Título: O Rapaz no Cimo da Montanha
Autor: John Boyne
Editor: Edições Asa
N.º de Páginas: 224
Mas não estamos numa época qualquer: decorre o ano de 1936 e a Segunda Guerra Mundial está na iminência de eclodir; nem tão-pouco estamos numa casa qualquer: a casa no cimo da montanha, onde a tia trabalha e para onde Pierrot se muda, é nada mais nada menos que a Berghof, a casa-refúgio de Adolf Hitler.
Facilmente Pierrot se torna menos francês e mais alemão, deixando-se seduzir pelo poder da farda e pela força da mensagem nazi. Mas… a que custo? E se aconteceu a Pierrot, não poderia também acontecer a cada um de nós?
A mãe, francesa, vê-se a braços com uma criança pequena e com uma doença que a iria levar também a morte precocemente. Pierrot fica órfão e sem ninguém para tomar conta dele. Apesar de ser um menino encantador e ter como melhor amigo Ashner, um vizinho cuja família o acolhe temporariamente, o menino será inscrito num orfanato com o intuito de ser adoptado o quanto antes.
Naquele local onde é difícil fazer amizades, Pierrot sente a falta de Ashner, o seu amigo surdo que os leva a comunicar por códigos. A distância não esmorece a amizade e ambos continuam a escrever cartas um ao outro a contar sobre as mudanças que estão cada vez mais presentes nas suas vidas.
Tudo muda na vida do jovem Pierrot quando chega ao orfanato a notícia que uma tia, irmã do pai, pretende que o menino vá viver com ela numa casa isolada, no cimo da montanha pertencente ao “senhor”.
A tia, governanta da dita casa, tem autorização do patrão para acolher o sobrinho, com a condição de que este se porte bem. Pierrot vai viver um novo mundo, numa casa recheada de criados e cuja devoção, ou medo, pelo “senhor” é enorme.
O “senhor” é nada mais nada menos que Hitler, e quando Pierrot vai para a sua casa na montanha, apesar do ditador já se encontrar no poder, ainda não tem começado a II Guerra Mundial. Mesmo assim, e sabendo que o Führer não gosta de franceses, a tia decide mudar o nome de Pierrot para Pieter, um nome mais condizente com a nova realidade do rapazinho.
Do menino, melhor amigo de um judeu, Pierrot estabelece uma amizade com o maior inimigo deles, e essa amizade vai transformá-lo, deixando-se seduzir pela farda que o senhor lhe dá.
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