quinta-feira, 22 de março de 2018

«Portugal à Lei da Bala», de António Luís Marinho e Mário Carneiro: terrorismo e violência política no século XX - Somos mesmo um povo de brandos costumes?

Título: Portugal à Lei da Bala
Autores: António Luís Marinho e Mário Carneiro
Género: História / História de Portugal
N.º de páginas: 480
PVP: € 18,80

O livro Portugal à Lei da Bala, da autoria dos jornalistas António Luís Marinho e Mário Carneiro – que inclui uma “conversa à laia de prefácio” com Carlos Antunes – vem dar resposta à pergunta que muitas vezes se faz: são os portugueses um povo de brandos costumes?
Esta obra, que chega hoje às livrarias, consiste numa investigação original dos períodos de violência política em Portugal, desde o fim do Regime Monárquico, passando pela agitada e breve Primeira República e pelos 48 anos de Ditadura, até à violência pós-revolução de abril de 1974. Portugal à Lei da Bala está também enriquecido com ilustrações da época, recolhidas em periódicos como O Século, o Diário de Lisboa e A Capital.
«Do que falamos exatamente quando classificamos um ato violento de terrorismo?
Por definição, trata-se da dominação pelo terror. Uma forma violenta para pressionar ou coagir um governo, ou uma sociedade.
A violência terrorista foge, por isso, às “regras” da guerra tradicional, introduzindo meios como os assassinatos, sequestros, atentados bombistas ou raptos, usados por vezes indiscriminadamente, criando o ambiente propício à instalação do medo na sociedade.
A criação de um clima ou de uma sensação constante de insegurança é o objetivo fundamental do terrorismo.»

Sinopse:
Ao longo do século XX, Portugal conheceu períodos de grande violência política, incluindo várias ações terroristas, onde se destacam o regicídio, em fevereiro de 1908, o assassinato do Presidente Sidónio Pais, em dezembro de 1918, e a denominada Noite Sangrenta, em outubro de 1921, que resultou na morte, entre outros, de um chefe do governo, António Granjo.
Os atentados bombistas foram uma constante, no período que antecedeu a revolução republicana e, com mais intensidade, durante a I República.
Os anos 60 conheceram também ações espetaculares, como o assalto ao paquete Santa Maria e o seu desvio durante 12 dias, de 22 de janeiro a 2 de fevereiro de 1961, ou o desvio de um avião da TAP, em novembro do mesmo ano.
Nos anos 70, movimentos políticos como a LUAR – Liga de Unidade e Ação Revolucionária, ou a ARA – Ação Revolucionária Armada, ligada ao PCP, optaram por ações violentas contra o regime. O período pós-25 de Abril, denominado Verão Quente, foi fértil em violência, com especial destaque para os atentados bombistas perpetrados por movimentos ligados à extrema-direita e de que resultaram vários mortos.
Nos anos 80, as denominadas FP-25 – Forças Populares 25 de Abril deixaram um rasto de 13 mortos, resultantes de atentados seletivos a tiro ou à bomba.
Somos mesmo um povo de «brandos costumes»?

Sobre os autores:
António Luís Marinho nasceu em Lisboa, em 1954. É jornalista desde 1981. Trabalhou em todos os géneros da Comunicação Social: imprensa, rádio e televisão. Foi diretor de Informação, em períodos diferentes, da Agência de Informação LUSA, da Rádio Pública, Antena 1 e da RTP. Foi coautor, com Joana Pontes, da série de 13 documentários televisivos intitulada Século XX português, emitida na SIC em 2001.
Autor de Operação Mar Verde – Um Documento para a História e 1961 – O Ano Horrível de Salazar, e coautor, com Mário Carneiro, de 1974 – O Ano que Começou em Abril e 1975 – O Ano que Terminou em Novembro, editados pela Temas e Debates e pelo Círculo de Leitores.
Concluiu o curso de especialização em História Contemporânea, na Universidade Nova de Lisboa. Frequenta o 3º ano do curso de doutoramento em Ciências da Comunicação, no ISCTE.
Mário Carneiro nasceu em Lisboa, em 1966. É jornalista desde 1992 e exerce atividade profissional em televisão desde esse ano. Atualmente, é autor e apresentador de programas de entrevistas exibidos em diversos canais da RTP. É licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, cidade onde vive. Tem dois filhos.
É coautor, com António Luís Marinho, de 1974 – O Ano que Começou em Abril e 1975 – O Ano que Terminou em Novembro, editados pela Temas e Debates e pelo Círculo de Leitores.



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