quinta-feira, 8 de maio de 2014

Maria de Sousa, uma das cientistas portuguesas com maior prestígio internacional, publica roteiro da ciência feita em Portugal

Título: Meu Dito, Meu Escrito
De Ciência e Cientistas, com um monólogo da caneta
Autor: Maria de Sousa
Coleção: Fora de Colecção
PVP: €14,00

A primeira de sessão de lançamento do livro Meu Dito, Meu Escrito - De Ciência e Cientistas, com um monólogo da caneta, de Maria de Sousa terá lugar no dia 13 de Maio, pelas 18h00, no Hotel Quinta das Lágrimas Palace, em Coimbra. A sessão de lançamento, dedicada ao tema «de Anastácio da Cunha a este nosso novo tempo», contará com as intervenções de João Filipe Queiró, Miguel Castelo Branco e Gonçalo Quadros além da presença da autora.

A obra Meu Dito, Meu Escrito - De Ciência e Cientistas com um monólogo da caneta de Maria de Sousa reúne uma colecção de textos preparados pela autora em resposta a convites oriundos de lugares tão diferentes como a Academia de Ciências de Lisboa, o Festival de Paredes de Coura, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Porto Cidade de Ciência, entre outros, através dos quais percorre o que de melhor se fez na história da investigação biomédica em Portugal.
Desse exercício resultou para a autora um sentimento de orgulho por ser portuguesa e a oportunidade de poder repudiar vivamente todos os que na história em geral e na história da ciência em particular procuraram eliminar os melhores.
Este livro é, assim, também a oportunidade de Maria de Sousa homenagear esses melhores, de permitir que sejam vistos e de nos perguntarmos se estamos numa fase da história da ciência que merece uma atenção colectiva cuidada para que, uma vez mais, não venhamos a deixar que os melhores não só não o possam ser no país, como nem sequer venham a saber que o poderiam ser.
A acompanhar o roteiro sobre a ciência feita em Portugal ao longo deste seu livro, a cientista Maria de Sousa colaborará num conjunto de sessões de apresentação da obra em locais de ciência emblemáticos no país, sessões nas quais intervirão especialistas em alguns dos melhores cientistas da nossa História e contemporâneos com histórias de êxito nos difíceis dias com que estamos confrontados em Portugal nesta segunda década do século xxi.

Itinerário das sessões, intervenientes e datas
13 maio, 18h00
Hotel Quinta das Lágrimas Palace, Coimbra
«de Anastácio da Cunha a este nosso novo tempo»
Intervenções de João Filipe Queiró, Miguel Castelo Branco e Gonçalo Quadros

19 maio, 18h00
Fundação Mário Soares, Lisboa
«Einstein, o eclipse e João Lopes Soares»
Intervenções de José Mariano Gago e Mário Soares

24 maio, 18h30
Castelo de Vide . Salão Nobre dos Paços do Concelho
«Garcia de Orta e a sua imagem»
Intervenções de Palmira Fontes da Costa e João Cutileiro

16 junho, 16h30
Instituto de Medicina Molecular/Faculdade de Medicina de Lisboa
«Aqui acreditaram. De Augusto Celestino da Costa ao nosso tempo»
Intervenções de Maria Carmo-Fonseca e Henrique Veiga Fernandes

17 julho (hora a definir)
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
«Sem este Instituto não haveria livro»
Intervenções de António Sousa Pereira e Carlos Fiolhais

Sobre a autora:
Maria de Sousa (Porto, 1939), investigadora e professora universitária portuguesa, exerceu actividade científica em Inglaterra, Escócia e Estados Unidos antes de se tornar professora Catedrática de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto e coordenadora de investigação no Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC).
Em 1966, publicou dois artigos relatando descobertas fundamentais em imunologia referentes às distribuições de linfócitos T nos órgãos linfóides de mamíferos, na sequência de estudos realizados nos laboratórios de Experimental Biology do Imperial Cancer Research Fund em Mill Hill, Londres. Os artigos foram publicados em duas das mais conceituadas revistas científicas, o Jounal of Experimental Medicine e na revista Nature. Em 1971 descobriu um fenómeno a que deu o nome de ecotaxis, termo proposto para designar a capacidade de células de diferentes origens migrarem e organizarem-se em áreas bem delineadas dos órgãos linfóides periféricos.
Posteriormente, conduziu os seus estudos para o sistema imunológico de pacientes com uma doença genética de sobrecarga de ferro, a hemocromatose hereditária. Foi precisamente com esta área de investigação que regressou em 1985 ao Porto. A equipa que lidera está implantada no meio científico como referência no estudo desta doença, muito frequente em Portugal, e na sua relação com o sistema imunitário.
Maria de Sousa tem dado, também, um enorme contributo na vertente académica, sobretudo no ensino pós-graduado. Tendo experiência anterior nesta área, em 1996 encabeçou a fusão de três mestrados para criar o Programa Graduado em Biologia Básica e Aplicada (GABBA) na Universidade do Porto, o primeiro em Portugal, já identificado além-fronteiras como um programa de excelência.
Sendo uma mulher de ciência, com elevadíssima qualidade técnica e obstinado rigor académico, em 2004 o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior atribui-lhe o prémio "Estímulo à Excelência". A Universidade do Porto atribuiu-lhe o título de Professor Emérito em 2010. O Prémio "Universidade de Coimbra 2011" foi-lhe atribuído pelo seu trabalho sobre o sistema imunológico.
Em Janeiro de 2012, foi condecorada pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

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