O professor do King’s College e da Universidade de Stanford recorre a mais de 40 fontes históricas inéditas, incluindo os diários privados do rei Jorge VI, nunca antes usados em biografias de Churchill, para o retratar de forma íntima e completa.
O livro não esconde as falhas de Churchill (era machista e não queria que as mulheres votassem), mas permite que o leitor aprecie as virtudes do homem e do seu carácter: a capacidade titânica para trabalhar (e para beber), o talento para compreender as grandes questões do momento, a disponibilidade para correr riscos e a insistência em estar no centro da acção, o bom humor que não o abandonava mesmo em circunstâncias desesperadas, a vitalidade e a força das suas amizades, e a sua extraordinária propensão para chorar em momentos inesperados. Quando via uma peça de Shakespeare, por exemplo.
Esta biografia revela as suas motivações profundas – o desejo de agradar ao pai (mesmo depois da morte dele), o desdém aristocrático para com as opiniões dos outros, o amor pelo Império Britânico, o sentido de História e a ligação ao presente. Roberts não tem dúvidas que se Churchill fosse vivo seria, agora, um defensor do Brexit, ele que foi um dos primeiros a usar a expressão “Estados Unidos da Europa”, tal como o projecto europeu. E admite que, sem ele, o alemão seria a língua oficial do continente.
Durante a II Guerra Mundial, Churchill encontrou-se por diversas vezes com um cientista para lhe pedir conselho técnico. «Foi sempre assim de cada vez que nos encontrávamos», escreveu o jovem, «sentia-me recarregado por uma fonte de energia viva.» Harry Hopkins, emissário de Roosevelt, escreveu: «Onde quer que ele estivesse, ali estava uma frente de batalha.» O marechal de campo Sir Alan Brooke, conselheiro de Churchill em assuntos estratégicos e em privado um seu crítico feroz, escreveu no seu diário: «Agradeço a Deus ter-me sido concedida a oportunidade de trabalhar ao lado de um tal homem, e de me terem sido abertos os olhos para o facto de por vezes existirem super-homens à face da Terra.
Andrew Roberts é um historiador e biógrafo de renome internacional. É autor de A Tempestade da Guerra (vencedor do British Army Book Prize e publicado em Portugal pela Texto Editores).
«Num único volume, Roberts captou a essência de um dos mais memoráveis estadistas de sempre e que maior impacto causou no mundo. É o trabalho mais importante da carreira de Roberts — e vai-se tornar na biografia definitiva sobre o assunto.»
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