A Noiva Judia marca o desfecho da série Afonso Catalão. Num total de seis livros, Nuno Nepomuceno termina assim mais uma série que vem apaixonando leitores de todas as idades.
Este livro é importante porque traz as respostas a muitas das perguntas que fomos fazendo ao longo da série e que permaneceram em aberto sempre que um dos livros terminava. A dúvida surgia sempre e acabava por colocar ao leitor uma ansiedade enorme, esperando que o próximo livro trouxesse as respostas todas pretendidas.
Sem querer levantar muito o véu relativamente a este livro adianto apenas que um dos antagonistas acaba por morrer, barbaramente. O seu corpo aparece numa praia deserta em Itália e surge na mesma altura um rapaz que se dá como culpado. Apesar da confissão a polícia não parece querer solucionar prontamente o caso e segue com a investigação. Para apimentar mais a investigação descobre-se, no dia do funeral, que o escritor morto estava noivo de uma colecionadora de arte, também já conhecida dos leitores.
Nuno Nepomuceno transporta-nos de Cambridge para Veneza e de Veneza para Amesterdão em viagens alucinantes em busca da verdade. Escrito a um ritmo bastante acelerado A Noiva Judia faz com que o leitor não consiga parar de ler porque cada capítulo é uma resposta há muito aguardada.
O autor continua a retratar temas polémicos como antissemitismo, o Islão, a homossexualidade, munindo-se de muito conhecimento sobre os temas, o que eleva os seus livros a outro patamar.
Fiquei contento com o desfecho da história por ter obtido todas as respostas, mas ao mesmo tempo tenho um amargo de boca por me despedir assim de um dos meus protagonistas favoritos. Resta ainda a esperança que qualquer dia ele regresse à ribalta.
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