Título: Cuba Livre
Autor: Yoani Sánchez
N.º de Páginas: 236
PVP: 14,90€
Sinopse:
Yoani Sánchez é uma dissidente atípica: não denuncia, não ataca, não contesta. Limita-se, no seu blogue, a contar o que significa viver hoje no regime comunista de Cuba: a dificuldade de fazer compras e a fome crónica, a arte de reparar os electrodomésticos avariados, a luta para se descobrirem as notícias verdadeiras nas entrelinhas dos jornais do partido, o medo de ir para o hospital onde não existem sequer as condições mínimas para a esterilização, a convivência forçada com a propaganda que se insinua nos media, nas praças e nas escolas, o pânico com a chegada de alguma intimação da polícia, a preocupação com os amigos presos, a saudade dos muitos que fugiram e a desilusão por todos os que deixaram de acreditar no futuro. Mas, sobretudo, ela desfaz o falso mito da eficiência castrista e descreve, entre a ternura e a raiva, a frustração pelas potencialidades não demonstradas e pelos sonhos perdidos daqueles que, como ela, nasceram na Cuba dos anos 70 e 80 e se encontram presos a uma utopia que não lhes pertence. As falsas promessas de Raúl Castro, que sucedeu oficialmente ao irmão em 2008, foram a última gota de um quotidiano que escorre dor e desilusão. Yoani tornou-se a porta-voz involuntária de uma geração que nunca conheceu a liberdade e o seu blogue é hoje o mais aguçado espinho no flanco do regime. Ao ponto de o próprio líder máximo a ter atacado publicamente e a ter acusado de ser uma espia a soldo do capitalismo. À arrogância do poder que pretende dirigir a sua existência, Yoani continua a opor a força da obstinação e a presunção da sua utopia pessoal: poder viver um dia numa Cuba livre.
Sobre a autora:
Yoani Sánchez nasceu em Havana em 1975. Licenciou-se em Filologia Hispânica e trabalha como webmaster e jornalista do portal Desdecuba.com e, às escondidas, como guia turística em Havana. Em Abril de 2007 inaugurou o blogue Generación Y que suscitou um enorme interesse em todo o mundo. No ano seguinte ganhou o prémio Ortega y Gasset concedido pelo jornal El País para o jornalismo digital. Mantém uma rubrica no Internazionale. Yoni Sánchez foi incluída pela Time na lista das 100 pessoas mais influentes de 2008, com Barak Obama, o Dalai Lama e Rupert Murdoch.
Destaque:
Vivo numa utopia que não é a minha. Por ela se sacrificaram os meus avós e os meus pais renunciaram aos melhores anos da sua vida. Carrego-a às costas sem poder aliviar-me do seu peso.
Alguns que não a conhecem tentam convencer-me de que devo preservá-la mas não sabem quão alienante é carregar o peso dos sonhos alheios e viver uma ilusão que me é estranha.
A quantos me impuseram – sem me consultar – esta falsa quimera, quero dizer, desde já, que não tenciono deixá-la em herança aos meus filhos.
Sem comentários:
Enviar um comentário