Autor: Manuela Sousa Rama
N.º de Páginas: 224
PVP:15,00€
Jornalista Manuela Sousa Rama regressa aos anos da censura
A CULPA FOI DA REVOLUÇÃO
Inspirado no tempo em que tudo o que se escrevia era vigiado pela polícia do regime, chega esta semana às livrarias o novo romance da jornalista Manuela Sousa Rama. Baseado em acontecimentos históricos documentados, o livro centra-se na história de uma mulher, de uma família e de um país que vive uma conturbada época revolucionária.
Passaram-se já mais de 40 anos desde o fim da ditadura, mas é impossível esquecer, garante Manuela Sousa Rama. Jornalista à época, a autora relembra que a censura à imprensa e aos jornalistas era diária, exigindo-lhes constantemente criatividade e subtileza para evitar os riscos do famoso lápis azul.
É sobre esta ausência de liberdade, não apenas nas redações como noutras esferas culturais, mas sobretudo nos vivências e expectativas de um país, que se centra o romance A Culpa Foi da Revolução. Manuela Sousa Rama parte da história de uma mulher e da sua família para recuar aos meses anteriores à Revolução de Abril e ao conturbado período político e social sentido de norte a sul do país, aqui retratado a partir do mundo dos jornais.
Pegando na sua experiência enquanto jornalista, a autora desenrola nestas páginas o processo revolucionário em curso e acompanha-o até ao fim técnico da Revolução, em 1982, com a extinção do Conselho de Revolução.
Paralelamente, Manuela Sousa Rama debruça-se também sobre o reflexo daquele na imprensa portuguesa, com especial incidência numa das maiores empresas jornalísticas do país (a Sociedade Nacional de Tipografia) para retratar, com rigor e sensibilidade, um dos períodos mais castradores do século XX português.
«Já caía a noite e cantava-se a plenos pulmões o Hino nacional quando rebentam granadas de gaz lacrimogénio e se ouvem rajadas de metralhadora. Alexandra nunca mais poderá esquecer: quase no meio da Praça, onde não havia espaço para um alfinete cair no chão, abre-se, em segundos, uma enorme clareira onde se vêm sapatos, carteiras, peças de vestuário perdidas pela multidão que, aos gritos, em pânico, foge para onde pode… É então que Pinheiro de Azevedo faz apelo à calma, ao mesmo tempo que pronuncia a frase que fará História: “O povo é sereno, isto é só fumaça!...»
Jornalista Manuela Sousa Rama regressa aos anos da censura
A CULPA FOI DA REVOLUÇÃO
Inspirado no tempo em que tudo o que se escrevia era vigiado pela polícia do regime, chega esta semana às livrarias o novo romance da jornalista Manuela Sousa Rama. Baseado em acontecimentos históricos documentados, o livro centra-se na história de uma mulher, de uma família e de um país que vive uma conturbada época revolucionária.
Passaram-se já mais de 40 anos desde o fim da ditadura, mas é impossível esquecer, garante Manuela Sousa Rama. Jornalista à época, a autora relembra que a censura à imprensa e aos jornalistas era diária, exigindo-lhes constantemente criatividade e subtileza para evitar os riscos do famoso lápis azul.
É sobre esta ausência de liberdade, não apenas nas redações como noutras esferas culturais, mas sobretudo nos vivências e expectativas de um país, que se centra o romance A Culpa Foi da Revolução. Manuela Sousa Rama parte da história de uma mulher e da sua família para recuar aos meses anteriores à Revolução de Abril e ao conturbado período político e social sentido de norte a sul do país, aqui retratado a partir do mundo dos jornais.
Pegando na sua experiência enquanto jornalista, a autora desenrola nestas páginas o processo revolucionário em curso e acompanha-o até ao fim técnico da Revolução, em 1982, com a extinção do Conselho de Revolução.
Paralelamente, Manuela Sousa Rama debruça-se também sobre o reflexo daquele na imprensa portuguesa, com especial incidência numa das maiores empresas jornalísticas do país (a Sociedade Nacional de Tipografia) para retratar, com rigor e sensibilidade, um dos períodos mais castradores do século XX português.
«Já caía a noite e cantava-se a plenos pulmões o Hino nacional quando rebentam granadas de gaz lacrimogénio e se ouvem rajadas de metralhadora. Alexandra nunca mais poderá esquecer: quase no meio da Praça, onde não havia espaço para um alfinete cair no chão, abre-se, em segundos, uma enorme clareira onde se vêm sapatos, carteiras, peças de vestuário perdidas pela multidão que, aos gritos, em pânico, foge para onde pode… É então que Pinheiro de Azevedo faz apelo à calma, ao mesmo tempo que pronuncia a frase que fará História: “O povo é sereno, isto é só fumaça!...»
De formação jurídica, Manuela de Sousa Rama cedo enveredou pelo mundo da escrita. Começou na imprensa, mas depressa descobriu o jornalismo televisivo. Na RTP, fez e apresentou vários programas. Atualmente é atriz na Companhia Maior, em residência no Centro Cultural de Belém.
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