quarta-feira, 13 de maio de 2020

A Mulher à Janela - A. J. Finn [Opinião]

Título: A Mulher à Janela
Autor: A. J. Finn
Editor: Editorial Presença
N.º de Páginas: 488

Sinopse:
Anna Fox não sai à rua há dez meses, um longo período em que ela vagueou pelos quartos da sua velha casa em Nova Iorque como se fosse um fantasma, perdida nas suas memórias e aterrorizada só de pensar em sair à rua. A ligação de Anna ao mundo real é uma janela, junto à qual passa os dias a observar os vizinhos. Quando os Russells se mudam para a casa em frente, Anna sente-se desde logo atraída por eles - uma família perfeita de três pessoas que a fazem recordar-se da vida que já teve. Mas um dia, um grito quebra o silêncio e Anna, da sua janela, testemunha algo que ninguém deveria ter visto e terá de fazer tudo para encobrir o que presenciou . Mas mesmo que decida falar, irá alguém acreditar nela? E poderá Anna acreditar em si própria?

Um thriller eletrizante onde nada nem ninguém é o que parece.

A minha opinião: 
Anna Fox sofre de Agorafobia, um dos transtornos de ansiedade mais comuns. Este tipo de transtorno surge, na sua maioria das vezes, pelo surgimento de alguns episódios de ataques de pânico. No caso da personagem do livro, Anna recusa sair de casa, até para colocar o lixo. Sabemos que já não o faz há dez meses. 

Contudo, tal facto, não a impede de se ir inteirando do que se passa na rua onde vive. E acaba por se aperceber, através da lente da sua máquina fotográfica, do que se vai passando na casa de cada um dos vizinhos, desde quem está a ser infiel no casamento, até à chegada de novos vizinhos. Tal vouyerismo vai colocá-la em apuros, porque Anna acaba por ser uma espécie de stalker para com os novos vizinhos uma espécie de . 

Certa noite, Anna, que vive sozinha desde que o seu marido Ed e a sua filha Olívia saíram de casa, ouve um grito vindo da casa dos Russells, e chama a polícia. Mas ninguém parece acreditar naquilo que vai dizendo, e episódios como estes vão-se sucedendo. 

Adorei este livro e, não fosse o facto de o ter lido numa leitura conjunta, que durou cerca de uma semana, tê-lo-ia lido em apenas um dia. 

Se o início da história foi lento, mas importante para não perdermos o seu rumo, a personagem Anna intrigou-me desde o primeiro momento. A protagonista não é uma personagem fácil de se gostar à primeira vista. Estranha, quase como uma eremita, Anna é alcoólica e abusa de medicamentos. O seu dia-a-dia é preenchido a beber, a ver filmes a preto e branco, e a vigiar os vizinhos. 
Mas toda esta vida acabou por me intrigar e acabei por ter pena desta mulher, que tinha uma vida que poderia ter sido perfeita. Caricato é que Anna participa num grupo o Agora, onde ajuda outras pessoas a ultrapassar a mesma fobia que ela, já que é psicóloga.

Estes novos vizinhos vão dar uma nova vida à própria vida de Anna e acaba por se tornar uma obsessão. 

Adorei. 








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