sexta-feira, 7 de setembro de 2018

O Desaparecimento de Stephanie Mailer - Joël Dicker [Opinião]

Título: O Desaparecimento de Stephanie Mailer
Autor: Joël Dicker
Editor: Alfaguara Portugal

Sinopse:
Na noite de 30 de Julho de 1994, a pacata vila de Orphea, na costa leste dos Estados Unidos, assiste ao grande espectáculo de abertura do festival de teatro. Mas o presidente da Câmara está atrasado para a cerimónia… Ao mesmo tempo, Samuel Paladin percorre as ruas desertas da vila à procura da mulher, que saiu para correr e não voltou. Só para quando encontra o seu corpo em frente à casa do presidente da Câmara. Dentro da casa, toda a família do presidente está morta.

A investigação é entregue a Jesse Rosenberg e Derek Scott, dois jovens polícias do estado de Nova Iorque. Ambiciosos e tenazes, conseguem cercar o assassino e são condecorados por isso. Vinte anos mais tarde, na cerimónia de despedida de Rosenberg da Polícia, a jornalista Stephanie Mailer confronta-o com uma revelação inesperada: o assassino não é quem eles pensavam, e a jornalista reclama ter informações-chave para encontrar o verdadeiro culpado.

Dias depois, Stephanie desaparece.

Assim começa este thriller colossal, de ritmo vertiginoso, entrelaçando tramas, personagens, surpresas e volte-faces, sacudindo o leitor e impelindo-o, sem possibilidade de parar, até ao inesperado e inesquecível desenlace.

O que aconteceu a Stephanie Mailer?

E o que aconteceu realmente no Verão de 1994?

A minha opinião: 
Depois do sucesso com A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert e O Livro dos Baltimore era expectável que o novo livro de Joel Dicker criasse burburinho. A pergunta que todos fazem é se este novo livro acompanha o sucesso dos anteriores ou se é um flop.

Para mim foi mais uma excelente leitura. Adoro a forma com Dicker escreve, sempre entre saltos temporais, que nos cativa com personagens fortes e interessantes. E a dose de mistério continua lá, sempre a espicaçar o leitor e a colocar questões sobre os acontecimentos.

O primeiro festival de teatro numa pequena localidade é o mote para um acontecimento trágico. Numa noite quente de julho de 1994, no dia de espectáculo de abertura para o festival de teatro, o único evento relevante daquela pacata vila, o presidente da câmara e a sua família são assassinados em casa sem que ninguém dê por ela.
De facto, toda a população se encontra no local onde o espectáculo se vai realizar e não há testemunhas de tão macabro incidente. Mas as coisas acabam por ficar mais misteriosas porque, além do edil ter morrido e restante família, há uma vítima morta no passeio ao lado da casa que poderá ter sido um dano colateral. É precisamente essa primeira vítima que dá o alerta. Samuel Paladim, procura a sua mulher que todos os dias tem o mesmo ritual: dar a sua corrida diária. Como não regressa a casa no tempo esperado, Samuel dá o alerta. É assim que se descobre o crime atroz.

Encarregues da investigação estão dois jovens policias: Jesse Rosenberg e Derek Scott. Facilmente chegam ao assassino e acabam por ser condecorados pelo acto. Mas, 20 anos mais tarde, surge a jornalista Stephanie Mailer que deita toda esta investigação por terra. Stephanie vai ter com Rosenberg e diz-lhe que o assassino que ele capturou não é o verdadeiro culpado.

Mas Stephanie desaparece. E é aqui que tudo começa. Personagens atrás de personagens, desde os polícias protagonista do primeiro caso, até um crítico de arte completamente desacreditado, um director de um jornal que vive com um segredo que o está a arruinar, passando por um ex-polícia cujo sonho é ser um realizador famoso e consagrado.

São estes ingredientes o suficientes para prender o leitor? Para mim foram e, mais uma vez, Joël Dicker escreveu um livro que se tornou nos meus preferidos do ano.



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