terça-feira, 14 de setembro de 2021

Águas Passadas - João Tordo [Opinião]

 

Título: Águas Passadas
Autor: João Tordo
Editor: Companhia das Letras
N.º de Páginas: 526

Sinopse: 
Durante treze dias de Janeiro de 2019, a chuva cai sem misericórdia sobre Lisboa. É quando aparece a primeira vítima, na praia de Assentiz: uma jovem de quinze anos trazida pela maré. O seu corpo apresenta marcas de sofisticada malvadez. A primeira agente no local é Pilar Benamor, uma subcomissária da PSP cuja coragem e empenho em descobrir a verdade ocultam segredos dolorosos.

A jovem vítima é Charlie, filha de um empresário inglês, mas logo a vítima de um segundo crime brutal um rapaz de dezassete anos aparece na floresta de Monsanto, em condições inenarráveis. Estas duas mortes prematuras e violentas abrem caminho a uma investigação que irá descarnar a alta sociedade portuguesa e o submundo do crime.

Ao longo desse inclemente mês de Inverno, Pilar desbrava caminho na investigação, contra tudo e todos e com a ajuda de Cícero, um misterioso eremita.

Desobedecendo a ordens superiores e colocando a própria vida em risco, vai penetrar no mundo escuro e tenebroso de um psicopata, enquanto luta com os fantasmas que há muito carrega: um pai polícia que morreu em serviço, um vício que a consome e a vulnerabilidade num mundo dominado por homens.

Depois da estreia no género com A Noite em Que o Verão Acabou, João Tordo regressa com um policial de ritmo imparável e delicada sensibilidade, que vai ao âmago dos nossos piores medos.








João Tordo está de volta com mais um thriller. Depois deo romance Felicidade, o autor português decidiu voltar ao género thriller, que me agradou muito visto ter gostado imenso do primeiro.
 Curiosamente, gostei mais deste livro do que do que da estreia, apesar das críticas que tenho lido e ouvido sobre ele.

Tudo isto colocou-me de pé atrás no início da leitura e, apesar de algumas falhas encontradas, gostei imenso.

Quando o corpo de uma rapariga é encontrado na praia, a polícia é chamada ao local do crime. Suspeita-se logo ali de que a morte não é acidentental visto a vítima não ter olhos. Apesar de tudo, o caso não é logo encaminhado para a PJ, o que causa espanto. Pilar, agente da PSP, fica obsecada pela investigação e não sossega até descobrir quem está por detrás de tudo isso. Mesmo quando o caso passa finalmente para as mãos da PJ...

Entretanto outro corpo aparece em circunstâncias pouco normais e depressa se percebe que as mortes estão interligadas.

Achei Pilar bastante humana, com fraquezas que a levam a ter atitudes pouco nobres, mas também com preserverança. No entanto, a personagem que mais me encantou foi o velho eremita.





 

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