terça-feira, 16 de agosto de 2016

Porto Editora publica biografia oficial dos GNR

Em 2016, os GNR celebram 35 anos de carreira e assinalam este marco com o lançamento, no dia 20 de setembro, de uma biografia oficial sobre a longa carreira de referência em Portugal.
Da autoria de Hugo Torres (jornalista do Público), o livro mostra tudo sobre a história daquela que é uma das mais originais, relevantes e irreverentes bandas portuguesas das últimas quatro décadas.
Para apresentar a obra, e também no dia 20 de setembro, Tóli César Machado, Rui Reininho e Jorge Romão sobem, pela primeira vez, ao palco da Sala Suggia, na Casa da Música, referência incontornável da cultura da cidade na qual a banda nasceu.
O evento de lançamento da biografia dos GNR, tal como a própria banda, será totalmente inovador e marcante. Nesta apresentação, o livro serve de base a uma entrevista – realizada ao vivo com os três elementos dos GNR e conduzida pelo apresentador Pedro Fernandes – que percorre os momentos mais relevantes no percurso do Grupo Novo Rock.
Uma noite irrepetível, de celebração, confissões, afetos e partilhas deve ser acompanhada de música. Assim, criando o ritmo certo para a conversa, a banda do Porto apresenta, ao vivo, quatro temas – um por cada década de história – e ainda uma surpresa de aniversário.
O evento de lançamento da biografia dos GNR é aberto ao público. Os bilhetes custam 10€ e estão disponíveis a partir de 16 de agosto, na Casa da Música.


Do artesanato para o livro: “As Contadeiras de Histórias” de Sofia Paulino

Título: As Contadeiras de Histórias 
Autor: Sofia Paulino 
Coleção: Contadeiras de Histórias 
N.º de páginas: 32 
PVP: €14.00

São poucas as bibliotecas, livrarias com oferta de artesanato ou feiras dedicadas às artes que não ouviram ainda falar das “Contadeiras de Histórias”, criadas por Sofia Paulino.

Peças únicas que têm como conceito o mundo dos livros e da leitura, e como prioridade a utilização de materiais reutilizáveis, as “Contadeiras” são já conhecidas e aclamadas em todo o país e também no estrangeiro.
Um artesanato de autor conceptual que passa agora (e finalmente) para livro ilustrado e que irá agradar a todas as idades; desde os mais novos, cujo contacto manual com as peças e sua construção através dos ateliers efetuados em várias bibliotecas e escolas do país, até aos adultos, que as vêm colecionando ao longo dos anos.

Sobre a autora:
Sofia Paulino, nascida e criada em pleno Alentejo sentiu-se, desde sempre, desperta para as artes, desde a ilustração ao artesanato, onde foi pontualmente mostrando aquilo que gostava de fazer. Influenciada pela envolvência tradicional explorou sempre este recurso. Trabalhou numa olaria, na parte da pintura das peças, mas acabou por se formar em Estratégia e Gestão Turísticas. Não seguindo este caminho, mudou-se do Alto para o Baixo Alentejo, onde criou o seu próprio negócio com o seu companheiro: uma Livraria. E mais tarde uma Editora. Este contacto com os livros, e com o mundo literário, de escritores e ilustradores, estimulou ainda mais o seu gosto pela ilustração e pelas artes. Sempre na procura de algo concreto, explorou todo o tipo de materiais. Tudo era possível e a livraria fornecia recursos inesgotáveis. Material supostamente inútil mas que veio dar origem ao seu projecto, CONTADEIRAS DE HISTÓRIAS.

Link de entrevista com a autora: http://www.tribunaalentejo.pt/tribuna/artigo/contadeiras-de-hist%C3%B3rias-made-alentejo

Link da página de facebook: https://www.facebook.com/contadeirasdehistorias/


ELSINORE - Bruce Springsteen partilha prefácio de «Born do Run» (Autobiografia)


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Verdade Escondida - Mary Kubica [Opinião]

Título: Verdade Escondida
Autor: Mary Kubica
Editor: TopSeller
Páginas: 336

Sinopse:
NÃO IMPORTA O QUÃO RÁPIDO
CONSEGUIMOS CORRER…
O PASSADO ACABA SEMPRE
POR NOS ALCANÇAR.

Quinn Collins acorda e não encontra a amiga com quem partilha a casa na cidade de Chicago. O quarto dela tem a cama vazia e a janela aberta, e Quinn recorda-se vagamente de ter ouvido um rangido durante a noite. Esther Vaughan desapareceu sem deixar rasto. Entre os pertences da amiga encontra uma carta enigmática, assim como outros objetos que colocam em dúvida se Esther será a pessoa que Quinn julgava ser.
Entretanto, numa pequena cidade perto de Chicago, uma rapariga misteriosa aparece num café onde um jovem chamado Alex Gallo trabalha. Alex sente-se desde logo atraído por ela, mas acaba por descobrir algo obscuro e sinistro que porá em causa os seus sentimentos.
Enquanto Quinn continua em busca de respostas para o desaparecimento de Esther, e Alex tenta saber mais sobre a rapariga desconhecida, forma-se um enredo de ilusões que ameaça esconder uma dura e chocante verdade. Quem será aquela estranha rapariga?

A minha opinião: 
Depois de Vidas Roubadas, lido no final do ano passado, estava com grandes expectativas em relação a um novo livro de Mary Kubica. Vidas Roubadas foi um dos melhores livros lidos em 2015, o que me levou a ficar de olho na escritora norte-americana.
Mas Verdade Escondida revelou-se uma verdadeira desilusão.

Contada a duas vozes: Quinn companheira da desaparecida Esther, e Alex, jovem morador numa localidade pequena, depressa nos questionamos o que estas duas personagens poderão ter em comum para o desenrolar da história.

Quinn é uma rapariga despreocupada com a vida. Tem frequentes affairs, ganha um ordenado miserável, e cozinha muito mal. Vive com uma companheira de casa Esther, que facilmente se torna a sua melhor amiga. Depois de mais uma noite em bares, que resulta numa noite de sexo com uma desconhecido, Quinn vai ao quarto de Esther e percebe que a sua amiga não está em casa. Recorda que na noite anterior Esther estava um pouco em baixo e ao ver a janela do seu quarto aberta teme o pior. Participa o seu desaparecimento, mas ao não obter grandes resultados, decide fazer uma investigação pessoal. E descobre uma carta enigmática que a leva a questionar sobre a sua amiga e os segredos que ela esconde.

Do outro lado da narrativa aparece Alex, um jovem que trabalha num café/restaurante numa pequena cidade perto de Chicago onde não se passa nada. Até que numa manhã, entra no café uma rapariga, que desde logo o atrai.

Com pouco desenvolvimento até praticamente ao final do livro, vamos lendo o desenrolar da história sob o ponto de vista destas duas personagens. Mas nada de relevante advém daí, o que torna a leitura penosa, para quem deseja saber o final.

Para quem já leu os dois livros anteriores da escritora vai decepcionar-se com este, que não traz nada de novo.

Um bom final, mas a história não me agarrou.




Deixei-te Ir - Clare Mackintosh [Opinião]

Título: Deixei-te Ir
Autor: Clare Mackintosh
Páginas: 360

Sinopse:
Numa fração de segundos, um acidente trágico faz desabar o mundo de Jenna Gray, obrigando uma mãe a viver o seu pior pesadelo. Nada poderia ter feito para evitar esse acidente.
Ou poderia? Essa é a pergunta que a inquieta quando tenta deixar para trás tudo o que conhece, procurando um novo recomeço refugiada num chalé isolado na costa de Gales.

Também o detetive Ray Stevens, responsável pela investigação por este caso que procura a verdade, começa a ser consumido pela sua entrega ao mesmo, deixando a vida pessoal e profissional à beira do precipício.
À medida que o detetive e a sua equipa vão juntando as pontas do mistério, Jenny, lentamente, permite-se vislumbrar uma luz de esperança no futuro, o que lhe dá alguma segurança, mas é o passado que está prestes a apanhá-la, e as consequências serão devastadoras

A minha opinião: 
Deixei-te ir é um thriller psicológico daqueles que eu adoro ler. A morte de uma criança por atropelamento e a fuga do lugar do crime, vai levar a uma espiral de perguntas e contradições que vou adivinhando à medida que o livro caminha para o fim.

O detective Ray Stevens é responsável pela investigação, mas poucos meses depois a mesma chega a um impasse e é levado a desistir de procurar um culpado. No entanto, tanto ele como a colega Kate, não se resignam e querem encontrar, a todo o custo, o culpado, mesmo que para isso tenham de fazer horas extras. Isso poderá ter repercussões na vida familiar de Ray, que se recente com as ausências do detective.

Jenna é uma pessoa que facilmente gostamos. Apesar de pouco social, leva uma vida pacata, não se mete com ninguém, e faz da fotografia uma forma de vida. Mas os fantasmas que carrega levam-na a ser desconfiada por natureza e a não se entregar facilmente. Vive com a dor e a culpa o que a tornam numa pessoa bastante infeliz.

Estas três personagens são muito bem exploradas na primeira parte do livro, e de tal forma, que o mesmo se torna numa leitura chata e com pouca acção. Mas o fim da primeira parte revela que tudo pode mudar e que há que dar uma segunda oportunidade à leitura. E que segunda parte.

Aqui tudo se começa a desenrolar de uma forma vertiginosa, que nos faz voltar de novo ao início dos acontecimentos. Só aí percebemos porque é que Clare Mackintosh nos dá uma primeira parte tão descritiva, e aborrecida.
Com uma reviravolta impressionante, Deixei-te ir tornou-se um dos melhores livros que li este ano, dentro do género.  


Confissões - Kanae Minato [Opinião]

Título: Confissões
Autor:
Kanae Minato
N.º de Páginas: 214
PVP: 16,90€

Melhor thriller do ano para a Booklist e para o Wall Street Journal

Sinopse:
Os seus alunos assassinaram a sua filha.
Esta é a sua vingança.

Depois de um noivado que acaba em tragédia, tudo o que resta a Yuko Moriguchi é a sua filha, de quatro anos, Manami. Quando esta é encontrada afogada nas piscina da escola, Yuko decide aposentar-se. Mas, antes, deve dar uma última lição.

Um mês depois do sucedido, a professora Moriguchi, no seu discurso de despedida, acusa dois estudantes de matar a sua filha e anuncia a sua vingança pessoal, atroz e imediata, mas concebida de modo a que as devastadoras consequências ocorram lentamente, para que os jovens tenham tempo de se arrepender e passar o resto dos seus dias suportando o peso da culpa.

Confissões é um romance narrado a várias vozes, magistralmente construído, onde o suspense é mantido até ao fim, quando as diferentes peças se encaixam. Mas é também uma reflexão sobre o sistema educativo, os laços familiares, o comportamento humano, o amor e a vingança.

A minha opinião:
Livro de estreia de Kanae Minato, Confissões lê-se num ápice. Apesar da história estar praticamente esparramada na sinopse, a escritora japonesa consegue prender o leitor pela forma como escreve.

Yuko Moriguchi é mãe solteira de uma menina de quatro anos. A sua vida muda radicalmente quando Marami é encontrada, afogada, na piscina da escola. Aparentemente trata-se de um acidente, mas Yuko, professora naquela escola, descobre que a sua filha foi assassinada e acusa dois dos seus alunos do crime, começando aí uma vingança pessoal que terá consequências devastadoras para muitos dos seus alunos.

Narrado por diferentes vozes, quer do ponto de vista de Yuko, como de vários alunos, assim como da mãe de um deles, é um livro fundamentalmente sobre o crime, vingança e sobre o sistema educativo no Japão, assim como a lei da criminalidade juvenil que é muito permissivo no que toca aos crimes perpetrados por jovens.

É através das vozes de alguns dos intervenientes da história, que vamos tendo percepção do que realmente se passou no dia da morte da pequenita Marami. A identidade dos dois estudantes é revelada logo no início, mas apesar de ter pensado que a história ia perder o interesse, ganhou ainda mais.

A maldade de dois alunos de 13 anos é de tal forma descrita que causa arrepios ao leitor mais sensível. Se o início do livro revela, sob o olhar da mãe, uma crueldade atroz por parte de dois indivíduos que ainda agora acabaram de ser crianças, ao longo do livro e das diversas confissões, vamo-nos apercebendo que a crueldade inicial era ainda muito leve.

Confissões é um livro inquietante e com uma história magistral. As poucas páginas e a forma como está escrito fazem com que o leitor não queira deixar a leitura.
Excelente. Recomendo sem reservas.




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