sábado, 14 de janeiro de 2017

A Criança de Fogo - S. K. Tremayne [Opinião]

Título: A Criança de Fogo
Autor: S. K. Tremayne
Editor: TopSeller
Páginas: 352

Sinopse:
Quando Rachel se casa com David, tudo parece encaixar-se. Ao mudar-se de uma vida de mãe solteira para a bela mansão Carnhallow na Cornualha, ela ganha riqueza, amor e até um irmão para a sua filha, Millie. É então que o seu enteado, Jamie, faz uma previsão assustadora, e a vida perfeita de Rachel começa a desmoronar-se. Assombrada pelo fantasma da falecida mulher de David, a mãe de Jamie, e à medida que suspeita que a morte daquela não tenha sido suicídio, Rachel começa a temer que as palavras do enteado se tornem realidade: «Irás morrer no Natal».

A minha opinião: 
S. K. Tremayne pega na mesma fórmula do livro anterior e leva-nos aos mistérios de uma ilha praticamente isolada de tudo e todos, criando uma história assustadora com fantasmas à mistura.

Se no primeiro livro As Gémeas do Gelo Tremayne nos confunde com a parecença tão evidente entre as gémeas protagonistas, em que, por vezes, ficamos sem saber quem é qual, neste A criança de fogo a semelhança entre a protagonista e uma mulher morta é por demais evidente.

Rachel Daly sempre se marcou pelo feminismo e combatividade. No entanto, o amor leva-a a prescindir da sua liberdade, do emprego e da sua vida londrina para ficar noiva de um viúvo rico mais velho, com uma criança a cargo, e partir para Carnhallow, situada na Cornualha Ocidental.

Sozinha a maior parte do tempo já que o seu marido continua a trabalhar em Londres, Rachel decide tirar o máximo partido da enorme casa onde agora vive e tentar descobrir mais sobre aquele local. A sua curiosidade leva-a a desvendar alguns segredos que ninguém quer ver revelados. A par disso, o seu enteado parece-lhe, a cada dia que passa, estranho, e apanha-o a falar sozinho.

À medida que o livro avança, o medo impõe-se, tanto na protagonista como em mim enquanto leitora. Sim, cheguei mesmo a assustar-me tal a intensidade da narrativa, o que me levou a não querer parar a sua leitura até que terminasse e soubesse, por fim, o destino das personagens.

Adorei o mistério, o facto de me ir enganando ao longo do livro e nunca conseguir desvendar o final, e as personagens que, à sua maneira, trazem riqueza maior ao livro.

Com uma paisagem incrível, sempre em tons de cinzento, que gela a cada capítulo que passa, S. K. Tremayne ganhou mais uma seguidora da sua obra.



Excerto:
"Ter um filho é como uma revolução industrial das emoções. Subitamente, somos capazes de produzir preocupações em massa, e sentimentos de culpa."


"Ler faz bem" é a nova coleção da Revista Visão

A Revista Visão está com uma excelente iniciativa. Intitulada "Ler faz bem" a revista oferece, todos os meses, um livro que, de alguma forma ou de outra, marcou uma época.
O primeiro livro da coleção é "A Quinta dos Animais" de George Orwell, um livro que já li, mas como foi empréstimo, decidi comprar para ter na estante e, quem sabe, um dia relê-lo. 
Esta versão oferecida pela Visão, tem tradução de Paulo Faria, que restitui, nas palavras do próprio "aquilo que nunca lhe deveria ter sido subtraído: o título belo e simples, digno da fábula intemporal que Orwell tão bem soube compor: A Quinta dos Animais."

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Gradiva - Novidades de Janeiro

Título: A Aluna que Bateu no Professor
Autor: Manuel Nunes
Coleção: «Fora de Colecção», n.º 485
N.º de Páginas: 184
PVP: €12,00

A educação em Portugal foi levada durante mais de 40 anos a uma situação dramática. A posição dos professores foi posta em causa. E abriu‑se uma brecha para o impensável. Este é um livro em que a ficção se mistura com a realida­de para contar aquilo que até parece mentira. Há alunos que batem nos professores? Sim. Perceber os quês e os por­quês dessa realidade a que se chegou é imperativo. Mais ainda hoje em que há fortes razões para temer que a escola que aí vem seja uma exacerbação dessa «escola» que durante tanto tempo houve. Uma narrativa tocante que revela a realidade como só a ficção pode fazer.


Título: Coleccionadores de Sonhos
Autor: António Oliveira e Castro
Coleção: «Gradiva», n.º 164
N.º de Páginas:  496 
PVP: €19,30

Guerra e amor. Esperança e desencanto. Um livro que nos leva por diferentes destinos humanos, tempos e espaços. As páginas percorrem a História de uma Angola nos últimos anos do Império colonial, viajam ao período das lutas li­berais do século XIX, e conduzem ainda o leitor a um presente (ou quase presente) com o Porto como cenário imediato e o país em pano de fundo. Numa nação habitada pelo desemprego, por políticos que governam mal, por gentes que passam dificuldades, há quem decida não baixar os braços, acredite na mudança, defenda convicções. Nesta narra­tiva, ao mesmo tempo intensa e delicada, um baú junta‑se ao enredo e às personagens principais. Que segredos es­conde? Descubra‑os, num livro que se lê com muito gosto!

Título: Fabricar a Inovação
O processo criativo em questão nas ciências, nas letras e nas artes
Autor: 
Annabela Rita e Fernando Cristóvão (coord.)
Coleção: «Fora de Colecção», n.º 486
N.º de Páginas: 400 
PVP: €19,00

Como se faz acontecer a inovação? Esta pertinente pergunta é hoje, mais do que nunca, de importância crucial, atra­vessando campos tão diversos como os das ciências, das letras e das artes. E essa diversidade é bem espelhada nes­te livro, para o qual contribuíram autores especialistas em distintas áreas, enriquecendo um tema que a todos interes­sa. Ao mesmo tempo, trata‑se de uma obra que homenageia um grande criador: o escultor e arquitecto Charters de Almeida. Uma reflexão riquíssima a não perder.


Já em Fevereiro, um livro de grande actualidade que todos deviam ler:

Título: Populism: A Very Short Introduction 
Autor: Cas Mudde e Cristóbal Rovira Kaltwasser

Publicação em simultâneo com a edição original, mas incluindo textos exclusivos dos autores para a nossa edição sobre as recentes eleições norte‑americanas.

Nos debates, nos meios de comunicação social, nas conversas de café, fala‑se de populismo. Este está a ressurgir em força no século XXI e constitui um perigo para as democracias ociden­tais. Saberá a maioria das pessoas do que se trata? Os sociólogos e os jornalistas usam‑no por vezes para classificar fenómenos diversos, o que ajuda pouco ao seu conhecimento real e abran­gente. Quem foram e quem são os líderes populistas? O que têm em comum Hugo Chávez, Ma­rine Le Pen e Donald Trump? Neste livro sério e de leitura acessível, uma espécie de guia rápido para perceber o conceito, encontrará as respostas. A ler obrigatoriamente!




quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Novidades Planeta para janeiro

Ficção

Título: O Protector 
Autor: Jodi Ellen Malpas
N.º de Páginas: 528
PVP: 18,85 €
Nas livrarias a partir de 18 de Janeiro

Forte Atracção. Muito Sexo.
Um Grande Amor
Novo romance de uma autora de referência, no género erótico, que já tem uma legião de fãs portuguesas com as trilogias Este Homem e Uma Noite que foram grandes êxitos comerciais nos tops nacionais com mais de 35 000 exemplares vendidos.
O Protector, com mais de 1 000 000 de exemplares vendidos em todo o mundo, não faz parte de nenhuma série, é um único livro.
Mais uma vez, a autora mistura cenas de paixão muito quentes com uma grande história de amor, com um final feliz.
O Protector tem os ingredientes necessários para apaixonar de novo as leitoras.
Um livro viciante, uma história de amor com personagens surpreendentes. Camille Logan é uma famosa modelo, filha de uma família rica, que é alvo de ameaças anónimas.
Jake Sharp é um ex-sniper do SAS, que trabalha como guarda-costas e que foi contratado pelo pai de Camille para a proteger.
Toda a gente pensa que ele tirou as medidas a Camille: uma menina do papá mimada e bonita que usa a conta bancária do pai para financiar o estilo de vida que leva.
Mas Camille é muito mais do que parece à primeira vista e está determinada a viver livre de amarras.
Quando descobre que a sua vida está a ser ameaçada em consequência da maneira implacável como o pai gere os negócios, não tem outro remédio senão preparar-se para as medidas que ele vai tomar para a proteger.
Mas nada poderia prepará-la para o ex-sniper do SAS que entra de rompante na sua existência.
Jake Sharp vive o seu inferno privado. Já uma vez se deixou distrair do seu dever e as consequências foram devastadoras, pelo que jurou nunca mais permitir que voltasse a acontecer.
Ser o guarda-costas de Camille não é o género de distracção dos seus demónios que devia aceitar – as mulheres e Jake não combinam bem –, mas proteger a herdeira parece ser o menor de dois males. Jake não tarda a descobrir a verdadeira Camille. É uma jovem terna e compassiva, a sua presença apaziguadora, e o dever de protegê-la depressa vai mais longe e mais fundo do que um trabalho bem pago.
Jake precisa de absolvição. Acaba por precisar de Camille. Mas sabe que não pode ter ambas.

Sobre a autora
Jodi Ellen Malpas nasceu em Northampton, onde vive com a família. Enquanto trabalhava na empresa de construção do pai foi cimentado a trama de a trilogia e criou a personagem de Jesse Ward. Em 2012 decidiu autopublicar O Amante, o primeiro livro, e a massiva resposta das leitoras motivou a a terminar a trilogia. Catapultada para o número 1 do New York Times, a trilogia Este Homem converteu-se no fenómeno do ano coroando Jodi Ellen Malpas como a nova rainha do romance erótico.
Mais de um milhão de leitoras apaixonaram-se por Jesse, por M e agora por Jake.

Não Ficção
Título: Trump Revelado 
Autor: Michael Kranish & Marc Fisher
N.º de Páginas: 512
PVP: 23,90€
Nas livrarias a partir de 18 de Janeiro

A melhor e mais completa biografia do novo presidente dos EUA, feita por uma equipa de vinte jornalistas, de um dos mais prestigiados jornais do mundo, o The Washington Post, que investigou todas as facetas da vida de Trump.
Os antepassados escoceses e alemães, a infância, a adolescência, a vida na faculdade e o arranque profissional.
A relação com o pai, com os filhos e com as mulheres – as suas e as dos outros.
Os negócios – do imobiliário aos casinos, dos concursos de beleza à marca roupa, dos bifes ao reality show.
A fórmula para o sucesso – e a fórmula para mascarar os muitos insucessos.
O dinheiro que ganhou, o dinheiro que perdeu, a ruína financeira que provocou a muitas pessoas e empresas.
A falência técnica, as tensíssimas negociações bancárias para a impedir e a mesada com que passou a ser obrigado a viver.
A política, as sete mudanças de partido, a campanha e a vitória.
Eis o resultado de uma incomparável e imparcial investigação jornalística, feita por mais de 20 repórteres do prestigiado jornal The Washington Post.
Nenhum aspecto do percurso do novo presidente dos Estados Unidos ficou por escrutinar.
Toda a vida de Donald Trump está nestas páginas.
Um livro fundamental e supreendente, que não vai conseguir parar de ler.
O bom, o mau e o incompreensível sobre o homem que, nos próximos quatro anos, será um dos mais influentes do mundo.

«Útil, um vigoroso relato […] Retrata habilmente a obstinada construção da sua marca pessoal espampanante e a manipulação dos media, que muitas vezes fez de forma magistral.» The New York Times
«As várias cenas reveladoras convergem num fascinante retrato [...] Trump, o ultrajante exibicionista, torna-se mais patético e mais real neste excelente livro.» The Washington Post
«A biografia retrata a carreira de vários Trumps: o homem-espectáculo, o mulherengo e um parceiro de negócios que depressa se desenvencilha de projectos falhados.» The Guardian
«Os talentosos escritores Michael Kranish e Marc Fisher pegaram no trabalho de dezenas de jornalistas do The Washington Post e teceram-nos numa irresistível narrativa […] O melhor jornalismo de investigação.» USA Today
«Os que se atreverem e tiverem coragem suficiente para estas páginas vão deparar-se com a abordagem imparcial dos autores [...] que preferiram dar corda a Trump – e basta dizer que Trump desenrola quilómetros dela.» Kirkus Reviews

Sobre os autores
Michael Kranish é repórter de investigação na área de política do The Washington Post. É co-autor de John Kerry: The Boston Globe Biography e de The Real Romney,  e autor de Flight from Monticello: Thomas Jefferson at War.
Antes de trabalhar no The Washington Post era o sub-director da delegação do jornal The Boston Globe em Washington.
Venceu o Society of Professional Journalists Award for Washington Correspondence in 2016.

Marc Fisher é editor sénior no The Washington Post, onde já foi editor, colunista e director da delegação em Berlim, entre outros cargos que desempenhou ao longo dos seus mais de 30 anos no jornal.
É autor de Something in the Air, uma história da rádio, e de After the Wall, o relato em forma de reportagem sobre a queda do muro de Berlim e a unificação da Alemanha. Venceu o Pulitzer Prize for National Reporting em 2016 e o Pulitzer Prize for Public Service em 2014.

Título: O Mundo Imaginário de... 
Autor: Keri Smith
N.º de Páginas: 192
PVP: 14,99€
A partir de 18 de Janeiro

Um autêntico livro de desassossegar a realidade!
Um desafio a que crie o seu mundo à imagem dos seus desejos.
A mesma criadora dos mega sucessos de venda Destrói este Diário, Isto Não é um Livro e Caos, pede agora aos leitores que querem mudar o mundo para darem asas à imaginação e deixarem fluir a energia criativa que existe dentro de cada um e que muitas vezes fica aprisionada pela correria do dia-a-dia.
Cada página vem com uma proposta diferente e cabe ao leitor interpretar a melhor maneira de executá-la.
Pode ser lido sem uma ordem predeterminada. Abra uma página ao acaso e deixe-se surpreender.
O acto de criar um mundo é um acto de revolução.
Imaginar algo diferente, algo melhor, ou algo mais interessante é levar o mundo existente a um estado de mudança. Alguns dos maiores actos revolucionários do nosso tempo aconteceram porque alguém teve a coragem de imaginar algo novo.
Se é verdade que a imaginação cria a nossa realidade, então podemos ver-nos como alquimistas, capazes de transformar a sociedade e a cultura em geral com as nossas palavras e ideias.
Temos o poder de curar uma cultura doente com a «energia mágica» que provém da nossa imaginação. Pela mera documentação das nossas ideias, podemos iniciar o processo de mudança.
Está na hora de começar.

Sobre a Autora:
Keri Smith é uma artista canadiana, que vive entre Nova Iorque e o seu país de origem.
Autora de vários livros bestsellers e apps sobre criatividade incluindo «Destrói este Diário»/ Wreck this Journal, This is Not a Book (Penguin), How to be an Explorer of the World -the Portable Life/Art Museum,(Penguin), Mess: A Manual of Accidents and Mistakes (Penguin), The Guerrilla Art Kit (Princeton Architectural Press), Finish This Book (Penguin), e The Pocket Scavenger (Penguin).
O principal objecto de trabalho de Keri Smith, que tem dados aulas de educação conceptual em várias universidades é o conceito de Obra Aberta proposto por Umberto Eco: peças que são completadas pelo leitor/utilizador.
Tem sido convidada para projectos de investigação e arte em Copenhaga e Londres (Olimpíadas Culturais de 2012). É consultora do Center For Artistic Activism. O seu app Pocket Scavenger venceu o prémio de melhor app de não-ficção para adultos 2014 dos Digital Book Awards. http://www.kerismith.com/bio

Pessimismo, sonhos, crítica e ironia num divertido romance de Machado de Assis

Título: Quincas Borba
Autor: Machado de Assis
N.º de Páginas: 272
PVP: 16,50 €
Ficção/Literatura Lusófona
Nas livrarias a 18 de Janeiro
Guerra e Paz Editores

Sinopse
«AO VENCEDOR, AS BATATAS!»
Amor e loucura, num livro delicioso sobre a grandeza dos sonhos e a miséria da realidade humana

Rubião, modesto professor de província, herda uma fortuna do filósofo Quincas Borba. Mas com a riqueza vem igualmente a loucura do seu amigo. Dissipa a fortuna em ostentação e em ajudas à trupe de oportunistas que o rodeiam assim que chega ao Rio de Janeiro. O amor e a loucura surgem de mãos dadas, entre a ambição social e um amor não correspondido. Perdido num mundo que não entende, Rubião acaba sozinho, e os parasitas ascendem à sua custa. No fim, triunfam os fortes, dando razão ao lema de Quincas Borba: «Ao vencedor, as batatas!» Este é o grande trunfo de Machado de Assis, sugerir as coisas mais terríveis da maneira mais cândida.
Um romance essencial na língua portuguesa, um autor injustamente esquecido, que ombreia com Eça e Camilo.

Sobre o autor:
Machado de Assis. Filho de pai carioca e mãe açoriana, um dos maiores nomes da literatura do Brasil, José Maria Machado de Assis, nasceu no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, em 1839.
Depois dos primeiros poemas, publicados na imprensa, segue-se uma profusa obra, que abarca os mais diversos géneros: crónica, conto, romance, teatro, crítica literária. Em 1864, edita Crisálidas, o primeiro livro de poesia, e, em 1872, Ressurreição, o primeiro romance.
Inicialmente, as suas obras possuem características românticas, mas é no Realismo que se distingue, com romances como Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880), Quincas Borba (1891) ou Dom Casmurro (1889), ao dar espaço à análise psicológica das personagens, aos seus desejos e necessidades, qualidades e defeitos.
Morreu na madrugada de 29 de Setembro de 1908, em casa, no Rio de Janeiro, aos 69 anos.


Livros do Brasil: O regresso da Miniatura - «As Grandes Obras em Pequenos Volumes»

Livros do Brasil começa 2017 com o relançamento da histórica coleção de bolso.
Grande literatura em tamanho – e preço – reduzido

Chegam a 19 de janeiro às livrarias os primeiros três livros da renovada coleção Miniatura, da Livros do Brasil. Criada nos anos 50, e com o slogan As Grandes Obras em Pequenos Volumes, esta foi uma das principais coleções de livros de bolso em Portugal e contou com 170 números. Nesta nova série, os livros serão igualmente em tamanho e preço reduzido (8,80 €), numerados e com uma linha editorial que se regerá pela qualidade literária, onde constarão autores contemporâneos e clássicos.
A Louca da Casa, de Rosa Montero, Soldados de Salamina, de Javier Cercas, e A Um Deus Desconhecido, de John Steinbeck são os títulos que inauguram a nova vida da Miniatura, três livros essenciais na obra de cada um dos seus autores.
Depois do relançamento das coleções Dois Mundos e Vampiro, ambas muito bem recebidas pelos leitores portugueses, esta é a nova aposta da chancela.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

«O Diabo na Cozinha», de Marco Pierre White, chega às livrarias

Título: O Diabo na Cozinha
Autor: Marco Pierre White
Género: Literatura / Autobiografia 
Tradução: José Luís Costa 
N.º de páginas: 376 
Data de lançamento: 13 de janeiro
PVP: € 18,80
Sexo, dor, loucura e a arte de um grande chef. Este pode ser um dos resumos de O Diabo na Cozinha, a autobiografia de Marco Pierre White, que chega às livrarias na sexta-feira, dia 13 de janeiro.

O aclamado chef rockstar britânico White transformou a arte de cozinhar numa atividade sexy. Apesar do seu mau feitio na cozinha – e, às vezes, na sala de jantar dos seus restaurantes – foi um herói da classe trabalhadora que encantou celebridades e aristocratas. Foi o mais jovem chef do mundo a receber três estrelas Michelin – e o único a devolvê-las para poder cozinhar em liberdade. Formou chefs que viriam a ser famosos – como Gordon Ramsay, Heston Blumenthal ou Mario Batali – e é presença regular no Masterchef Australia. Os direitos de adaptação do livro ao cinema foram adquiridos por Ridley Scott e a imprensa da especialidade aponta Michael Fassbender como ator principal.

Nesta autobiografia (que inclui um interessante conjunto de receitas da sua vida), Marco Pierre White fala sobre o caminho que o levou de um bairro de Leeds até ao olimpo da cozinha contemporânea, revelando os segredos dos seus fogões, falando sobre os seus negócios, os seus amores, os seus ódios de estimação, a ingratidão e a lealdade, a busca da originalidade sem perder as raízes, as loucuras de um chef que – no fim de tudo – acha que a principal base da arte culinária não são a sofisticação ou o exibicionismo, mas a simplicidade.

«O terror da cozinha serve-nos uma autobiografia confecionada com tanto dramatismo quanto um prato de um restaurante com estrelas Michelin.» (The Times)

«Totalmente impossível parar de ler.» (Glamour)

«Marco será sempre o epítome do chefe malvado, talentoso e brilhante – o arquétipo em carne e osso.» (Independent)

«Podemos sentir a sua influência não apenas no legado gastronómico mas também na postura rebelde de celebridade volátil dos chefes que povoam as nossas televisões.» (Guardian)

Sinopse:
O aclamado primeiro chef rockstar britânico, Marco Pierre White, foi o homem que transformou a arte de cozinhar numa coisa sexy. O seu temperamento na cozinha é lendário. Funcionários irritantes eram atirados para o caixote do lixo, e clientes, para a rua. Mas o mais rude dos chefs londrinos foi também um herói da classe trabalhadora que encantou estrelas e aristocratas. E o primeiro e mais jovem do mundo a ser galardoado com três estrelas Michelin. E a devolvê-las – para poder continuar a cozinhar em liberdade e em grande estilo, como uma espécie de investigação sobre a beleza, o prazer e o sentido da vida.

«Enquanto trabalhava como um escravo, aguardava o momento em que aquelas portas se abriam e me proporcionavam o vislumbre de glamorosos clientes, à suave luz da sala de jantar, rindo e erguendo os copos, desfrutando do vinho.»
«As pessoas vinham ao Harveys não só para a comida, mas também para o Grande Espectáculo Marco Pierre White. E era um espectáculo animadíssimo, uma espécie de circo, cheio de tensão, drama e imprevisibilidade. Um circo dentro dum pequeno restaurante. E as pessoas ali estavam, a comer pratos sofisticadíssimos enquanto um pobre cozinheiro é assassinado na cozinha. Paraíso à dianteira, inferno na retaguarda.»
Sobre o autor:
Nascido em Leeds em 1961, Marco Pierre White foi o primeiro chef britânico (e o mais jovem em todo o mundo) a ganhar três estrelas Michelin.
O seu império gastronómico, que inclui os restaurantes Luciano e Marco, conheceu uma rápida expansão, marcando presença também em Las Vegas, Xangai, Jamaica e Dubai. Embora tenha abandonado a cozinha em 1999, White regressou recentemente para servir de anfitrião noreality show Hell’s Kitchen. Vive em Londres. Do seu casamento com Mati teve três filhos, e da primeira mulher, uma filha.



Novidade Esfera dos Livros: Porto d'Honra, de Manuel de Sousa

Um dos mais entusiastas divulgadores da história da cidade do Porto, Manuel de Sousa, traz-nos um extraordinário Porto D’ Honra, uma verdadeira visita guiada pelo passado através de muitos acontecimentos que constituem a identidade portuense.

Um livro feito de segredos e curiosidades que marcam a história da Invicta ao longo dos tempos, como o desastre da Ponte das Barcas, as invasões francesas, o legado deixado pelos judeus (não será por acaso que a cidade alberga a maior sinagoga da Península Ibérica), a história da mãe de todas as praças portuenses: a da Liberdade, ou o famoso cerco do Porto, que acabou por dar à cidade o título de «Invicta».

Muitos dos aspetos relatados são pouco conhecidos ou estão mesmo por descobrir, contribuindo para o carácter sedutor e fascinante do Porto: o atual Palácio da Bolsa, um dos ex-libris da cidade, foi construído sobre as ruínas do Convento de São Francisco, local onde o rei D. João I pernoitou antes de casar com D. Filipa de Lencastre; a Rua do Almada, paralela à Avenida dos Aliados, homenageia João de Almada e Melo que, juntamente com o seu filho, mudou para sempre a face do Porto e criou aquilo que hoje conhecemos como Baixa; ou o Piolho, o primeiro botequim portuense a ter eletricidade e a adquirir uma máquina de café La Cimbali que deu o nome ao cimbalino, etc.

Sobre o autor: 
Manuel de Sousa nasceu na freguesia de Miragaia, no Porto, em 1965. Licenciado em Ciências Históricas e mestre em Turismo, desenvolveu uma atividade profissional ligada à área empresarial, nomeadamente à Comunicação e ao Marketing, sem nunca ter abandonado o seu interesse pela história da cidade do Porto. Procurando aliar a divulgação da história local com as redes sociais, criou a página “Porto Desaparecido” no Facebook, cujo sucesso lhe valeu a atribuição da Medalha Municipal de Mérito pela Câmara Municipal do Porto, em 2013. Faz visitas guiadas pela cidade e colabora em diversos jornais e revistas em temas relacionados com a História e o Património.



Uma obra rigorosa e bem informada sobre a História de Angola

Título: Breve HistÓria da Angola Moderna
Autor: David Birmingham
N.º de Páginas: 208
PVP: 16,00 €
Género: Não Ficção/História
Nas livrarias a 18 de Janeiro
Guerra e Paz Editores

Sinopse
Esta história de Angola incide particularmente sobre o período entre 1820 e o início do século XXI, constituindo uma obra essencial para a compreensão das actuais relações entre Portugal e Angola.
David Birmingham detalha a evolução social, económica e política de Angola, abordando temas como a exportação massiva de escravos, o desmoronar do sonho do mapa cor-de-rosa face ao ultimato britânico, a tentativa de criar uma pátria judaica em Angola, a Guerra Colonial, os violentos anos de guerra civil que se seguiram à independência, os negócios de petróleo e diamantes ou os recentes investimentos de angolanos ricos – como Isabel dos Santos, a primeira mulher africana bilionária – na antiga metrópole, como uma nova forma de «neocolonialismo». A obra inclui uma cronologia histórica.

Sobre o autor:
David Birmingham. David Birmingham é um dos principais investigadores da história moderna e contemporânea de Angola. O seu primeiro livro, sobre a conquista de Angola pelos Portugueses, foi publicado em 1965, pela Oxford University Press. Desde então, escreveu diversos livros, incluindo A Concise History of Portugal (editado em português sob o título História de Portugal). Com Phyllis Martin, editou a obra History of Central Africa, em três volumes.
Leccionou em universidades africanas e na SOAS, a Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres, antes de se tornar professor de História Moderna na Universidade de Kent, no Reino Unido, onde se jubilou.



Três épocas históricas, três continentes. Um romance de amor e erotismo

Título: A Ilha de Martim Vaz
Autor: Jonuel Gonçalves
N.º de Páginas: 184
PVP: 15,50 €
Género: Ficção/Romance
Nas livrarias a 18 de Janeiro
Guerra e Paz Editores

Sinopse
Manuscritos dos séculos XV e XVIII – achados no Rio de Janeiro durante as obras para os Jogos Olímpicos de 2016 – revelam histórias muito fora da versão habitual, aliás, como o próprio casal de pesquisadores que trabalhou os documentos, cujo percurso está tatuado pelas grandes turbulências do século XX e deste pedaço do XXI. Na soma, isto aqui cruza três épocas e atravessa três continentes, mas não é um livro de viagens. Por aqui andam homens e mulheres a camuflar-se em defesa de ideias sob cerco ou apenas para viverem amores intensos sob ameaça de excomunhão, ontem religiosa, hoje identitária.. Roteiros no extremo a fim de abrir caminho, isso sim. De Ceuta a Tomboctu, de Benguela ao Rio, pela Amazónia, por Bordéus, por Lisboa, por Luanda, pelo Sahel, ares, mares, dunas, florestas e savanas. A vida no risco permanente e mesmo assim não querem mudar de vida.

Sobre o autor:
Jonuel (José Manuel) Gonçalves. Lutou pela independência e democratização de Angola, portanto, teve a maior parte da existência dividida entre o combate clandestino e os exílios. Aproveitou estes para, aos solavancos, chegar até ao mestrado. Quando o fim das guerras angolanas do século XX permitiu, fez o doutoramento. A partir daí dedicou-se à docência (agora numa universidade brasileira), a escrever coisas diferentes das que escrevia nos anos de chumbo e a nomadizar entre África, Brasil e Portugal. Publicou livros de não ficção, Franco Atiradores, A Economia ao longo da História de Angola (editados em Angola); e de ficção Café Gelado e Relato de Guerra Extrema (editados em Angola e no Brasil).


Homem ou mito: A Venezuela de Chávez por Alberto Barrera Tyszka

Título: Pátria ou Morte
Autor: Alberto Barrera Tyszka
Tradução: Helena Pitta
Págs.: 200
PVP: 17,70 €

A Porto Editora publica a 12 de janeiro o primeiro romance de Alberto Barrera Tyszka em Portugal, Pátria ou Morte, vencedor do Prémio Tusquets e um dos mais acutilantes retratos da Venezuela de Chávez.
Com uma forte componente literária, sociológica e política, Alberto Barrera apresenta-nos um romance entusiasmante sobre a dicotomia homem/mito que foi Hugo Chávez, onde se cruzam histórias e personagens que, com violência, dor, revolta e algum humor, moldam uma sociedade.
Alberto Barrera Tyszka, escritor, colunista e co-autor da primeira biografia documentada sobre Chávez, vai estar em Portugal no fim de fevereiro para apresentar o seu romance no encontro 18.º Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, e em Lisboa.

Sobre o livro:
Miguel Sanabria, médico oncologista e professor universitário recém- -reformado, vê a sua vida ser invadida por uma inquietação que rapidamente se tornará permanente e aflitiva. Entre Beatriz, esposa e fervorosa antichavista, e Antonio, irmão fiel ao radicalismo da revolução bolivariana, Sanabria está, tal como o país, encurralado e esmagado sob o peso de duas formas de vida. Quando de Cuba chega um telemóvel com vídeos surpreendentes dos últimos momentos do Comandante, o que fazer? «Que vida pode caber num telefone?» Hugo Chávez está doente, e arrastou consigo a Venezuela para a doença.
Em paralelo surgem histórias dentro da história, como a de María e Rodrigo, crianças que, na cidade mais perigosa do mundo, Caracas, se conhecem através de um computador e de uma ligação à Internet. Mas a todas é comum a mesma sensação de estranheza, um país que é uma incerteza perpétua, e, numa escrita de perfeito equilíbrio entre a tensão de virar a página e um olhar social clínico, Alberto Barrera Tyszka apresenta em Pátria ou Morte o retrato total da sociedade venezuelana, órfã do seu mito.

Sobre o autor:
Alberto Barrera Tyszka (Caracas, 1960), até agora inédito em Portugal, é autor dos romances También el corazón es un descuido (2001), La enfermedad (Prémio Herralde de Novela 2006) e Rating (2011); dos livros de contos Edición de lujo, Perros e Crímenes; e dos livros de poesia Coyote de ventanas e Tal vez el frío. Em colaboração com a jornalista Cristina Marcano publicou a primeira biografia documentada do ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez sin uniforme. Una historia personal (2005). Licenciou-se pela Faculdade de Letras da Universidade Central da Venezuela, onde leciona a disciplina de Crónicas. Foi guionista de séries de ficção para as televisões da Venezuela, Argentina, Colômbia e México. É colaborador, entre outros, dos jornais El País, Letras Libres, Etiqueta Negra e Gatopardo e colunista do jornal El Nacional. Vive, desde há alguns anos, no México.

Imprensa:
Em Pátria ou Morte o autor entra completa e totalmente no terreno político. Tenta decifrar não apenas o mistério que envolveu a doença de Hugo Chávez, mas também a parafernália bastante escabrosa com que esta foi apresentada perante os cidadãos. A opacidade e o silêncio também têm os seus rituais de camuflagem. El País
Pátria ou Morte funciona como uma máquina demolidora do senso comum que nos diz - literariamente falando e numa brutal retrospetiva - duas coisas: no final nenhum homem deixa de ter medo e não há fenda que não possa ser fechada pela morte. La Nación
Trata-se de uma obra perspicaz, múltipla, onde os personagens tentam continuar com o seu quotidiano, pese embora a sensação apocalíptica que envolvia os venezuelanos durante os últimos dias da doença de Hugo Chávez, antes do seu falecimento a 5 de março de 2013. The New York Times
Barrera Tyszka coloca o foco no humano para contar em Pátria ou Morte de que forma a violência e a dor de um país definem os venezuelanos de diferentes contextos. El Universal


Stephen King e Alexandre Herculano pela 11x17

Na próxima sexta-feira, 13 de janeiro, chegam às livrarias portuguesas «The Shining», de Stephen King, uma das mais aterrorizadoras histórias do autor; e «História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal – Tomo I», de Alexandre Herculano.

Título: «História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal - Tomo I»
Autor: Alexandre Herculano
Género: História / História de Portugal
N.º de páginas: 240
Data de lançamento: 13 de janeiro
PVP: € 7,70

Em 1846, Alexandre Herculano publica o primeiro livro da sua História de Portugal e, até 1853, seguem-se-lhe mais três volumes. Em 1850 interrompe este trabalho e a sua atenção dirige-se então para um dos mais importantes particularismos da história de Portugal – a política de intolerância religiosa – e, em 1854, publica o primeiro volume da «História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal». Uma importante análise que trata do aparecimento do sistema inquisitorial, na Europa e entre nós, acompanha a situação dos judeus em Portugal e observa as relações que se estabelecem entre a Inquisição e o poder político, especialmente durante os séculos XV e XVI, nomeadamente até ao reinado de D. João III.

Sinopse:
«Podíamos escrever a história da Inquisição, desse drama de flagícios que se protrai por mais de dois séculos. Os arquivos do terrível tribunal aí existem quase intactos. Perto de quarenta mil processos restam ainda para darem testemunho de cenas medonhas, de atrocidades sem exemplo, de longas agonias. Não quisemos. Era mais monótono e menos instrutivo. Os vinte anos de luta entre D. João III e os seus súbditos de raça hebreia, ele para estabelecer definitivamente a Inquisição, eles para lhe obstarem, oferecem matéria mais ampla a graves cogitações. Conheceremos a corte de um rei absoluto na época em que a monarquia pura estava em todo o seu vigor e brilho; conheceremos a corte de Roma na conjuntura em que, confessando os seus anteriores desvios, ela dizia ter entrado na senda da própria reformação, e poderemos comparar isso tudo com os tempos modernos de liberdade.»

Título: «The Shining»
Autor: Stephen King
Género: Literatura / Terror
N.º de páginas: 648
Data de lançamento: 13 de janeiro
PVP: € 11,00

Esta é considerada provavelmente a melhor história de terror da literatura mundial e que chega finalmente a Portugal numa edição de bolso. Lançado originalmente em 1977, «The Shining» tornou-se um livro de referência na literatura de terror, tendo originado o filme com o mesmo nome com realização de Stanley Kubrick, em 1980, e uma minissérie produzida por Mick Garris, em 1997.

Sinopse:
Jack Torrence é contratado para tomar conta de um velho hotel isolado no meio das montanhas Rochosas, no Colorado, durante o inverno, altura em que este se encontra isolado. Tudo indica que este emprego será a solução dos seus problemas e dos da sua família – Jack vai conseguir terminar a peça que anda a escrever, as dificuldades vão ficar para trás, a sua mulher vai deixar de sofrer e o seu filho Danny, um rapazinho de cinco anos de uma incrível sensibilidade, vai poder a respirar ar puro e ultrapassar as estranhas convulsões que tem tido. Mas as coisas não são tão perfeitas como parecem - existem forças malignas nos antigos corredores do hotel e, isolados do mundo pelos fortes nevões e sem meios de comunicar com o exterior, Jack e a família são uma presa fácil para as criaturas sinistras que por ali pairam. O hotel é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança, e, inevitavelmente, um confronto entre o bem e o mal vai ter que ser travado.




segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

As Afinidades Electivas, de Johann Wolfgang Goethe, nas livrarias a 13 de janeiro


Título: As Afinidades Electivas
Autor: Johann Wolfgang Goethe
Género: Literatura / Romance
Tradução: Maria Assunção Pinto Correia
N.º de páginas: 320
Data de lançamento: 13 de janeiro
PVP: € 16,60

Obra com prefácio e notas de João Barrento
Depois de A Viagem a Itália, a Bertrand Editora publica As Afinidades Electivas, de Johann Wolfgang Goethe, uma das mais proeminentes figuras da literatura moderna alemã e do Romantismo europeu. A obra chega às livrarias portuguesas a 13 de janeiro. As Afinidades Electivas compreendem a exploração de uma simples presunção, a de que as relações humanas são governadas por forças semelhantes às que atuam em reações químicas, executadas meticulosamente. Belo e surpreendente, um drama que revela muito sobre a dinâmica das relações humanas. Do prefácio por João Barrento: «A minha proposta para uma leitura actual d’As Afinidades Electivas, que parte de Walter Benjamin e o continua, é a de um olhar que terá de ser ‘pós-clássico’ e que vê o romance como uma obra na qual, para além de compromissos pontuais, se explora e valoriza uma nova forma de sensibilidade, já romântica, e uma nova postura perante o mundo, que é obviamente de natureza saturnina e melancólica. O campo de acção é, como já o inteligente texto de Solger salientava no século XIX, o do amor, da paixão subjectiva, como ‘destino’ incontornável do indivíduo moderno (Solger: «O Homem não tem hoje outro destino que não seja o amor», cit. na Edição de Hamburgo, vol.6, p.653). Para Goethe, o amor é de facto a força (real, não metafórica, e isto é importante para entender As Afinidades Electivas!) que faz mover o universo.»

Sinopse:
As Afinidades Electivas de Goethe é sem dúvida uma obra brilhante do autor onde encontramos alguns elementos característicos da novela romântica. Escrita em 1809, já numa fase de amadurecimento do escritor alemão, destaca os conflitos morais da época, as questões associadas ao matrimónio e apresenta as paixões enquanto determinantes dos nossos actos. Tudo isto tendo em como ponto de partida as leis da química que afectam – de acordo com a visão de mundo de Goethe – as pessoas como se fossem elementos. Um romance que nos remete para a história de um casal cujos membros se apaixonam em simultâneo por convidados da sua casa. Um conflito entre paixão e razão que acaba por desembocar numa situação caótica.

Sobre o autor:
Goethe é um dos grandes escritores da literatura Europeia, o maior, se é que se pode falar de tamanho quando à escrita nos referimos, da língua alemã. Joyce nomeava assim a Santíssima Trindade da escrita na Europa: Dante, Goethe e Shakespeare. Dos três, talvez seja o que tem obra menos divulgada, mas todos já ouviram falar de Fausto e de Werther.
Foi um dos mentores do movimento Sturm und Drang (mas, apesar de partilhar o interesse romântico pelo sofrimento, pela paixão e pela loucura, não os considerava como última e única solução na vida). Conseguiu um contrato que lhe permitiu viver da literatura, coisa rara para a época.


A Incrível História Secreta da Língua Portuguesa

Título: A Incrível históRia secreta da Língua Portuguesa
Autor: Marco Neves
N.º de Páginas: 216
PVP: 16,50 €
Género: Não Ficção/Língua Portuguesa
Nas livrarias a 18 de Janeiro
Guerra e Paz Editores

Sinopse
Tudo isto fez parte da vida de quem falou português ao longo dos séculos, uma língua que começou a ser germinada na voz daqueles que, há quase 2000 anos, na Galécia, falavam um latim popular com sotaque celta. A história surpreendente da nossa língua, contada como um romance.
Embarque na aventura da descoberta das raízes da língua portuguesa na companhia da família Contreiras e, entre factos reais e muita imaginação, conheça a nossa língua pela perspectiva de gente comum e de grandes escritores.
Acompanhe uma celta e um romano aos beijos, um amigo de Afonso Henriques à procura de mouras encantadas, Gil Vicente a perseguir um homem perigoso pelas ruas de Lisboa, uma coleccionadora de livros a fugir numa carroça para Amesterdão, Camões ao murro por causa duma dama da corte e muitas outras aventuras de que é feita esta história da língua portuguesa, recheada de deliciosas surpresas e um toque de humor.

Sobre o autor:
Marco Neves. Nasceu em Peniche e vive em Lisboa. Tem sete ofícios, todos virados para as línguas: tradutor, revisor, professor, leitor, conversador e autor. Não são sete? Falta este: é também pai, com o ofício de contar histórias. Para lá das profissões, os amigos sempre lhe reconheceram a pancada das línguas.
É professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e director do escritório de Lisboa da Eurologos. Escreve regularmente no blogue Certas Palavras e é autor do livro Doze Segredos da Língua Portuguesa.


«13 Anos para Sempre, Marion» - Nora Fraisse conta como o bullying matou a sua filha

Título: «13 Anos para Sempre, Marion»
Autor: Nora Fraisse
Género: Memórias
Tradução: Patrícia Xavier
N.º de páginas: 168
Data de lançamento: 13 de janeiro
PVP: € 15,50

«Marion, minha filha, a 13 de fevereiro de 2013, suicidaste-te, enforcando-te com um lenço, no teu quarto. Tinhas 13 anos». O livro «13 Anos para Sempre, Marion», que chega às livrarias na próxima sexta-feira, dia 13 de janeiro, não podia começar de forma mais trágica. A autora é Nora Fraisse, mãe de Marion.
Nora Fraisse escreveu este comovente e alarmante livro como um tributo à sua filha mas também para servir de alerta para os perigos do bullying e das pressões das redes sociais sobre os jovens. Causas essas que levaram Marion a cometer suicídio.

«Escrevo este livro para te prestar homenagem, para te falar da nostalgia que sinto perante um futuro que não vais partilhar comigo, connosco. Escrevo este livro para que cada pessoa retire lições da tua morte. Para que os pais evitem que os seus filhos se tornem vítimas, como tu, ou agressores, como aqueles que te levaram ao desespero. Para que as direções das escolas se esforcem por vigiar, por escutar, por estender a mão às crianças em sofrimento. Escrevo este livro para que levem a sério o problema do assédio na escola, o bullying. Escrevo este livro para que nunca mais uma criança tenha vontade de enforcar o seu telemóvel, nem de suspender a sua vida para sempre».
O bullying é, atualmente, um dos maiores perigos da sociedade ocidental, no que diz respeito aos jovens, sendo um tema que gera grande preocupação em Portugal. Um estudo da Organização Mundial de Saúde, atualizado em setembro de 2016, que envolveu 40 países em desenvolvimento, diz que em média, 42% de rapazes e 37% de raparigas foram expostos a bullying.
Este livro foi um bestseller no seu país de origem, França, com 141.000 exemplares vendidos. Os direitos do livro foram também adquiridos para a Rússia, Coreia do Sul e Polónia. Foi feito um telefilme baseado no livro que foi divulgado em França e teve mais de 4 milhões de espectadores.

Veja o trailler aqui.

No dia 23 de fevereiro realizar-se-á uma tertúlia na FNAC do Centro Comercial Colombo, que terá como ponto de partida este livro para abrir o diálogo sobre a deteção e prevenção do bullying e de outros problemas relacionados com a violência escolar. Mais informações serão disponibilizadas brevemente no website e na página de Facebook da Bertrand Editora.

Sinopse:
No dia 13 de fevereiro de 2013, aos 13 anos, Marion suicidou-se. A mãe encontrou-a enforcada no seu quarto.
Simbolicamente, tinha “enforcado” o telemóvel junto de si.
A mãe de Marion escreve este livro, mergulhada em sofrimento e perplexidade, como um tributo à filha, mas também como alerta para os perigos do bullying e das pressões das redes sociais sobre os jovens.
Um livro comovente e alarmante, que nos faz pensar num dos maiores perigos da nossa sociedade relativamente aos mais jovens.

Sobre a autora:
Nora Fraisse é a mãe de Marion. Depois de 13 Anos para Sempre, Marion, escreveu um manual sobre como prevenir, identificar e agir contra o bullying entre os jovens. É fundadora da associação Marion Fraisse – La Main Tendue, que pretende ajudar jovens vítimas de bullying e os seus familiares.



domingo, 8 de janeiro de 2017

Um Desconhecido em mim - Cristina Lourenço [Opinião]

Título: Um Desconhecido em mim
Autor: Cristina Lourenço
Data de publicação: Setembro de 2016
Número de páginas: 290
Colecção: Vénus
Género: Romance
PVP: 15€

Sinopse
Uma mulher em busca de libertação.
Um desconhecido sem nome.
Um filho sem pai.
Um romance quente, emocional. Deixe-se envolver.

A minha opinião: 
Não consegui criar empatia com nenhuma das personagens deste livro que se pretender ser erótico.
Cristina Lourenço cria uma história em volta de uma mulher, que se diz conservadora, (mas que de conservadora não tem nada, a meu ver) e um homem desconhecido, que tem uma vida paralela.
Um desconhecido em mim é feito de pequenos capítulos , com alguma poesia à mistura e fotografias bonitas que, a meu ver, não revelam em nada a história.
Quem me segue sabe que o romance erótico não é do meu género literário preferido, pelo que pode ter tido influência na minha leitura e consequente opinião,
Para os amantes do género, Um Desconhecido em Mim é natural que agrade.
Para saberem mais sobre o livro e sobre a autora podem visitar o site da mesma: http://www.cristinalourenco.com/



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