«Um livro que evoca paixão e poder; repleto de cidades e cenários e pessoas extravagantes — lobos, amantes, lendas, guerra e disputas.» - Paul Theroux
«A sua presença rigorosa honra a literatura.» - George Steiner
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São poucos os escritores que conseguiram alcançar o patamar de Elias Canetti, autor de uma importante obra que abrange os mais variados géneros e estilos literários — do romance e ensaio de grande fôlego aos cadernos de apontamentos, dos epigramas ao teatro —, e da qual desponta uma das mais originais e perspicazes reflexões sobre a condição humana em sociedade, combinando erudição com fulgor narrativo.
Primeiro dos três volumes que compõem as suas memórias autobiográficas, que se confundem com a atribulada história do século XX, A Língua Resgatada oferece ao leitor um retrato do contexto pessoal e do desenvolvimento criativo de Canetti durante os anos cruciais da sua juventude.
Da cidade búlgara da infância, verdadeiro cruzamento de povos e culturas, onde o pequeno Canetti toma contacto com mais de seis línguas diferentes, à cosmopolita Manchester ou da imperial Viena à pacata Zurique, são estes os cenários que moldarão o seu crescimento, sempre sob os efeitos da conturbada relação com a mãe, narrados numa prosa íntima, intensa e veloz, que a Academia Sueca não hesitou em considerar «o ponto cimeiro da sua obra».
Os segundo e terceiro livros serão publicado ainda em 2018.
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Sobre o autor:
Elias Canetti (Ruse, 1905 – Zurique, 1994), romancista e ensaísta de origem búlgara, foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura em 1981. Proveniente de uma família de judeus sefarditas (a língua materna de Canetti foi o ladino), a sua juventude foi passada entre a Áustria, a Suíça e a Alemanha.
Integra-se nos círculos literários e intelectuais de Viena e Berlim do final dos anos 20, travando conhecimento com figuras maiores do seu tempo: Kraus, Grosz, Babel, Brecht. Em 1938, após a ocupação da Áustria por parte das tropas nazis de Hitler, emigra para Londres, via Paris. Em 1952 recebe a nacionalidade britânica. Auto-de-fé (Die Blendung), o seu primeiro e único romance, data de 1935 e é destinado a inserir o seu nome na história da literatura, ao lado de figuras como as de Musil e de Broch. Em 1960, publica o trabalho ao qual dedicou três décadas da sua vida, o ensaio Massa e Poder. Estudo fundamental e indispensável sobre a sociedade humana é considerado a sua magna opera, cobrindo múltiplas disciplinas e encerrando uma autêntica visão do mundo.
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