No dia 21 de agosto comemoramos os
600 anos da conquista de Ceuta. Para assinalar esta data o prestigiado
historiador Paulo Drumond Braga apresenta-nos um livro que nos mostra
como é que a tomada de Ceuta foi o tiro de
partida para o início dos Descobrimentos portugueses.
Sinopse:
No dia 21 de agosto de 1415, por
volta das seis da manhã, um exército português, comandado por D. João I,
desembarcou em Ceuta e conquistou a cidade. Ao lado do rei, seguiam os
seus filhos mais velhos, D. Duarte, D. Pedro
e D. Henrique, que viam nesta empresa um palco mais digno e honroso
para serem armados cavaleiros do que um simples torneio. Os combates
fizeram-se corpo a corpo, porta a porta, rua a rua, através das
apertadas vielas da cidade muçulmana, demonstrando uma
vontade hercúlea em conquistar aquela importante praça norte-africana.
Depois de dominada a cidade, os Portugueses ocuparam o castelo, onde se
tinham refugiado os habitantes de Ceuta, mas que entretanto havia já
sido abandonado. Na torre foi colocada a bandeira
de São Vicente, que era, como ainda é, a da cidade de Lisboa, e que a
partir desse momento passou a ser igualmente a de Ceuta. Seiscentos anos
depois da conquista desta importante cidade do Norte de África, o
historiador Paulo Drumond Braga apresenta-nos um
livro essencial para percebermos de que modo a tomada de Ceuta foi o
tiro de partida para o início dos Descobrimentos portugueses. Analisando
as motivações para a conquista, bem como a vida económica, religiosa e
quotidiana de uma cidade portuguesa em África
desde a sua tomada até ao fim da presença lusa, este livro leva-nos
numa viagem intensa por um período extraordinário da História de
Portugal.
Sobre o autor:
Paulo Drumond Braga é licenciado em
História (1987) e mestre em História da Idade Média
(1992) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa e doutor em História dos Descobrimentos e da Expansão
pela mesma universidade (1997). Leciona, desde 1997, na Escola Superior
de Educação Almeida Garrett (Lisboa), sendo investigador
do Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade da Universidade
do Porto (CEPESE) da Universidade do Porto. Participou, como
comunicante, em numerosos congressos científicos realizados em Portugal,
Espanha, Alemanha, Itália, Reino Unido e Brasil e
é autor de cerca de uma centena de artigos saídos em revistas
portuguesas, espanholas e brasileiras. É autor dos seguintes livros: A
Inquisição nos Açores (1997); Ceuta Portuguesa (1415-1656) (1998) (em
colaboração com Isabel M. R. Mendes Drumond Braga); Setúbal
Medieval. Séculos XIII a XV (1998); História dos Cães em Portugal. Das
Origens a 1800 (2000); D. João III (2002); Coimbra e a Delinquência
Estudantil (1580-1640) (2003); Do Crime ao Perdão Régio (Açores, Séculos
XVI-XVIII )(2003); Leite. Biografia de um Género
Alimentar (2004); Portugueses no Estrangeiro, Estrangeiros em Portugal
(2005); D. Pedro II. Uma Biografia (2006); A Princesa na Sombra. D.
Maria Francisca Benedita (1746-1829) (2007); O Príncipe D. Afonso, filho
de D. João II. Uma Vida entre a Guerra e a Paz
(2008); Torres Vedras no Reinado de Filipe II. Crime, Castigo e Perdão
(2009); Filhas de Safo. Uma História da Homossexualidade Feminina em
Portugal (Séculos XIII-XX) (2010); Duas Rainhas em Tempo de Novos
Equilíbrios Europeus. Maria Francisca Isabel de Saboia.
Maria Sofia Isabel de Neuburg (2011); D. Maria (1521-1577), uma Infanta
no Portugal de Quinhentos (2013); D. Pedro III. O Rei Esquecido (2013);
A Rainha Discreta. Mariana Vitória de Bourbon (2014); À Cabeceira do
Rei. Doenças e Causas de Morte dos Soberanos
Portugueses entre os Séculos XII e XX (2014).
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