Com algum receio, confesso, acabei por pegar neste quarto livro, publicado há poucos meses por cá, e fiquei novamente rendida à escritora britânica. E não é que agora fiquei tentada a dar uma segunda oportunidade As Raparigas Perdidas? A ver vamos.
Naquilo que me fez muito lembrar a Quinta dos Cadáveres de Patrícia Cornwell, um clássico thriller, Kim Stone é levada a investigar num centro de investigação peculiar. Peculiar porque aqui estudam-se cadáveres em diferentes estádios de decomposição humana. E haverá melhor local para colocar um cadáver vítima de homicídio? Para o assassino não. E é aí que aparece o corpo de uma jovem, cuja boca estava cheia de terra.
Chamada para investigar esta morte misteriosa, Kim determina que o corpo foi depositado há pouco no local e começa de imediato a investigação. Até que uma segunda rapariga também aparece no local, embora tudo indique que o assassino não tenha conseguido terminar o seu trabalho. A segunda vítima está moribunda e a esperança que sobreviva é muita.
O palco da deposição dos corpos foi o que mais achei interessante e a forma como os técnicos avaliam a decomposição através de vários fatores, sobretudo meteorológicos e do solo, acabam por ser fascinantes.
À medida que a investigação avança vamos percebendo estar perante um assassino com problemas do passado e que se trata de uma vingança que já vem de há muito tempo, o que nos leva a querer saber mais sobre a vida das suas vítimas. Gostei a forma como a autora abordou o tema do bullying na infância, mas também a maneira como Kim conduziu a investigação.
O livro tem um ritmo alucinante e acabei por ficar vidrada à história como já tinha acontecido nos primeiros dois livros da autora.
Um livro a não perder.
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