sexta-feira, 24 de abril de 2015

Um Erro Fatal - Sophie Hannah [Opinião]

Título: Um Erro Fatal
Autor:
Sophie Hannah
Tradução: Pedro Sequeira
Páginas: 464
Editor: Edições Asa
PVP: 18,90€

Sinopse:
A manhã que mudou a vida de Nicki Clements seria como tantas outras se o seu filho não tivesse esquecido a mochila em casa.
Foi com o objetivo de lha entregar que ela saiu.
Não planeara passar vezes sem conta pela casa do controverso jornalista Damon Blundy, recentemente assassinado. Mas a verdade é que passou…
É a estranheza do seu comportamento que leva a polícia a interrogá-la. Nicki diz a verdade: não conhecia Damon.
E não, não sabe explicar a enigmática arma do crime. Nem tão-pouco entende a mensagem que o assassino escreveu a tinta vermelha na parede da vítima: "ELE NÃO ESTÁ MENOS MORTO".
O problema é que não poderá nunca revelar porque estava tão perto do local do crime. Se o fizer, terá de confessar um segredo que a destruirá. É que Nicki pode não ser culpada, mas está longe de ser inocente…



A minha opinião: 
Depois de ter lido Os Crimes do Monograma, romance policial onde Sophie Hannah ressuscita Hercule Poirot, a curiosidade aumentou quando a Asa decidiu publicar um novo livro da autora, também ele policial, mas noutro registo.

Apesar de ser editado pela primeira vez em Portugal, Um Erro Fatal é o nono livro de uma série chamada de Spilling CID. Talvez por isso não tenha criado tanta empatia com a polícia, que achei bastante confusa...

A morte de um cronista famoso vai despoletar uma investigação desenfreada. Damon Blundy é sarcástico nas suas crónicas o que lhe traz muitos inimigos, dificultando muito o trabalho da dupla de detectives Simon Waterhouse e Charlie. A juntar a isso Damon tem dois casamentos falhados e um terceiro casamento que poderia não estar a correr tão bem quanto se possa querer parecer. A actual mulher dele não é o estereótipo de mulher ideal de Damon o que a coloca como uma das principais suspeitas do crime.





No mesmo dia em que Damon Blundy é assassinado Nicki Clements acaba por ficar parada no trânsito quando tem de regressar à escola dos filhos por se ter esquecido do equipamento de desporto do filho mais novo. E é o seu comportamento na fila de trânsito na rua de Damon Blundy que causa suspeitas na polícia.

Com o interrogatório vai-se descobrindo que Nicki, uma mãe, mulher de família, pertencia a um site de encontros amorosos, trocando inclusive mensagens com um homem, e que pretendia esconder-se de um polícia por uma situação passada.

Tudo isto resulta num thriller intenso, obscuro, intrigante que leva o leitor a não desejar pousar o livro até estar terminado. Em cada virar de página há sempre um mistério desvendado e o final é absolutamente surpreendente. Fantástico.
 
 

Novo livro de Helena Sacadura Cabral já nas livrarias

Helena Sacadura Cabral revela neste novo livro muito do que sente e pensa acerca do mundo que a rodeia. Em Erros meus, má fortuna, amor sempre?, a autora reforça a ideia de que apesar dos erros que possamos ter cometido, a força, as convicções e alguma dose de sorte garantem, quase sempre, o amor daqueles que nos rodeiam. E amor é, afinal, aquilo que todos procuramos.

Dividido em cinco partes, Histórias Vividas, Memórias, Reflexões, Momentos e Histórias de Antigamente, este novo livro conta algumas das vivências da autora que a tornaram na mulher que é hoje. É aí, nesse meio caminho, que se encontra este livro, entre quem foi e quem é Helena Sacadura Cabral.

A única vantagem da idade é o tempo. Sobretudo, quando temos a capacidade de discernir sobre ele e, pasme-se, até de, vitalmente, o esquecer. (…) Há um passado que passou, velho, sem interesse. Pelo qual terei chorado as lágrimas que ele nem sequer, alguma vez, mereceu. E há o passado que ficou, quase diria esplendoroso, que me fortaleceu, me deu ânimo, me fez sorrir, que, enfim, ajudou a fazer de mim a mulher que hoje sou. Esse vive no meu dia-a-dia e vem abraçar-me sempre que dele preciso.


Guerra e Paz publica Rita Redshoes

A Guerra e Paz Editores vai publicar o primeiro livro de Rita Redshoes. Sonhos de Uma Rapariga Quase Normal é o título do seu livro de estreia. Já está na gráfica e chega às livrarias nacionais a 20 de Maio, com a chancela do Clube do Livro SIC. Mais pormenores em breve: é um livro e é mais do que um livro.





Portugal à Venda! Quem está interessado?

Todos já percebemos que Portugal está à Venda.  Ainda ontem centenas de portugueses manifestaram-se contra as privatizações no sector dos transportes. O futuro de várias empresas nacionais depende, em muitos casos, do interesse de capitais internacionais para conseguirem sobreviver.

A jornalista Ana Suspiro explica e revela-nos, neste livro, quem são os «novos donos» de Portugal, para que serviu a alienação das principais empresas portuguesas, as operações e quais os valores envolvidos.

Para ficar com uma ideia, nos últimos seis anos, as grandes empresas nacionais, como a PT, EDP, Tranquilidade, ANA ou CTT, deixaram de ser portuguesas e foram vendidas por um valor superior a 30 mil milhões de euros, mais de 20% do Produto Interno Bruto.

Dado o momento em que nos encontramos, creio que uma conversa com a autora pode ajudar a explicar melhor para que serviram as privatizações, quem são os protagonistas  e que responsabilidade têm os gestores.

SINOPSE
Nos últimos seis anos, empresas e investidores portugueses alienaram ativos num valor superior a 30 mil milhões de euros, mais de 20% do Produto Interno Bruto.
Grandes empresas nacionais, como a PT, EDP, Tranquilidade, ANA ou CTT, deixaram de ser portuguesas. Ainda têm a sede em Portugal, mas o capital passou para o domínio de investidores estrangeiros. Chineses e angolanos são os mais conhecidos, mas também há brasileiros e franceses. Para muitos observadores, era um desfecho inevitável perante a vulnerabilidade financeira do Estado, a fragilidade da banca e dos empresários endividados e a absoluta necessidade de atrair capital à economia. Mas este argumento, ainda que sustentável, não chega para explicar todas as histórias que estão por trás destes negócios:
- A venda da Vivo por 7500 milhões de euros foi o maior negócio em valor realizado por uma empresa portuguesa. A PT não queria vender, o governo também não, mas o preço falou mais alto. O negócio concretizado em 2010 acabou por conduzir, cinco anos mais tarde, à alienação da própria PT Portugal.
- Em 2012, o governo deu ordem à Caixa Geral de Depósitos para alienar as ações na Cimpor, viabilizando a oferta da brasileira Camargo Corrêa. A decisão, tomada em apenas meia hora, foi o golpe final na nossa única multinacional com centro de decisão em Portugal.
- A ANA foi a privatização que mais receita deu ao Estado. Mas em troca dos 3080 milhões de euros, os franceses da Vinci ganharam o monopólio dos aeroportos nacionais por 50 anos e o direito de aumentar as taxas em Lisboa.    
Estas são algumas das histórias que a jornalista Ana Suspiro revela em Portugal à Venda, explicando quem são os «novos donos» de Portugal, para que serviram estas operações e quais os valores envolvidos. Para já, os gestores que lideram as maiores companhias são portugueses. Mas quanto tempo vão permanecer nos lugares de topo? E como vão estas grandes empresas reajustar a sua estratégia em resposta aos interesses dos seus atuais proprietários? Perguntas que se impõem numa época de transição.

Sobre o autor: 
Ana Suspiro tem 44 anos e é jornalista de economia. Trabalhou no Diário Económico e no Jornal de Negócios, jornais onde se especializou a escrever sobre empresas. Passou para a imprensa generalista em 2007 ao entrar no Diário de Notícias. Em 2009 integrou o projeto de um novo jornal diário, o i, como grande repórter. Trabalha desde outubro de 2014 no jornal online Observador. É licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa e concluiu uma pós-graduação em Compliance no Instituto de Gestão Bancária.

 



quinta-feira, 23 de abril de 2015

Sextante Editora - "O meteorologista", o mais recente romance de Olivier Rolin

Título: O meteorologista
Autor:
Olivier Rolin
Tradução: Joana Cabral
Págs.: 184
PVP: € 14,40

A 4 de maio, a Sextante Editora publica o mais recente romance de Olivier Rolin, O meteorologista, um relato surpreendente da história real de Alexei Vangengheim, um homem que, como muitos outros, perdeu o controlo sobre o seu destino e foi enviado para um dos primeiros gulags no Norte da Rússia, após ser alvo de uma denúncia de oposição ao regime.
Anos mais tarde, Olivier Rolin encontrou as cartas de Alexei para a filha – que vêm fac-similadas nesta edição – e decidiu investigar esta emotiva história que, como o próprio afirma, não é tão longínqua como poderíamos pensar.
Olivier Rolin vai estar em Portugal de 7 a 9 de maio para participar na 1ª edição do Festival Encontradouro, em Sabrosa.

Sobre o livro:
A sua ocupação eram as nuvens. Sobre a imensa extensão da URSS, os aviões tinham necessidade das suas previsões para aterrar, os navios para abrir caminho através dos gelos, os tratores para lavrar as terras negras. Na conquista do espaço que se iniciava, os seus instrumentos sondavam a estratosfera, ele sonhava domesticar a energia dos ventos e do sol, acreditava «construir o socialismo», até ao dia de 1934 em que foi detido como «sabotador». A partir desse momento a sua vida, a de uma vítima por entre os milhões de outras do terror estalinista, foi uma descida aos infernos. Durante os anos no campo de concentração, e até à véspera da sua morte atroz, ele enviava à pequena filha Eleonora desenhos, herbários, adivinhas. É a descoberta dessa correspondência destinada a uma criança, que ele não mais voltaria a ver, que me levou a investigar sobre o destino de Alexei Feodossevitch Vangengheim, o meteorologista. Mas também a convicção de que estas histórias de um outro tempo, de um outro país, não são tão longínquas como poderíamos pensar: o triunfo mundial do capitalismo não se explica sem o fim terrível da esperança revolucionária.
Olivier Rolin

Sobre o autor:
Nasceu em França, a 17 de maio de 1947, e passou parte da sua infância em África. Deu-se a conhecer com o romance Phénomène futur (1983), sendo hoje um dos nomes mais respeitados do panorama literário francês. Em Portugal estão traduzidos os seus romances O bar da ressaca, A invenção do mundo, Porto-Sudão (Prémio Femina 1994), O cerco de Cartum, Tigre de papel (Prémio France Culture 2003 e finalista do Prémio Goncourt), Suite no Hotel Crystal, o relato de viagem O meu chapéu cinzento e o ensaio Paisagens originais. Olivier Rolin escreve também reportagens para vários jornais e é atualmente editor. Um caçador de leões, publicado pela Sextante em 2009, foi finalista dos Prémios Goncourt e Renaudot no ano anterior. Em 2012 a Sextante publicou também o seu romance Baku, últimos dias.


Porque o Dia do Livro é todos os dias mas hoje é especial


Bruno Vieira Amaral em Budapeste

O escritor participa no 5º Festival Europeu do Primeiro Romance integrado no 22º Festival Literário de Budapeste, que se realiza entre 23 e 26 de Abril.
Bruno Vieira Amaral é um dos 17 escritores originários de vários países europeus no Festival Literário de Budapeste, que se inicia amanhã e decorre até dia 26 de abril.
O escritor que viu premiado o seu primeiro romance, As Primeiras Coisas (Prémio Fernando Namora e Prémio PEN Clube Narrativa 2014, Livro do Ano Time Out 2013, Prémio Novos 2013) é um dos portugueses presentes, ao lado de Afonso Cruz.

Bruno Vieira Amaral nasceu em 1978. Formado em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE, é crítico literário, tradutor e autor do Guia Para 50 Personagens da Ficção Portuguesa e do blogue Circo da Lama. Em 2002, uma temerária incursão pela poesia valeu-lhe ser selecionado para a Mostra Nacional de Jovens Criadores. Colaborou no DN Jovem, revista Atlântico e jornal i. Atualmente colabora com a revista Ler e é assessor de comunicação no Grupo BertrandCírculo. As Primeiras Coisas é o seu
primeiro romance.


quarta-feira, 22 de abril de 2015

Para todos os que já foram trocados por um gato na vida: "CAT DADDY"

Título: Cat Daddy
Autor: Jackson Galaxy
PVP: 15,90€
N.º de Páginas: 276

Cat Daddy é um relato inspirador de dois seres fragmentados, que se ajudaram mutuamente a recuperar. Jackson Galaxy tinha de estar disposto a aprender e a mudar, e com Benny aprendeu que os gatos precisam de nós, seres humanos, para terem uma vida mais feliz e saudável. Este livro inclui conselhos como, lidar com gatos problemáticos e torna-los mais saudáveis e felizes!

A capacidade de Jackson Galaxy em se relacionar com os felinos mais problemáticos – já para não falar do stresse causado na relação com os seus donos – é inspiradora. Neste livro, Galaxy

conta a marcante história da sua relação de treze anos com um gato de pequeno porte, de pelo curto, chamado Benny, e dá conselhos para quem vive, cuida e ama o felino que tem em casa.
Quando Benny chegou à sua vida, Galaxy vivia uma fase muito conturbada, com dependências e isolamento, era artista de rock e trabalhava em part-time num abrigo para animais. O antigo dono de Benny entregara-o no abrigo, numa caixa de cartão com a bacia desfeita pelos pneus de um carro, e descrevera-o como «incapaz de criar laços afetivos». Nada poderia estar mais longe da verdade.

Sobre o autor:
Jackson Galaxy, conhecido por «Cat Daddy», é perito em ajudar as pessoas cujos gatos são problemáticos e têm as suas vidas e casas viradas de cabeça para baixo. Especialista em comportamento felino com mais de quinze anos de experiência – e estrela do canal Animal Planet e do programa televisivo My Cat From Hell .


9.ª edição do LeV - Literatura em Viagem - 8 a 11 de maio


O LeV — Literatura em Viagem aproxima-se no horizonte. Entre os dias 8 e 11 de maio, Matosinhos recebe mais de vinte autores, nacionais e internacionais, num programa que tem como mote o Conflito, Ontem e Hoje.
Na sua nona edição, o Literatura em Viagem conta com a maior comitiva internacional da história do festival. Entre os confirmados estão Artur Domosławski, Paolo Giordano, Kim Young-Ha ou Paloma Díaz-Mas.
Gonçalo M. Tavares, Francisco José Viegas, Dulce Maria Cardoso, Joel Neto ou Pedro Abrunhosa são alguns dos autores nacionais que se juntam a esta comitiva na Biblioteca Municipal Florbela Espanca e na Galeria Municipal de Matosinhos.
Pela primeira vez e em jeito de remate, o festival ruma até Lisboa para uma sessão especial.
A programação final e respetiva lista de convidados serão anunciados em breve.
O LeV — Literatura em Viagem é uma organização da Câmara Municipal de Matosinhos.

Lançamento de Dias Felizes de uma Nódoa Teimosa, de Isabel Zambujal (texto) e Sebastião Peixoto (ilustrações)



João Tordo no Porto de Encontro

João Tordo é o protagonista da edição deste mês do “Porto de Encontro”, ciclo de conversas com escritores promovido pela Porto Editora, agendada para o próximo domingo, dia 26 de abril, às 17:00, na Casa das Artes, no Porto Formado em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa, João Tordo é autor de oito romances, publicados em vários países, incluindo França, Itália, Alemanha e Brasil.
Com o romance As três vidas conquistou o Prémio Literário José Saramago 2009. Foi finalista do Prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores e do Prémio Fernando Namora. Da sua obra publicada constam ainda os romances O Livro dos Homens sem Luz (2004), Hotel Memória (2007), Anatomia dos Mártires (2011), O Ano Sabático (2013), Biografia involuntária dos amantes (2014).
O luto de Elias Gro, publicado esta semana, vai conhecer a  apresentação no Porto durante a sessão.
As habituais leituras vão ser asseguradas pelo poeta Renato Filipe Cardoso.
Esta XXXV edição do “Porto de Encontro” conta com a colaboração da Direção Regional de Cultura do Norte e tem o apoio do Jornal de Notícias, Antena 1, Porto Canal, Livrarias Bertrand, Sociedade Portuguesa de Autores, da Porto Lazer, Porto Barros e Arcádia.


Coolbooks - "Manual de sobrevivência em português"

Título: Manual de sobrevivência
em português

Autor:
H. M. S. Pereira
Formato: e-wook
N.º estimado de páginas: 94
PVP: 4,99 €

Está disponível em coolbooks.pt e na livraria virtual wook.pt, Manual de sobrevivência em português, um conjunto de textos que resultam da solidão própria das cidades sem cor, do jovem e estreante autor H. M. S. Pereira.
Esta obra segue, na primeira pessoa, vários episódios dos pensamentos e ações da personagem principal, enquanto esta vai falhando na concretização dos seus desejos, muitos genuínos, outros emprestados, assim como nas relações humanas – desde a mais pequena vontade do quotidiano aos projetos maiores para a vida, desde recordações vívidas do passado ao momento presente.
O tom autobiográfico e cru, e uma correspondência entre o tempo da ação e o tempo da narração, resultam num striptease da realidade quotidiana de um homem que, como muitos, ainda ontem era um miúdo e se vê agora atirado para a arena de uma cidade chamada Lisboa, num país chamado Portugal.

Sobre o autor:
H. M. S. Pereira nasceu e cresceu na Beira Baixa, junto à Serra da Estrela. Tem 31 anos. Tentou vários trabalhos e cidades, sempre sem permanência. Passa longos períodos sem ler ou escrever. Gosta de caminhar e de comer. Escreveu, entre 2007 e 2009, um romance rejeitado: Operador de Call Center. Mora agora no Porto e concluiu recentemente uma formação de Vigilante de Segurança Privada. Manual de Sobrevivência em Português é um conjunto de textos escritos entre 2009 e 2012, entre uma casa alugada na Alfama de Lisboa e a casa onde nasceu na Covilhã.


Saiba quem são "Os Combatentes Portugueses do Estado Islâmico"

O jornalista Nuno Tiago Pinto traz-nos um livro pleno de actualidade e inquietante sobre Os Combatentes Portugueses do «Estado Islâmico», uma realidade muito mais próxima de nós do que na realidade imaginamos.
Depois de várias entrevistas aos jihadistas portugueses, o autor responde às várias questões ao longo do livro: O que leva cidadãos aparentemente pacíficos a transformarem a sua vida e ingressar num mundo de violência e terrorismo? Como foram recrutados para o «Estado Islâmico»? Porque se converteram ao Islão? Qual o papel na estrutura do grupo?

Com este livro ficamos a conhecer a historia de Nero, Celso, Edgar, Fábio Sandro e das suas mulheres. A eles juntaram-se outros combatentes portugueses, filhos de emigrantes, nasceram em França. Holanda e Luxemburgo e formam o contingente de cidadãos com passaporte nacional a combater nas fileiras do “Estado Islâmico”.

Sinopse:
Saiba como o «Estado Islâmico» se tornou o mais poderoso grupo terrorista mundial. Esta é a história dos seus protagonistas e dos portugueses que contam aqui porque decidiram viver e morrer em nome da sua bandeira negra.
Quando o fotojornalista John Cantlie regressou ao Reino Unido, após uma semana de cativeiro na Síria, no Verão de 2012, revelou às autoridades um dado inquietante: entre os seus raptores havia vários britânicos. Após alguns meses de investigações, os serviços secretos identificaram um grupo de portugueses residentes em Londres, convertidos ao Islão, que tinha viajado para a região. A probabilidade de estarem envolvidos no rapto do repórter era grande. Um desses homens continuava na zona, a circular através da fronteira entre a Turquia e a Síria. Informados pelos britânicos, desde então que os serviços e forças de segurança portugueses seguem a actividade de Nero, Celso, Edgar, Fábio, Sandro, das suas mulheres e de alguns amigos também com nacionalidade portuguesa. Um deles chegou mesmo a ser detido em Janeiro de 2013, no aeroporto de Gatwick. Esta vigilância permitiu identificar transferências de dinheiro para Lisboa e a sua entrega em mão a candidatos a jihadistas que passaram por Portugal a caminho da Síria. A eles juntaram-se outros combatentes portugueses. Filhos de emigrantes, nasceram em França, Holanda e Luxemburgo e formam o contingente de cidadãos com passaporte nacional a combater nas fileiras do «Estado Islâmico». O que leva cidadãos aparentemente pacíficos a transformarem subitamente a sua vida e ingressar num mundo de violência e terrorismo? E como foram recrutados para o «Estado Islâmico»? Porque se converteram ao Islão? Qual o seu papel na estrutura do grupo? O jornalista Nuno Tiago Pinto responde a estas e a outras perguntas ao longo de um livro inquietante sobre uma realidade mais próxima de nós do que muitas vezes pensamos. 


Sobre o autor:
Nuno Tiago Pinto nasceu em 1978, em Lisboa. Licenciou-se em Relações Internacionais e tirou o curso de especialização em Jornalismo no CENJOR. Estagiou na Sic Notícias e foi jornalista e editor de Internacional e de Sociedade no semanário O Independente. Está desde 2006 na revista Sábado, onde é sub-editor da secção Portugal. Em 2011, editou o livro Dias de Coragem e de Amizade -Angola, Guiné, Moçambique: 50 histórias da Guerra Colonial. 


Assírio & Alvim publica novos livros de Ana Luísa Amaral e Adília Lopes

Título: E Todavia
Autor:
Ana Luísa Amaral
N.º de Páginas: 136
PVP: 13,30 €
Coleção: Poesia Inédita Portuguesa

Na próxima sexta-feira, dia 24 de abril, a Assírio & Alvim publica o mais recente livro de poesia de Ana Luísa Amaral, E Todavia. A vida, o amor, pequenos episódios do quotidiano, equações e somas imperfeitas — o êxtase da leitura – percorrem este livro que surge 25 anos depois do primeiro livro da autora, Minha senhora de quê.
O lançamento deste livro ocorrerá no próximo dia 14 de maio, na livraria Bertrand Chiado, em Lisboa, com apresentação a cargo de Lídia Jorge e leitura de poemas pela autora e por Pedro Lamares.
No catálogo da Assírio & Alvim consta o livro Escuro, cujos direitos de publicação estão já vendidos para o Brasil, Espanha e México.

CUIDADOSOS DESCUIDOS
Cuidar na escolha: afiado lápis
que o bico rombo rasga-me as palavras
mas tão macio que eu as possa romper
quando preciso.

Cuidar na folha: vagaroso brilho,
pronta para o desenho em nota, à margem:
que tenha humor de verdadeira folha.
Depois vem o pior
que não escolhi

Sobre a autora:
Ana Luísa Amaral ensinou na Faculdade de Letras do Porto e tem um doutoramento sobre Emily Dickinson. É autora de mais de duas dezenas de livros de poesia e livros infantis e traduziu diversos autores para a nossa língua, como John Updike ou Emily Dickinson.
A sua obra encontra-se traduzida e publicada em vários países, tendo obtido diversos prémios, de que destacamos o Prémio Literário Correntes d'Escritas, o Premio Letterario Poesia Giuseppe Acerbi ou o  Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores.

Título: O Poeta de Pondichéry
Autor:
Adília Lopes
Desenhos: Pedro Proença
N.º de Páginas: 60
Acabamento: encadernado
Coleção: Assirinha

A partir do dia 24 de abril chega às livrarias a novíssima edição de O Poeta de Pondichéry, na colecção Assirinha, dedicada à literatura infantojuvenil. Partindo de uma enigmática personagem de Jacques le Fataliste, de Diderot, este livro de Adília Lopes tem sido, no conjunto da sua obra, um dos mais traduzidos e estudados, em Portugal e no estrangeiro, e surge agora numa edição que deliciará miúdos e graúdos com os desenhos mordazes e surpreendentes de Pedro Proença.

Sobre os autores:
Adília Lopes nasceu em Lisboa, em 1960. Começa a publicar a sua poesia no Anuário de Poetas não Publicados da Assírio & Alvim. Tem colaborado em diversos jornais e revistas, em Portugal e no estrangeiro, com poemas, artigos e traduções.

Pedro Proença nasceu em Angola, em 1962. Frequentou o curso de pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e é um dos mais notáveis artistas plásticos portugueses da atualidade.


O Livro dos Camaleões, de José Eduardo Agualusa, a 8 de maio nas livrarias

Título: O Livro dos Camaleões
Autor: José Eduardo Agualusa
Género: Ficção / Contos
N.º de páginas: 120
Data de lançamento: 8 de maio
PVP: 14,40€

«Agualusa diverte-se e diverte-nos com o facto de ter talento para a felicidade. E não haverá, na língua portuguesa contemporânea, outro caso tão flagrante e abrangente. Esse talento está nos seus livros, escritos para raptar o leitor à primeira vista.» Alexandra Lucas Coelho, Público

Um ditador africano, muito respeitado em Portugal, escreve a sua biografia. Um famoso marinheiro maltês visita São Tomé, depois de passar por um lugar onde o tempo não passa. Um antropólogo descobre-se nu e indefeso diante de uma mulher. Uma zebra persegue um escritor. Uma virgem perde a cabeça.
Neste O Livro dos Camaleões cruzam-se personagens em busca de uma identidade, ou em trânsito de identidade, atravessando diversas épocas, do século XIX aos nossos dias, e diversas geografias, das savanas do Sul de Angola às ruidosas ruas do Rio de Janeiro.
Algumas destas personagens são arrancadas à realidade ou inspiradas em figuras reais. Não se trata de saber onde termina a realidade e começa a ficção. Trata-se de questionar a própria natureza do real.

Sobre o autor:
José Eduardo Agualusa nasceu no Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Publicou onze romances: A Conjura (1988), Estação das Chuvas (1997); Nação Crioula (1998), Um Estranho em Goa (2000, reeditado em 2013 pela Quetzal); O Ano em que Zumbi Tomou o Rio (2002); O Vendedor de Passados (2004); As Mulheres do Meu Pai (2007); Barroco Tropical (2009); Milagrário Pessoal (2010); Teoria Geral do Esquecimento (2012); A Vida no Céu (2013) e A Rainha Ginga (2014). Publicou ainda quatro recolhas de contos, um volume de poesia e cinco livros para crianças. Os seus livros estão traduzidos em 25 línguas. Em 2007, a tradução inglesa de O Vendedor de Passados foi distinguida com o Prémio Independent para a melhor ficção estrangeira.



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Apresentação de O Outro lado da Guerra de Dora Alexandre



Porto Editora: "O Fim do Homem Soviético", de Svetlana Aleksievitch

Título: O Fim do Homem Soviético – Um tempo de desencanto
Autor:
Svetlana Aleksievitch
Tradutor: António Pescada
Págs.: 472
PVP: 19,90 €

Ao longo de 35 anos, Svetlana Aleksievitch tem escrito sobre a identidade russa, sobre o seu passado e futuro, e o ponto final é dado em O Fim do Homem Soviético – Um tempo de desencanto, livro vencedor do Prémio Médicis Ensaio e indicado pela revista Lire como Livro do Ano 2013 em França. Este documento único, já publicado em dezenas de países e traduzido diretamente do russo, chega a Portugal no dia 24 de abril com a chancela Porto Editora.
Svetlana Aleksievitch, jornalista laureada e já apontada para o Prémio Nobel da Literatura, percorreu dezenas de regiões do território soviético, falou com pessoas «de planetas diferentes» – os que nasceram na URSS e os seus filhos – e apercebeu-se de que uma grande parte da nova geração de russos eleva as qualidades de Estaline, sonha com o ressurgimento do antigo império e revive os símbolos soviéticos num Estado que já não os procura promover.

Sinopse:
Volvidas mais de duas décadas sobre a desagregação da URSS, que permitiu aos russos descobrir o mundo e ao mundo descobrir os russos, e após um breve período de enamoramento, o final feliz tão aguardado pela história mundial tem vindo a ser sucessivamente adiado. O mundo parece voltar ao tempo da Guerra Fria.
Enquanto no Ocidente ainda se recorda a era Gorbatchov com alguma simpatia, na Rússia há quem procure esquecer esse período e o designe a Catástrofe Russa. E, desde então, emergiu uma nova geração de russos, que anseia pela grandiosidade de outros tempos, ao mesmo tempo que exalta Estaline como um grande homem. Com uma acuidade e uma atenção únicas, Svetlana Aleksievitch reinventa neste magnífico requiem uma forma polifónica singular, dando voz a centenas de testemunhas, os humilhados e ofendidos, os desiludidos, o homem e a mulher pós-soviéticos, para assim manter viva a memória da tragédia da URSS e narrar a pequena história que está por trás de uma grande utopia.

Sobre a autora:
Svetlana Aleksievitch, conceituada escritora e jornalista, nasceu em 1948 em Minsk, na Bielorrússia. Os seus livros estão traduzidos em 22 línguas e foram já adaptados a peças de teatro e documentários. Considerada uma das autoras mais prestigiadas a escrever sobre a URSS, os seus trabalhos têm recebido uma enorme aceitação por parte da crítica, tendo sido galardoados com importantes prémios internacionais, como o Erich Maria Remarque Peace Prize, em 2001, e o National Book Critics Circle Award, em 2006. O seu mais recente livro, O Fim do Homem Soviético, recebeu o Prémio Médicis Ensaio, em 2013, e foi considerado o Melhor Livro do Ano pela revista Lire.


Bertrand publica A última dança de Charlot

Título: A última dança de Charlot
Autor: Fabio Stassi
Género: Ficção
Tradução: Simonetta Neto
N.º de páginas: 256
Data de lançamento: 17 de abril
PVP: 16,60 €

Na noite de natal de 1971, Charlie Chaplin recebe a visita da Morte. Charlie propõe-lhe que volte no ano seguinte em troca de uma experiência desconhecida pela indesejada inimiga: a diversão. Com o intuito de ver crescer o seu filho mais novo Charlie vai assim ao longo dos anos tentando fazê-la rir, alternando a sua espera por mais um natal com uma carta de despedida ao filho.
Tal como uma vidente previu, na noite de Natal dos seus 82 anos, a morte vai ao encontro de Charlie Chaplin para o levar consigo. Mas o seu filho mais novo, Christopher, ainda é muito pequeno e o ator quer vê-lo crescer mais num pouco. Faz então um pacto com a Morte: se conseguir fazê-la rir, viverá mais um ano.
Na sua longa carta de despedida ao filho, enquanto espera por mais um Natal, Chaplin vai contando a surpreendente história da sua vida e das figuras improváveis com quem se cruzou.
Das suas origens humildes em Londres, passando pelo abandono do pai, a doença mental da mãe e o primeiro emprego no circo, até à chegada à América. Ardina, tipógrafo, pugilista, realizador de cinema, cada passo contribui para o nascimento de Charlot.


Últimos Ritos - Hannah Kent [Opinião]

Título: Últimos Ritos
Autor:
Hannah Kent
Páginas: 320
Editor: Saída de Emergência
PVP: 17,76€

Sinopse
Na agreste paisagem islandesa, Hannah Kent traz à luz dos nossos dias a história de Agnes que, acusada do brutal assassínio do seu anterior amo, é enviada para uma quinta isolada enquanto aguarda a sua hora final.
Apavorados com a perspetiva de virem a albergar uma assassina, a família que a acolhe evita Agnes nas primeiras abordagens. Apenas Tóti, um padre designado para acompanhar Agnes nesta última caminhada e ser o seu guardião espiritual, procura compreendê-la. Mas assim que a data da morte de Agnes se avizinha, a mulher e filhas do lavrador descobrem que há uma segunda versão para a história brutal que ouviram.
Fascinante e lírica, Últimos Ritos evoca uma existência dramática num tempo e espaço distantes, dirigindo-nos a enigmática pergunta: como pode uma mulher suportar a mágoa e a injustiça quando a sua vida depende das histórias contadas pelos outros?


A minha opinião: 
Agnes Magnúsdóttir foi a última pessoa a ser executada na Islândia, condenada pela partipação no assassinato do seu antigo amo. Enquanto aguarda pela sua execução é enviada para uma quinta isolada para ajudar uma família de lavradores, que vivem única e exclusivamente do trabalho na terra, que apesar de contrariados com a sua chegada, acabam por descobrir a sua versão na história. Uma versão completamente diferente daquela que lhes foi apresentada.



Pouco se sabe sobre este crime, mas Hannah Kent soube criar uma história intensa sobre este crime real, mostrando ao mesmo tempo ao leitor uma Islândia fria, rude, agrícola. Contada do ponto de vista de três personagens: da própria Agnes, do reverendo que "confessa" Agnes nos últimos seis meses da sua vida, Tóti, e da própria família de acolhimento, vamos vendo a história sobre perspectivas diferentes, mudando, à medida que o tempo e a história avança de opinião sobre o próprio crime. Pessoalmente, nunca achei que Agnes fosse culpada, porque naquela época, 1830, e até antes, era normal, em quase todos os países, acusarem as mulheres de assassinatos e bruxarias. Em Portugal acontecia muito isso, mesmo no princípio do século XX, a pessoas que apresentavam doenças neurológicas como esquizofrenias eram facilmente identificadas como bruxas ou que tinha bruxedo.



Introspectiva, inteligente, fria, Agnes, muda completamente quando conhece Tóti. Nas suas visitas à casa de acolhimento da condenada os dois mostram uma cumplicidade que faz com que Agnes que se abra totalmente e conte a sua vida desde criança órfã a Tóti até chegar a empregada de Natan.

Últimos Ritos é um livro brilhante, embora de leitura morosa nos primeiros capítulos. 



Apresentação de O Dia da Liberdade



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