A rapariga que veio do frio chega para revelar fantasmas do passado e uma rede de exploração sexual de mulheres
Tráfico de mulheres, violência, abuso sexual e assassinato são os ingredientes que dão corpo à estreia de Gilberto Pinto na escrita de policiais.
A violência sobre mulheres é um dos temas que marcam a atualidade noticiosa e a história de A rapariga que veio do frio, policial de Gilberto Pinto que chega hoje às livrarias, com o selo da Coolbooks.
É com um ritmo acelerado e em permanente suspense que o autor apresenta as vidas de Aníbal e Leonardo. Protagonistas da mesma história, ambos são dados a conhecer em duas linhas narrativas, distintas no tempo e no espaço, que se encontram para revelar a verdade sobre uma rede de tráfico de mulheres oriundas do leste da Europa para exploração sexual e a morte de uma jovem encontrada nua e abraçada a um violino.
No Porto dos nossos dias, o leitor é convidado a acompanhar Leonardo, um jornalista cansado e frustrado que se encontra envolvido na investigação de um estranho assassinato de uma mulher ocorrido na cidade. Este acontecimento bizarro parece estar associado à morte de homens ligados ao tráfico de mulheres e a investigação conduz o jornalista até Belmonte, uma aldeia no Douro e sua terra natal.
Na mesma aldeia de Belmonte, é Aníbal quem narra a sua história, que se estende desde a década de 60 do século passado até à atualidade. Caseiro da Quinta das Garças, o seu percurso é profundamente marcado pelas incidências – violência, morte, mentira e tragédia – que pautam o passado e o presente dos proprietários desta herdade duriense.
Com um estilo intenso e elegante, capaz de prender o leitor ao longo das quase quatrocentas páginas, A rapariga que veio do frio promete agradar aos fãs de policiais, mas também aos que preferem um romance denso e sombrio.
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