sexta-feira, 9 de maio de 2014

777 frases de Fernando Pessoa que nos vão ensinar a viver (ou não), a 16 de maio nas livrarias

Título: Como Viver (ou não) em 777 Frases de Fernando Pessoa
Fernando Pessoa / Richard Zenith (organização)
Género: Literatura / Citações
N.º de páginas: 160
Data de lançamento: 16 de maio
PVP: 14,40 €

Não ensines nada, pois ainda tens tudo que aprender.
Quando puderes dizer o teu grande amor, deixa o teu grande amor de ser grande.
O coração, se pudesse pensar, pararia.
Um livro de autoajuda de um dos maiores autores de Língua Portuguesa de todos os tempos. Disposto em 7 secções temáticas, precedidas por 7 frases preparatórias e sucedidas por uma conclusão em 7 frases, este é um extraordinário conjunto de reflexões e conselhos úteis para lidarmos com o misterioso e nem sempre cómodo facto de existirmos.
A Vida Vivida / A Vida Eterna / A Vida da Imaginação / A Vida Afectiva / A Vida Pensada / A Vida do Eu Inúmero / A Vida não Vivida. Todos os grandes temas tratados em pequenos trechos de uma imensa genialidade. Para ler de rajada, ou como um oráculo ou um Livro de Horas.
Escolha, organização e notas de um dos mais notáveis pessoanos do nosso tempo, galardoado em 2013 com o Prémio Pessoa.

Fernando Pessoa (1888-1935), conhecido por ter escrito milhares de páginas em diversos géneros, sobre os mais variados assuntos e com muitos nomes diferentes, foi um dos maiores estilistas da Língua Portuguesa de sempre. Ao longo da vida, cultivou a frase capaz de impor-se com a sua originalidade expressiva e a extraordinária capacidade de síntese.
(Organizado por) Richard Zenith, originário dos EUA, emigrou para Portugal em 1987. Investigador, ensaísta e organizador de numerosas edições de Fernando Pessoa, é também conhecido como tradutor — de Camões, de Pessoa e de poetas mais recentes. Em 2013, foi galardoado com o Prémio Pessoa.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Novidade Asa: «Quando Aqui Estavas», de Daisy Whitney - Como morrer. Como amar. E como viver!

Título: Quando Aqui Estavas
Autor:
Daisy Whitney
Tradução: Inês Castro
Como morrer. Como amar. E como viver.
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 248
Editor: Edições Asa
PVP: 16,90€

Sinopse:
A mãe de Danny perdeu a batalha de cinco anos contra o cancro, três semanas antes de ele acabar o secundário - o dia porque ela mais esperara.
Agora Danny fica sozinho, apenas com as suas memórias, o seu cão, e a ex-namorada que lhe destroçou o coração. Não sabe o que fazer com a casa, o que dizer no da formatura, e muito menos como viver ou ser feliz.
Então uma carta de uma amiga da mãe em Tóquio fá-lo largar tudo e viajar até ao outro lado do mundo para descobrir os segredos da mãe - e perceber por que motivo os seus últimos meses foram tão cheios de alegria. Porém, não é capaz de encontrar as respostas ou de fugir às complexidades da sua relação com Holland apenas por atravessar o oceano. Porém, entre as flores de cerejeira, os templos e as multidões da cidade de néon, e com a ajuda de uma jovem japonesa amiga da mãe, começa a ver que talvez não tenha sido a magia antiga ou os tratamentos místicos que faziam a mãe regressar ao Japão. Talvez o segredo de como viver resida na forma como ela morreu. E como amou.

Sobre a autora:
Daisy Whitney é jornalista e autora dos livros The Mockingbirds, The Rivals e Starry Nights. Formou-se na Brown University e vive em São Francisco, com o seu marido fabuloso, os filhos fantásticos e os cães adoráveis. Daisy acredita no karma e que quase todas as indumentárias são melhoradas com um toque de cor. Para mais informações, visite www.DaisyWhitney.com

Maria de Sousa, uma das cientistas portuguesas com maior prestígio internacional, publica roteiro da ciência feita em Portugal

Título: Meu Dito, Meu Escrito
De Ciência e Cientistas, com um monólogo da caneta
Autor: Maria de Sousa
Coleção: Fora de Colecção
PVP: €14,00

A primeira de sessão de lançamento do livro Meu Dito, Meu Escrito - De Ciência e Cientistas, com um monólogo da caneta, de Maria de Sousa terá lugar no dia 13 de Maio, pelas 18h00, no Hotel Quinta das Lágrimas Palace, em Coimbra. A sessão de lançamento, dedicada ao tema «de Anastácio da Cunha a este nosso novo tempo», contará com as intervenções de João Filipe Queiró, Miguel Castelo Branco e Gonçalo Quadros além da presença da autora.

A obra Meu Dito, Meu Escrito - De Ciência e Cientistas com um monólogo da caneta de Maria de Sousa reúne uma colecção de textos preparados pela autora em resposta a convites oriundos de lugares tão diferentes como a Academia de Ciências de Lisboa, o Festival de Paredes de Coura, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Porto Cidade de Ciência, entre outros, através dos quais percorre o que de melhor se fez na história da investigação biomédica em Portugal.
Desse exercício resultou para a autora um sentimento de orgulho por ser portuguesa e a oportunidade de poder repudiar vivamente todos os que na história em geral e na história da ciência em particular procuraram eliminar os melhores.
Este livro é, assim, também a oportunidade de Maria de Sousa homenagear esses melhores, de permitir que sejam vistos e de nos perguntarmos se estamos numa fase da história da ciência que merece uma atenção colectiva cuidada para que, uma vez mais, não venhamos a deixar que os melhores não só não o possam ser no país, como nem sequer venham a saber que o poderiam ser.
A acompanhar o roteiro sobre a ciência feita em Portugal ao longo deste seu livro, a cientista Maria de Sousa colaborará num conjunto de sessões de apresentação da obra em locais de ciência emblemáticos no país, sessões nas quais intervirão especialistas em alguns dos melhores cientistas da nossa História e contemporâneos com histórias de êxito nos difíceis dias com que estamos confrontados em Portugal nesta segunda década do século xxi.

Itinerário das sessões, intervenientes e datas
13 maio, 18h00
Hotel Quinta das Lágrimas Palace, Coimbra
«de Anastácio da Cunha a este nosso novo tempo»
Intervenções de João Filipe Queiró, Miguel Castelo Branco e Gonçalo Quadros

19 maio, 18h00
Fundação Mário Soares, Lisboa
«Einstein, o eclipse e João Lopes Soares»
Intervenções de José Mariano Gago e Mário Soares

24 maio, 18h30
Castelo de Vide . Salão Nobre dos Paços do Concelho
«Garcia de Orta e a sua imagem»
Intervenções de Palmira Fontes da Costa e João Cutileiro

16 junho, 16h30
Instituto de Medicina Molecular/Faculdade de Medicina de Lisboa
«Aqui acreditaram. De Augusto Celestino da Costa ao nosso tempo»
Intervenções de Maria Carmo-Fonseca e Henrique Veiga Fernandes

17 julho (hora a definir)
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
«Sem este Instituto não haveria livro»
Intervenções de António Sousa Pereira e Carlos Fiolhais

Sobre a autora:
Maria de Sousa (Porto, 1939), investigadora e professora universitária portuguesa, exerceu actividade científica em Inglaterra, Escócia e Estados Unidos antes de se tornar professora Catedrática de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto e coordenadora de investigação no Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC).
Em 1966, publicou dois artigos relatando descobertas fundamentais em imunologia referentes às distribuições de linfócitos T nos órgãos linfóides de mamíferos, na sequência de estudos realizados nos laboratórios de Experimental Biology do Imperial Cancer Research Fund em Mill Hill, Londres. Os artigos foram publicados em duas das mais conceituadas revistas científicas, o Jounal of Experimental Medicine e na revista Nature. Em 1971 descobriu um fenómeno a que deu o nome de ecotaxis, termo proposto para designar a capacidade de células de diferentes origens migrarem e organizarem-se em áreas bem delineadas dos órgãos linfóides periféricos.
Posteriormente, conduziu os seus estudos para o sistema imunológico de pacientes com uma doença genética de sobrecarga de ferro, a hemocromatose hereditária. Foi precisamente com esta área de investigação que regressou em 1985 ao Porto. A equipa que lidera está implantada no meio científico como referência no estudo desta doença, muito frequente em Portugal, e na sua relação com o sistema imunitário.
Maria de Sousa tem dado, também, um enorme contributo na vertente académica, sobretudo no ensino pós-graduado. Tendo experiência anterior nesta área, em 1996 encabeçou a fusão de três mestrados para criar o Programa Graduado em Biologia Básica e Aplicada (GABBA) na Universidade do Porto, o primeiro em Portugal, já identificado além-fronteiras como um programa de excelência.
Sendo uma mulher de ciência, com elevadíssima qualidade técnica e obstinado rigor académico, em 2004 o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior atribui-lhe o prémio "Estímulo à Excelência". A Universidade do Porto atribuiu-lhe o título de Professor Emérito em 2010. O Prémio "Universidade de Coimbra 2011" foi-lhe atribuído pelo seu trabalho sobre o sistema imunológico.
Em Janeiro de 2012, foi condecorada pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

Escritores portugueses rendem-se a "Happy"



Cinco escritores portugueses e um espanhol renderam-se a música Happy de Pharrell Williams e numa viagem ao Brasil, para participarem num festival literário, FLIPoços 2014, fizeram um vídeo divertido.
Joel Neto, Pedro Guilherme-Moreira, Luís Miguel Rocha, Gonçalo Carreira e Miguel Roza (sobrinho de Fernando Pessoa) e Eric Frattini decidiram fazer a sua própria versão dançada e colocá-la na internet, à semelhança de muitos outros vídeos com o mesmo tempo. O resultado é hilariante.

Novidade Porto Editora: No Coração da Tempestade de Jesmyn Ward, vencedor do National Book Award

Título: No Coração da Tempestade
Autor:
Jesmyn Ward
Tradução: Tânia Ganho
Págs.: 256
PVP: 16,60 €

No Coração da Tempestade catapultou Jesmyn Ward para o reconhecimento mundial ao ser premiado com o mais importante galardão literário americano, o National Book Award, e depois com o Alex Award. Este romance será publicado pela Porto Editora no dia 16 de maio.
Intenso, poderoso, com uma linguagem simultaneamente simples e vibrante, No Coração da Tempestade é o segundo romance de Jesmyn Ward que, desta vez, nos coloca na pele dos desprotegidos
contra a força implacável do Katrina. Mais do que a catástrofe natural, este romance explora ainda o preconceito que atormenta os seus protagonistas, alvos de um racismo feroz de que a própria autora foi vítima e que, através desta história, procurou denunciar.
De acordo com o The Washington Post, Jesmyn Ward «evoca o amor persistente e o desespero próprios da tragédia clássica sem uma ponta de pretensiosismo, e através das vidas simples destas pessoas pobres, vivendo entre galinhas e carros abandonados. (…)
No Coração da Tempestade tem a aura de um clássico».


Sinopse:
 Observando Esch, ninguém poderia adivinhar que um grande furacão, o Katrina, ameaçava seriamente a sua vida…
Ela tem apenas 14 anos e maravilha-se com tudo o que lhe acontece: descobrir o amor e ficar grávida, por exemplo, ao mesmo tempo que a cadela Pit Bull China tem uma ninhada de cães que traz uma grande alegria aos seus três irmãos: Júnior, o mais novo e curioso de todos, Skeetah, que admira aqueles cães como forças da natureza, e Randall, que espera obter com a venda da ninhada os meios para seguir uma carreira no basquetebol.
Os avisos de um furacão cada vez mais poderoso a formar-se ao largo do Golfo do México e em rota de colisão com a região pobre de Bois Sauvage, onde Esch vive, só lhe chegam como rumores vagos, principalmente do pai ausente e frequentemente bêbedo, em constante alvoroço entre alguns biscates e o recolher de materiais para fortificar a casa contra o cataclismo que se avizinha.
Pode esta família de crianças sem mãe, e de pai distante, continuar a viver os seus sonhos e fantasias no meio da pobreza e sob a ameaça de um desastre natural?
O amor que os une é praticamente o único recurso que possuem e a força da sua inocência terá de vencer a força do furacão.

Sobre a autora:
Jesmyn Ward nasceu em 1977 na cidade de DeLisle, Mississípi. Concluiu os seus estudos na University of Michigan, onde granjeou importante reconhecimento pela escrita de ensaios, peças de teatro e ficção. A obra No Coração da Tempestade valeu-lhe os prémios National Book Award for Fiction, em 2011, e Alex Award, em 2012. Trabalha atualmente como professora assistente de Escrita Criativa na University of South Alabama.

Imprensa:
No Coração da Tempestade é um livro intenso, com uma prosa direta e poderosa. (…) A relação familiar cuidadosamente construída é vívida e estimulante, desenhada de forma complexa e detalhada. Los Angeles Times
A voz do narrador brilha com beleza à medida que lança o leitor por esta história emocionante, construída na sombra do [furacão] Katrina. Huffington Post
No Coração da Tempestade, o vencedor do National Book Award de 2011, é um livro tenso e engenhoso, com uma intriga inteligente e de escrita voluptuosa. The New York Times


Marcadores # 2


Estes marcadores da cidade do Porto foram as minhas mais recentes aquisições. O de baixo, da sardinha, não é propriamente um marcador, uma vez que tem iman (para colocar no frigorífico), mas achei tão giro que não consegui resistir.

De Jung Chang, a aclamada autora de Cisnes Selvagens, chega às livrarias A Imperatriz Viúva

Título: A Imperatriz Viúva - Cixi, a Concubina Que Mudou a China
Autor: Jung Chang
Género: Literatura / Biografia
Tradução: Lucília Filipe
N.º de páginas: 520
Data de lançamento: 9 de maio
PVP: 22, 20 €

«A história extraordinária de Cixi tem todos os elementos de um conto de fadas: é bizarra, sinistra, triunfante e terrível.» The Economist
«Este livro de Jung Chang mergulha numa figura verdadeiramente fascinante: uma ferina consorte imperial que governou por detrás dos tronos de dois imperadores chineses e que conduziu a China até ao século XX. Uma história maquiavélica narrada pela autora da biografia definitiva de Mao.» New York Magazine

Cixi, a imperatriz viúva (1835-1908), é a mulher mais importante da História da China. Governou a China durante décadas e trouxe um império medieval até aos tempos modernos. Durante uma seleção para consortes reais levada a cabo em todo o reino, Cixi foi escolhida, com dezasseis anos, para ser uma das inúmeras concubinas do imperador. Ascendendo de uma das mais baixas categorias de concubinato, após a morte do imperador, Cixi tomou o trono aos regentes que haviam sido nomeados por ele, chamando a si a governação da China.
Cixi reinou através de tempos historicamente conturbados e de grandes crises internas e externas, e transformou profundamente o país, desenvolvendo todos os setores e infraestruturas necessários a um Estado moderno: indústria, caminhos de ferro, eletricidade e comunicações. Mas desempenhou também um papel importante em reformas sociais que aboliram, por exemplo, práticas de extrema crueldade, como a morte através dos mil golpes ou a tradição de ligar os pés das mulheres.

Sobre a autora:
Jung Chang nasceu na China, na província de Sichuan, em 1952. Aos catorze anos pertenceu, durante um curto período, ao Exército Vermelho. Foi camponesa, depois operária, até se tornar estudante de inglês e, mais tarde, assistente na Universidade de Sichuan. A partir de 1978 passou a viver em Inglaterra. Jung Chang doutorou-se em Linguística pela Universidade de York em 1982. Foi a primeira pessoa da República Popular da China a fazer o doutoramento numa universidade britânica.



quarta-feira, 7 de maio de 2014

A Volta ao Medo em 80 Dias - José Jorge Letria [Opinião]

Título: A Volta ao Medo em 80 Dias
Autor: José Jorge Letria
N.º de Páginas: 208 páginas
PVP: 14,99 €
Guerra e Paz|Clube do Livro SIC

Sinopse:
Este livro é acima de tudo uma história de amor a Portugal, à vida e às mulheres.

A Volta ao Medo em 80 Dias é a história de um homem, de um cidadão português que, vivendo intensamente os conflitos e as utopias do seu tempo, nunca desiste de ser feliz. Nascido num Portugal marcado pelo espectro do medo, revisita, neste livro, todas as situações que, antes e depois do 25 de Abril, na ditadura e na democracia, na guerra e na paz, o fizeram pronunciar essa palavra – a palavra medo – com um misto de reserva e inquietação interior.

A Volta ao Medo em 80 Dias é também uma história de amor. Fragmento da nossa história colectiva e dos sonhos que ficaram por cumprir, este livro é acima de tudo uma história de amor a Portugal, à vida e às mulheres que representaram os afectos mais perenes de um percurso longo e tantas vezes doloroso. O herói deste livro é um homem que tem de vencer uma maldição – é o homem português.

A minha opinião:
A Volta ao Medo em 80 dias é a história de Gustavo, um homem que nasceu na ditadura e teve de conviver com ela durante parte da sua vida. Um homem que viu partir o seu primo para a guerra do Ultramar, uma guerra que não era deles, e que o viu voltar com uma revolta enorme, cego de um olho e sem poder andar. Um homem que, internado num hospício, acabaria por se suicidar com uma dose letal de comprimidos.

Gustavo vivia numa família um tanto ou quanto repressora, com um pai autoritário, que desejava que o filho fosse para Direito, não o deixando sonhar os seus sonhos. Gustavo vivia com a vontade de ensinar, vivia no mundos das letras e dos livros e não entendia porque é que o pai não o queria ver feliz.

O Portugal daquele tempo, austero e proibitivo era contra os livres pensadores, contra os revolucionários, contra aqueles que desejam o melhor para as suas vidas. Daí o protagonista não poder dar também largas às suas paixões, amorosas e profissionais, vivendo sempre num clima de medo.

Gustavo tem também um primo pertencente à PIDE, portanto, inimigo, mas cuja amizade se tem de manter. Um homem execrável que tudo vê, tudo sente e tudo bufa...

Até que veio o 25 de Abril e a vida de Gustavo ficou melhor. "Que dizer de uma noite que pode transformar vidas inteiras, entrando pelo história de uma país e tentando mudar-lhe o rumo?"

Afastado dos ideais políticos Gustavo começa a viver a sua vida tal como gostaria que tivesse sido desde o início.

A Volta ao Medo em 80 dias é um livro fantástico, que se lê de uma assentada e que, por fim, nos deixa aquela sensação de uma tarde bem passada. Mas que livro tão bom!

Bem escrito, com uma história envolvente, José Jorge Letria conseguiu reunir num pequeno livro tudo aquilo que gosto numa leitura.

Recomendo vivamente!



«Nove Semanas e Meia», de ELizabeth McNeill - (Quinta Essência)

Título: Nove Semanas e Meia
Autor: Elizabeth McNeill
N.º de Páginas: 152
PVP: 15,11 €

Quebraram todas as regras

Esta é uma história de amor tão pouco frequente, tão apaixonada, tão extrema e tão real que o leitor não pode deixar de seguir, fascinado, o seu desenvolvimento ritual. Duas pessoas cultas, civilizadas e independentes conhecem-se um dia por acaso numa rua de Nova Iorque, um domingo de maio nos anos setenta, e iniciam uma relação que em breve se tornará uma experiência sadomasoquista de rara intensidade. Desde o início, estabelecem espontaneamente entre eles estímulos sexuais que obedecem a um ritual instintivo de dominação e humilhação, ritual que é aceite primeiro com surpresa e depois com prazer genuíno, pela autora desta história chocante. Naturalmente, à medida que a relação progride, o casal embarca em jogos cada vez mais elaborados e sofisticados que, após nove semanas e meia, conduzem a mulher a uma absoluta falta de controlo do seu corpo e mente.
A verdadeira história de submissão sexual que inspirou o filme de culto: uma história perturbadora e fascinante, uma obra-prima da literatura erótica, que irá prendê-lo até à última página...

Imprensa:
«Para lembrar aos amadores que o sexo SM pode ser um tema respeitável para um romance, se escrito de forma seca e inteligente.» Libération

«(…) No cerne da questão de um dos romances mais escaldantes das últimas décadas: o sexo sadomasoquista, sim, claro, mas principalmente o amor que o rodeia, que o autoriza, que até o encoraja.» Les Inrocks 

Sobre a autora: 
Elizabeth McNeill é o pseudónimo de Ingeborg Day, nascida em Graz, na Áustria, em novembro de 1940, tendo emigrado depois para os Estados Unidos. Suicidou-se em 2011, levando com ela o mistério de uma ligação erótica extrema que ainda fascina o mundo.


terça-feira, 6 de maio de 2014

Entrevista a Flávio Capuleto no Nós Aqui


O Marcador de Livros aceitou o convite do Jornal Nós Aqui, de Gondomar, para preencher uma nova rubrica: uma páginas dedicada aos livros. É certo que os jornais, e muito menos os regionais, dão pouco destaque à literatura e, só por isso, este novo jornal já ganha uns valentes pontos em relação a outros.
Para quem não deseja ou não consegue ver a entrevista na íntegra na imagem, deixo-a aqui em texto.


O segredo reside em escrever com alma e coração

Flávio Capuleto é o mais recente sucesso literária em Portugal. Apesard e já ter publicado diversos livros, Inferno no Vaticano foi o que lhe granjeou o primeiro lugar no top de vendas da maior parte das livrarias portuguesas. Romântico por natureza, adoptou o apelido Capuleto por ter em Romeu e Julieta a sua fonte de inspiração.

Maria Manuel (MM): Inferno no Vaticano não é o seu primeiro livro, mas, de todos, é o que está a ter mais sucesso. Podemos falar já de um best-seller, uma vez que alcançou o 1.º lugar no “Top” Nacional. Qual a fórmula para tanto êxito?

Flávio Capuleto (FC): Diria que o segredo reside em escrever com alma e coração. Também é necessária inspiração e ela nem sempre ocorre. Às vezes, sinto-me bloqueado. Mas não desisto e a persistência é importante. A certa altura, as coisas começam a fluir e o momento criativo acontece. É o momento em que me ligo a tudo o que me rodeia, sobretudo os meus leitores.

MM: Capuleto não é um nome verdadeiro. Porque o adoptou?

FC: Embora realista, tenho um fundo romântico. Li aos onze anos Romeu e Julieta, de William Shakespeare e senti-me tão apaixonado que não resisti a adoptar, como pseudónimo literário, o nome de uma personagem do imortal romance.

MM: O que sente ao tornar-se um escritor reconhecido aos 71 anos?

FC: Qualquer coisa parecida com o Céu e o Inferno ao mesmo tempo. Inicialmente, senti uma grande alegria quando soube que o meu livro estava em todos os “tops” e que a GFK, que é uma empresa internacionalmente reconhecida na medição das vendas de livros nas livrarias, tinha colocado “Inferno no Vaticano” no primeiro lugar do “TOP” nacional. Depois, as solicitações para ir à TV, dar entrevistas a rádios e jornais, fazer apresentações do livro em bibliotecas, ir falar a escolas, dar sessões de autógrafos em livrarias começaram a roubar-me o tempo para aquilo que gosto de fazer: escrever. Não é fácil lidar com isto, sobretudo porque sou uma pessoa de hábitos simples. Sobretudo, tenho medo do deslumbramento e a pior coisa que me pode acontecer é ser mal interpretado. Quero continuar a ser a pessoa humilde que sempre fui.

MM: Como se tornou escritor?

FC: Descobri na adolescência que a minha vocação era a literatura e segui o meu caminho. Além da vocação, são necessárias duas coisas para alcançarmos sucesso: paixão e ambição. Paixão por aquilo que fazemos e ambição de chegarmos sempre mais longe.

MM: Quais as suas principais referências a nível literário?

FC: Adorei uma trilogia da autoria do escritor russo Máximo Gorki: “A Minha Infância”, “Ganhando o Meu Pão” e “A Minha Universidade”. Li com entusiasmo Jorge Amado e Paulo Coelho. Alguns livros de Saramago e Lobo Antunes fascinaram-me, tal como Equador, de Miguel Sousa Tavares. José Rodrigues dos Santos e Luís Miguel Rocha são escritores que aprecio bastante. Na área da teoria conspirativa, Dan Brown é um mestre.

MM: Como surgiu a ideia de criar um romance centrado no Vaticano?

FC: Ao longo do tempo, a cidade do Vaticano exerceu uma inegável influência em escritores de todo o mundo. É um campo inesgotável de enigmas, e o que se passa ali continua a prender a atenção de mais de mil milhões de católicos em todo o planeta. Quer queiramos quer não, o fenómeno religioso está entranhado no nosso sangue e comanda muitos actos da nossa vida. Sou humanista cristão e gosto de escrever sobre temas que preocupam a Humanidade.

MM: O facto de aconteceram episódios amorosos entre o inspector Luís Borges, detective privado do Papa, e uma simbologista convidada para as investigações, a sedutora Valéria Del Bosque, poderá ter despertado ainda mais a curiosidade dos leitores?

FC: Sem dúvida que sim. Um bom livro tem de ser um caldo com todos os ingredientes e o amor é o ingrediente mais fascinante num romance. Não podemos viver sem amor. De contrário, o planeta Terra seria um gigantesco cemitério a girar no espaço. Em “Inferno no Vaticano”, misturei religião, intriga, investigação, mistério, crime e sensualidade. Picante e sumo, perpassam habitualmente nas páginas dos meus romances.

MM: A saga do Vaticano, iniciada com este romance, é para continuar?

FC: Deixei isso em aberto neste romance e muitos leitores aperceberam-se do facto. Estou a pensar numa trilogia tendo o Vaticano como pano de fundo, mas, antes de lhe dar continuidade, quero publicar um livro fora desse campo, embora o tema central da obra gire à volta da religião.



Lá em casa mando EU! - Catarina Pereira e Manuel Neves [Opinião]

Título: Lá em casa mando EU!
Autores: Catarina Pereira e Manuel Neves
Género: Humor
N.º de páginas: 240
PVP: € 14,15


Sobre o livro:
Este é um livro de dois apaixonados, um casal que poderia ser igual a tantos outros. Poderia, mas não é. Ela é portista ferrenha; ele é doente do Benfica. Para além do amor que têm pelo outro e pelos seus clubes têm em comum o ódio pelo clube do outro.
Este livro é composto por uma série de textos muito divertidos sobre a vida dos autores, mas sempre em relação directa com o futebol.

A minha opinião:
Logo que li a sinopse e a capa pensei este livro não podia estar mais de acordo com o que se passa em minha casa. Eu sou do FC Porto, e o meu marido do Benfica. A filha pende, por enquanto, pelos dois, para que nenhum de nós fique triste. Mas logo que comecei a ler as semelhanças entre a minha casa e a deste casal são poucas, sobretudo que nem eu nem o meu marido somos tão doentes pelo clube quanto Catarina e Manuel. Sobretudo eu.

No entanto, este livro é tão engraçado, e tão profundamente genuíno que nos prendemos às histórias de ambos os aficionados, ferrenhos mesmo, que nem damos pelas páginas passarem e depressa chegamos ao fim.

O amor deles pelo clube é tão grande que, para mim, chega a ser doença e estapafúrdio até, mas é isso que torna o livro ainda mais engraçado.

Lá em casa mando Eu! partiu inicialmente de um blogue, partilhado pelo próprio casal, onde dissertam sobre o mundo do futebol, http://laemcasamandoeu.blogspot.pt/. Confesso que desconhecia o site, mas a partir de agora vou tornar-me seguidora assídua.

Para quem gosta de um destes clubes, sobretudo para quem tem um companheiro com gostos diferentes dos nossos, não vai querer perder de ler este livro.

Muito engraçado.




A estante está mais cheia #13

Logo que li a sinopse pensei para comigo que tinha de ler este livro de Jeanne Kalogridis, A Amante do Papa. Como sabem, gosto do género e ainda não o li apenas porque tenho estado de férias e o tempo não tem sido muito. Mas será uma das próximas leituras. Oferta gentil da Planeta.
Sempre que sai um novo livro de Paulo Coelho desejo sempre lê-lo embora a qualidade dos seus livros tenha vindo a decair a olhos vistos. Infelizmente este não foi excepção e Adultério foi das piores leituras deste ano até agora. Podem ver a minha opinião aqui.
Oferta gentil da Pergaminho.
Apenas li um livro de João Tordo, mas gostei tanto que não poderia faltar à leitura da sua última obra. Biografia Involuntária dos Amantes será uma das minhas próximas leituras e espero que me aguardem ums bons momentos de leitura. Oferta gentil da Alfaguara.

Lá em casa mando Eu! é um divertido livro de um casal de ferrenhos, ela a torcer pelo FC Porto, e ele pelo Benfica. Apesar de nem eu nem o meu marido sermos ferrenhos, gostamos precisamente destes clubes, daí achar imensa piada a este livro. Opinião em breve no blogue. Oferta gentil da Matéria-Prima.


A Guerra e Paz publico em Abril estes dois livros que não podia deixar de ler. O primeiro Holocausto Brasileiro é um relato impressionante sobre a vida num hospício no Brasil onde os utentes eram tratados como se de prisioneiros se tratasse. As condições sub-humanas são chocantes. Opinião aqui.
A Volta ao medo em 80 Dias, o novo livro de José Jorge Letria é um livro tão bonito, mas tão bonito, que recomendo a sua leitura. Gostei mesmo muito. Opinião em breve.
Os dois livros foram gentilmente cedidos pela Guerra e Paz. 


O Atentado é o novo livro de David Baldacci o segundo da série Will Robbie. Estava com grandes expetactivas em relação à obra, mas este livro desiludiu-me um pouco. Foi uma oferta gentil do Clube do Autor. Opinião aqui


O Filho de Mil Homens de Valter Hugo Mãe comprei-o por 6 euros num leilão. Depois de ter lido a máquina de fazer espanhóis fiquei curiosa em relação à restante obra do autor.
O Outro Homem e Era no Tempo do Rei foram duas aquisições baratinhas, 2 euros cada, numa promoção do Continente.

Mais um livro que espero gostar. O Tintureiro Francês de Paulo Larcher foi gentilmente oferecido pela Saída de Emergência e será também uma das próximas leituras.

Por último, da Topseller veio o NYPD Red À Margem da Lei de James Patterson e O Jardim das Memórias. Já estou a ler o primeiro e estou a gostar muito.

Porto Editora publica "Contos Vagabundos", de Mário de Carvalho

Título: Contos Vagabundos
Autor:
Mário de Carvalho
Págs.: 176
PVP: 14,40 €

A 16 de maio, a Porto Editora publica Contos Vagabundos, de Mário de Carvalho, uma compilação de contos de diversas origens, perspetivas e estilos, onde o realismo do dia a dia se cruza com o mundo da fantasia e do absurdo, pleno de ironia e sátira. Esta nova edição inclui uma parte dos contos anteriormente publicados no livro Fabulário.
Nas palavras de Urbano Tavares Rodrigues, «Mário de Carvalho escreve um português de matriz clássica, em que por vezes o vernáculo está ao serviço da ironia ou mesmo de efeitos desabaladamente cómicos. Tal sucede em muitos destes contos, que são ou pequenas maravilhas de non sens ou alucinantes relatos de hiper-realismo alentejano».
Este livro está inserido no Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário, como sugestão de leitura.

Sinopse:
Estes contos são vagabundos porque não param de caminhar, percorrem as estradas do arco-da-velha, deambulam pelos recantos mais sombrios, mas também surgem à claridade do dia, marcham alegremente e intrometem-se, com ironia, nas tramas do nosso quotidiano. Pelo caminho, vão deixando o mundo às avessas, interpelando o leitor e desafiando-o para a aventura e para as perplexidades da vida e da literatura. O demónio também faz por aqui as suas andanças. Insiste em pôr-nos um espelho na frente.

Sobre o autor:
Mário de Carvalho nasceu em Lisboa em 1944. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico. Desde então, tem praticado diversos géneros literários, percorrendo várias épocas e ambientes, sempre em edições sucessivas. Nas diversas modalidades de Romance, Conto e Teatro, foram atribuídos a Mário de Carvalho os prémios literários portugueses mais prestigiados (designadamente os Grandes Prémios de Romance, Conto e Teatro da APE, o prémio do Pen Clube e o prémio internacional Pégaso). Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas.


VOGAIS: Os heróis e os vilões das histórias mais negras dos mundiais de futebol

Já não falta muito para a maior festa do futebol começar. O Mundial do Brasil está ao virar de um apito e são muitas as histórias que vão encher os jornais e os ecrãs de televisão.

Luís Aguilar antecipou-se e deu o pontapé de saída com Jogo de Vida ou Morte, um livro recheado de heróis e vilões das histórias mais negras dos mundiais (de 1930 a 2014), muitas desconhecidas do público em geral. Paulo Futre assina o prefácio. O livro estará à venda a partir de 8 de maio (Vogais I 208 pp I 14,39€) em todo o país.

O lançamento do livro realiza-se no dia 16 de maio, às 19 horas, na Fnac do Colombo. Estão desde já convidados para se juntarem a nós e fazer deste livro uma festa ao futebol!

Se perderem por quatro golos contra o Brasil, não voltam a ver as vossas famílias.»

Mobutu, ex-presidente do Zaire, dirige-se aos jogadores da selecção do seu país desta forma, no Mundial de 1974, realizado na Alemanha. O Brasil enfrenta o Zaire e precisa de ganhar pelo maior número de golos para se apurar para a fase seguinte. Minuto 79: o marcador está 3-0 a favor dos brasileiros. Livre directo para o Brasil à entrada da área. Rivelino prepara-se para bater a bola. Ilunga está na barreira do Zaire. O seu colega olha para ele e diz: «Vê se não há qualquer buraco nesta barreira ou vamos todos ter problemas.»
Ao olhar para Rivelino e ouvir estas palavras, Ilunga entrou num estado de desespero, medo e ansiedade. Nessa altura acontece um dos momentos mais insólitos da história dos mundiais de futebol. Ilunga sai da barreira e pontapeia a bola antes que o jogador brasileiro o faça. Levou um cartão amarelo e foi alvo de chacota generalizada. O que ninguém imaginava era que aquele acto ridículo se devia a um jogo de vida ou morte. Literalmente.
Esta história, passada há 40 anos, é uma das muitas que ilustram o lado sombrio do futebol. É desse lado negro, mas também do contraponto heróico, que este livro nos fala, passando em retrospectiva quase um século de Mundiais de futebol. De Sindelar a Hitler, de Eusébio a Salazar, de Sócrates a João Havelange, de Maradona a Margaret Thatcher, passando por Romário, Drogba e pelo caso “Saltillo”.

Sobre o autor:
Luís Aguilar define este livro como «uma luta entre o bem e mal através do futebol e do imenso mediatismo de uma competição como o Mundial». «Com heróis e vilões, com corajosos e cobardes, com jogos que vão muito além do relvado. Em muitos casos, jogos de vida ou morte.»
O autor começou por estudar Antropologia, mas foi no jornalismo que desenvolveu os seus primeiros trabalhos e o gosto pela literatura. Desde 2009 publicou as obras Jogo Sujo, biografia do ex-futebolista Fernando Mendes, o romance Sexo, Morte e Futebol, El Portugués parte I e parte II, as biografias de Paulo Futre, Correio de Droga, uma histórica baseada em relatos verídicos, e Jogada Ilegal, sobre os grandes casos de corrupção na FIFA e no futebol internacional.
Tem colaborado com diversos órgãos de comunicação, entre os quais se destacam A Bola, Record, Sábado, Playboy, CM TV e SIC. Trabalha como jornalista, escritor, cronista, apresentador, argumentista e formador de escrita criativa.






Conheça os Seres Mágicos em Portugal

Esta sexta-feira a Esfera dos Livros edita um livro que o levará a acreditar novamente em fadas e seres mágicos!!

Através da pesquisa de Vanessa Fidalgo somos levados a conhecer seres incríveis e mágicos, como fadas, duendes, gigantes, olharapos, lobisomens, trasgos, sereias outras criaturas que habitam em Portugal.

A autora percorreu o país à descoberta de histórias que resgatam a nossa tradição oral e leva-nos a conhecer locais recônditos de Portugal e tradições que não aparecem nos manuais escolares.

Sinopse:
Dona Adelina conta-nos a história do lobisomem que na freguesia da Bemposta corria ruas pela noite fora estragando o pão que cozia de madrugada nos fornos e assustando os mais novos e indefesos. Na ilha do Pico, Açores, o dia 2 de fevereiro de cada ano era dia para ficar em casa. Homens, mulheres e crianças trancavam-se a sete chaves e protegiam-se comendo alhos. Lá fora os labregos, uma espécie de duendes, saíam das águas salgadas do mar para nos próximos meses viverem escondidos nos matos verdejantes da ilha. Nas serras de Arruda dos Vinhos é bem conhecida a história de um gigante terrível, que, de tão grande e violento, aterrorizava as povoações da região. Em Santa Maria, nos Açores, o povo garante que as jovens de cabelo vermelho que ainda hoje por lá moram são descendentes de uma jovem e bela sereia que caiu de amores nos braços do filho de um pescador. Fadas, duendes, gigantes, olharapos, lobisomens, trasgos, sereias entre outras, são algumas das criaturas
mágicas que habitam o nosso país, o nosso imaginário e que vai conhecer ao longo das páginas deste livro.  Depois dos seus anteriores livros Histórias de um Portugal Assombrado e 101 Lugares para Ter Medo em Portugal, a jornalista Vanessa Fidalgo percorreu o país, de lés-a-lés, visitou bibliotecas locais à descoberta de histórias, ouviu relatos e entrevistou dezenas de pessoas para resgatar a nossa rica tradição oral. O resultado é este original livro onde a imaginação e o fantástico ganham protagonismo, numa história que não consta nos manuais escolares, mas que faz parte do nosso país e das nossas tradições.

Sobre a autora:
Vanessa Fidalgo nasceu em São Domingos de Benfica, a 15 de maio de 1978. Licenciou-se em Comunicação Social, na variante de Publicidade e Marketing, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade Técnica de Lisboa (UTL). Como colaboradora, assinou artigos para as revistas Sábado, Loud Magazine, jornal Inside e também para o portal Disco Digital. Desde 1997 é jornalista no diário Correio da Manhã. Foi aqui que publicou a reportagem «Ainda há histórias de casa assombradas», uma viagem pelo país real e pela internet sobre os mitos de fantasmas que de norte a sul do país continuam a alimentar a imaginação popular, e que viria a dar origem a viria a dar origem ao seu primeiro livro, Histórias de um Portugal Assombrado. Apaixonou-se então pela riqueza do património oral português e, por isso, voltou a mergulhar nele para descobrir 101 Lugares para Ter Medo em Portugal, o seu segundo livro. Vive nos arredores de Lisboa, é casada e mãe de uma menina.
 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Adultério - Paulo Coelho [Opinião]

Título: Adultério
Edição/reimpressão:
Páginas: 232
Editor:Pergaminho
PVP: 16,60€
Uma mulher, casada, mãe de dois filhos, e jornalista de carreira, começa a questionar a rotina e a previsibilidade dos seus dias. Ao olhos de todos, tem uma vida perfeita: um casamento sólido e estável, um marido dedicado, filhos alegres e felizes, um trabalho que a faz sentir-se realizada. Contudo, já não é capaz de suportar o esforço necessário para fingir que é feliz, quando a única coisa que sente pela vida é uma enorme apatia. Tudo muda quanto reencontra, acidentalmente, um antigo namorado da sua adolescência. Quando se reencontram, desperta nela uma inesperada e violenta paixão, e fará tudo o que seja preciso para conquistar esse amor impossível.

A minha opinião: 
Confesso que estava à espera de mais. Desde "O Vencedor Está Só", que me tenho desiludido com os livros de Paulo Coelho. Não têm grande conteúdo e são escritos de uma forma leve demais e bastante repetitiva. Lembro-me de ter adorado "Veronika Decide Morrer", "O Demónio e a Srta. Prym", "Na margem do rio Piedra eu Sentei e Chorei" e "Onze Minutos", para destacar aqueles que mais me prenderam, e ultimamente desiludo-me com as suas obras.

Partindo do ponto de vista de uma mulher na faixa dos 30 anos, realizada profissionalmente e até em termos familiares, Adultério conta a história de Linda e da sua infidelidade em relação à sua família, sobretudo ao seu marido.

Linda é jornalista consagrada. Feliz, até que uma entrevista a um escritor a leva a reflectir sobre a felicidade e o que tem sido a sua vida até aqui.
"Não tenho o menor interesse em ser feliz. Prefiro viver apaixonado, o que é um perigo, pois nunca sabemos o que vamos encontrar à nossa frente." disse o escritor e a partir daí a vida da jornalista nunca mais foi a mesma.
A juntar a tudo isso, uma outra entrevista a um promissor político vai fazê-la regressar ao passado e a uma antiga paixão adolescente. E é aqui que tudo se torna estranho. Para uma mulher bem resolvida, tudo se desmorona nessa entrevista, tendo logo aí, sem que nada fosse prever, Linda caído perdida de paixão por um homem nada atraente em termos de personalidade. Acho que foi um acto um pouco abrupto, um pouco irreal...

O livro não é nada mais que isso, a dúvida de Linda entre ser feliz com um homem impossível visto também ele ser casado, ou manter o casamento com um homem que a ama, mas cuja chama já se extinguiu há muito tempo.

Paulo Coelho não aponta grandes alternativas ao desfecho desta relação, tornando o livro repetitivo, com acções porno, que nada adiantam à narrativa, e com pouco ensinamento. Em suma, com este título e a passar-se na Suiça, pensei que fosse um livro muito parecido com "Onze Minutos", mas estava redondamente enganada.

Gostei, contudo, das descrições que o autor faz da vida dos suiços, das suas leis, das suas manias e da sua forma de viver. Para mim isso foi o melhor do livro.
Para quem gosta de Paulo Coelho recomendo com algumas reservas, pois não é a sua escrita habitual.



O Último Comboio para a Zona Verde, de Paul Theroux, a 9 de maio nas livrarias

Título: O Último Comboio para a Zona Verde
Autor: Paul Theroux
Género: Literatura de viagens
Tradução: Maria Filomena Duarte
N.º de páginas: 432
Data de lançamento: 9 de maio
PVP: 18,80 €

«Do coração de África até Angola, o meu último safari.»
«Paul Theroux escreveu alguns dos melhores livros de viagem dos últimos cinquenta anos.» The Spectator
«A prosa enérgica e inflamada de Theroux impele-nos pelas páginas fora. Um livro inquietante que recusa qualquer tipo de compromisso.» The Guardian
«Alguém que não tem medo de ir contra todo o discurso bem pensante e politicamente correto.» The New Statesman

Uma viagem que se inicia na Cidade do Cabo e que Theroux, passando por Angola, queria que acabasse no Norte de África. Porém, após visitar Angola, o incansável viajante decide interromper o seu caminho ascendente. As experiências-limite por que passou, a deceção com a decadência, a colonização pelo materialismo ocidental, a omnipresença da corrupção e a perda da comunhão dos povos com a natureza terão feito desta a última viagem de Theroux ao Continente Negro.
Angola sai maltratada deste livro, assim como muitas figuras de proa de organizações humanitárias que operam em África. E Portugal também. Um documento impiedoso e de gritante atualidade.

Sobre o autor:
Paul Theroux nasceu em Medford, no Massachusetts, em 1941, filho de mãe italiana e de pai canadiano de origem francesa. Frequentou a universidade no Maine e no Massachusetts (Amherst), mas foi o curso de escrita do poeta Joseph Langland que o levou a descobrir que escrever era tudo o que queria fazer na vida. Viveu em Itália, onde foi leitor; no Malawi, onde também ensinou e esteve envolvido no golpe de Estado que tentou depor o então ditador Hastings Banda; no Uganda, onde conheceu a sua futura mulher e encontrou, pela primeira vez, V.S. Naipaul (que viria a ser seu grande amigo e mentor – antes de cortarem relações em definitivo); e também em Singapura e em Inglaterra. A par das colaborações regulares que manteve ao longo dos anos com as revistas Playboy, Esquire e Atlantic Monthly, escreveu dezenas de romances (alguns adaptados ao cinema), ensaios e livros de viagens. Paul Theroux vive atualmente entre Cape Cod e o Havai.


Planeta: Novidades Maio

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Cândida Pinto apresenta «Holocausto Brasileiro», de Daniela Arbex



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