sábado, 18 de fevereiro de 2017

«Coração Mais Que Perfeito»: o primeiro romance de Sérgio Godinho

Título: Coração mais que Perfeito
Autor: Sérgio Godinho
Género: Literatura / Romance
N.º de páginas: 248
Data de lançamento: 24 de fevereiro
PVP: € 16,60

Coração Mais Que Perfeito, o primeiro romance de Sérgio Godinho, chega às livrarias na sexta-feira, dia 24 de fevereiro, publicado pela Quetzal. A primeira apresentação do livro terá lugar no festival literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, no dia 25 de fevereiro, às 17h30.
Depois de Vidadupla, que reúne um conjunto de contos, o popular cantor e compositor, agudo cronista e bardo dos últimos quarenta anos portugueses traz-nos o seu primeiro romance, Coração Mais Que Perfeito.
O livro fala-nos de ilusões e de vidas perdidas, de amor, teatro, família, literatura, sexo, sobrevivência – e de uma paixão tão forte que atravessa a própria morte como um coração em chamas.
«Uma caixinha torneada, daquelas com que os humanos tentam fazer compreender a sua espécie às constelações mais longínquas. Trívia, artes musicais e pictóricas, ruídos tirados da natureza, de riachos, uma obra-prima da literatura em várias línguas, objectos do dia-a-dia, um bilhete para uma viagem romântica a dois, telemóveis com carregador, um saca-rolhas e uma garrafa de vinho jovem, e um preservativo, talvez o artefacto mais intrigante para qualquer extraterrestre.»
Sérgio Godinho é um dos músicos portugueses mais influentes dos últimos quarenta anos. Sobre si próprio disse: «Não vivo se não criar, não crio se não viver. Essa balança incerta sempre foi a pedra de toque da minha vida.»

Sinopse:
Esta é a história de Eugénia, de quem se recorda o destino inverosímil, os desaires e os momentos de felicidade, a infinita capacidade de ser reerguer e de continuar a viver – em Portugal e em França, na adolescência e na idade adulta, na desilusão e na alegria (e na sua relação com os livros e com o sexo). É também a história de Artur, uma espécie de funâmbulo que atravessa (quase) todos os abismos. E a de todas as personagens que vivem em trânsito do passado para o presente, ao longo de uma história de amor invulgar e de desenlace inesperado.
«Um diamante natural é concebido no magma do centro da terra, e depois expelido para a superfície, por vezes abrindo à força um enorme buraco, outras vezes encontrado na cratera de um vulcão extinto. Aqui é diferente. O corpo humano tem dezoito por cento de carbono e dois desse carbono resta nas cinzas, depois da cremação. Permita-me dizer que fez bem em cremar o corpo do seu marido. É uma solução mais limpa.»

Sobre o autor:
Sérgio Godinho nasceu no Porto e aí viveu até aos vinte anos, altura em que saiu de Portugal. Estudou Psicologia em Genève durante dois anos, antes de tomar a decisão «para a vida» de se dedicar às artes. Foi ator de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 60. É de 1971 o seu primeiro álbum, Os Sobreviventes, seguido de mais vinte e sete até aos dias de hoje. Sérgio Godinho é um dos músicos portugueses mais influentes dos últimos quarenta anos.
O seu percurso espelha, precisamente, essa poderosa interação entre a vida e a arte. Voz polifónica, Sérgio Godinho levou frequentemente a sua escrita a outras paragens. Guiões de cinema (Kilas, o Mau da Fita), peças de teatro (Eu Tu Ele Nós Vós Eles), séries de televisão, histórias infanto-juvenis (O Pequeno Livro dos Medos), poesia (O Sangue por um Fio), crónicas (Caríssimas Quarenta Canções), entre outros exemplos. Vidadupla, o seu primeiro livro de contos, é o capítulo anterior desse estimulante itinerário pessoal.



Novidades Marcador para fevereiro

Título: Em Fuga 
Autor: Peter May
Género: Mistério - Policial
N.º de Páginas: 392

«Peter May é um escritor que seguiríamos até ao fim do mundo. fim do mundo. fim do mundo. » The New York Times

Em 1965, cinco amigos, todos adolescentes, cansados da rotina e temerosos de uma vida previsível, fogem de Glasgow com destino a Londres e o sonho de serem estrelas e de transformar a sua banda de música num sucesso. No entanto, antes do final do primeiro ano, três deles regressam à sua cidade natal na Escócia — e voltam diferentes, danificados, sem que ninguém perceba a razão para tal. Cinquenta anos mais tarde, em 2015, um brutal homicídio na capital inglesa obriga esses três homens, agora com quase 70 anos, a regressar Londres e confrontar, por fim, a mancha escura do seu passado da qual tentaram fugir durante toda a vida.

Sobre o autor: 
Depois de uma longa carreira como guionista e produtor de alguns dos maiores sucessos da televisão o escocês Peter May destacou-se como bestseller com a Lewis Trilogy, pela qual recebeu, em França, o prestigiado prémio Prix Cezam, atribuído pelos leitores.
É hoje um dos autores britânicos mais produtivos e os seus livros estão no top de vendas em vários países.

Título: Voo Fantasma 
Autor: Bear Grylls
Género: Mistério -Policial
N.º de Páginas: 408

Voo fantasma, a estreia explosiva, na ficção, do apresentador de TV e perito em sobrevivência, Bear Grylls.

Uma mãe e um filho raptados de forma selvagem numa montanha cercada pela neve.
Um soldado leal, torturado e executado num lugar remoto da Escócia.
Um avião perdido, finalmente descoberto no coração da selva amazónica, que esconde um segredo perigoso poderá libertar o mal na Terra.
Uma corrida desesperada para vencer uma conspiração assustadora nascida nos dias mais negros da Alemanha nazi.
E há algo que une tudo isto.
Só um homem pode desvendar o segredo.
Will Jaeger. O Caçador.

Um pouco de Jason Bourne com um Indiana Jones - um thriller de estreia para nos tirar o fôlego

Sobre o autor:
Bear Grylls é autor de 22 livros, incluindo a sua autobiografia: Lama, Suor & Lágrimas um incrível bestseller internacional.
Coronel honorário dos Royal Marine Commandos, foi, durante três anos, soldado das forças especiais britânicas SAS, o que lhe permitiu aperfeiçoar muitas das habilidades que os seus fãs  adoram ver nos programas de televisão que protagoniza e que se tornaram nos mais vistos do Planeta, com uma audiência estimada de 1,2 mil milhões espectadores e que lhe valeram uma nomeação para os Emmys.


Lançamento do livro A Hora de Maria



Sextante Editora - "Ei-los que partem" - O romance da nova emigração portuguesa


Título: Ei-los que partem
Autor: Júlia Nery
Págs.: 256
PVP: € 16,60

Ei-los que partem, o novo romance de Júlia Nery
Um desafio literário sobre a contemporaneidade: a nova emigração portuguesa.
A 23 de fevereiro a Sextante Editora publica o novo livro de Júlia Nery, Ei-los que partem. Ao contrário dos seus livros anteriores, este romance descreve uma problemática atual, a nova emigração, e é protagonizado por um grupo de jovens amigos que se vê obrigado a sair de Portugal em busca de realização profissional. Num mundo globalizado, o isolamento e as diferenças culturais que irão sentir vão dificultar o acesso à tranquilidade desejada para o dia-a-dia, fazendo da busca pela felicidade uma tarefa incomensurável (“O passado já não existe, o futuro ainda não é”, Santo Agostinho).
Júlia Nery apresentará o seu novo livro – o quarto da autora na Sextante Editora – no dia 23 de fevereiro, no encontro Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, e a 2 de março, em Lisboa, no El Corte Inglés.

Sobre o livro:
A história de um grupo de amigos que, após o culminar de uma juventude de estudo e formação superior, saem de Portugal forçados pela necessidade de encontrar trabalho e realização profissional e se espalham pelo mundo para construir uma vida, sozinhos ou a dois.
Os desafios são enormes, os países que os acolhem podem ser hostis, falta a família portuguesa, a cultura portuguesa, mas há também extraordinárias oportunidades, e uma amizade persiste, à distância, como suporte indispensável. Amadurecerão ou morrerão os amores, e o regresso e a felicidade serão sonhos durante muitos anos acalentados. Amanhã, talvez… Uns voltarão, outros não. Mas o mundo mudará e cada um desempenhará o seu papel.

Sobre a autora:
Júlia Nery, de raízes beirãs, nasceu em Lisboa em 1939 e vive numa aldeia perto de Cascais, onde foi professora do ensino secundário e deputada à Assembleia Municipal. Publicou a sua primeira obra de ficção em 1984: Pouca terra… poucá terra... Conciliando o seu trabalho de professora, de formadora na área específica da Didática da Língua e de dinamizadora de oficinas de escrita, continuou a publicar obras de ficção e de teatro: O cônsul, O plantador de naus a haver (Prémio Eça de Queirós, 1994), Na casa da língua moram as palavras, Infantas de Portugal, Valéria,Valéria, www.morte.com, O segredo perdido, Crónica de Brites, Aquário na gaiola, Da Índia com amor, os três últimos editados pela Sextante.
Tem obra traduzida em francês e alemão.

Lançamento de Eric Frattini, em Lisboa, com a presença do autor



«O que faria eu se estivesse no meu lugar? 10 conversas de vida com António Lobo Antunes», de Celso Filipe



O fim da Primeira Dinastia e a ascensão do Mestre de Avis no novo romance histórico de Jorge Sousa Correia

Título: A Tentação de D. Fernando
Autor: Jorge Sousa Correia
N.º de Páginas: 432
PVP: 17,00€

O fim da Primeira Dinastia e a ascensão do Mestre de Avis no novo romance histórico de Jorge Sousa Correia. Nas livrarias a 15 de fevereiro.
Estamos em pleno século XIV, um século marcado por várias crises decorrentes de sucessivos maus anos agrícolas, pestes endémicas e guerras contra Castela. No trono está D. Fernando, um rei inconstante e fraco. Eis o pano de fundo do romance histórico A Tentação de D. Fernando.
D. Fernando I nasceu a 31 de outubro de 1345 e morreu a 22 de outubro de 1383. Entre uma e outra data, Portugal viveu momentos conturbados, de grande tensão política, económica e social, que deram origem a guerras e alianças perigosas.
Mas foram sobretudo as intrigas políticas e os escândalos da Corte que inspiraram Jorge Sousa Correia a escrever este novo romance. A juntar ao talento narrativo que já conhecemos de livros anteriores – O Mistério do Infante Santo, As Sombras de D. João II e A Traição de D. Manuel I -, encontramos neste romance rigor documental, ficção e realidade em doses generosas.
O resultado é uma reconstrução feita com saber e mestria de um período histórico em permanente sobressalto, com guerras, tratados de paz, promessas de casamentos para ajudar a confirmar a paz, desrespeito pelos tratados assinados e… volta tudo ao início.
Sem grandeza e fulminado pela paixão, D. Fernando é um cavaleiro sem sorte que deixa o reino à beira do precipício. Porém, na iminência do domínio castelhano, o nobre povo português revolta-se e procura na figura do Mestre de Avis um “regedor e defensor do reino”.



domingo, 12 de fevereiro de 2017

As Pupilas do Senhor Reitor - Júlio Dinis [Opinião]

Título: As Pupilas do Senhor Reitor
Autor:
Júlio Dinis
N.º de Páginas: 368
PVP: 13,50 €
Ficção/Literatura Portuguesa
Nas livrarias a 4 de Janeiro
Guerra e Paz Editores

Sinopse
Um dos romances mais conhecidos da literatura portuguesa. Daniel, um jovem médico petulante, regressa à aldeia onde nasceu, depois de se ter formado. Margarida, amiga de infância, ali se manteve, ansiando pelo seu regresso. Mas Daniel já não é o mesmo. Esqueceu-se da vida passada. Urbanizou-se. Haverá um reencontro?
Este é um romance de um certo Portugal, um Portugal talvez mítico, mas sem dúvida eterno. Todos sonhamos com este país: está em nós. Cantam-se cantigas à desgarrada, fazem-se desfolhadas e encontra-se o milho-rei. Vive-se numa aldeia onde todos se conhecem e todos conhecem a vida de todos. Temos padres bondosos, médicos diligentes e vizinhas de língua viperina. Há uma história de amor, aliás duas, há gente (ligeiramente) matreira, há conflito e espingardas. Mas no fim tudo se resolve com um brinde e um sorriso.
É bucólico, é inocente, é admirável. Leia-o!

INCLUI AS MAIS DE 70 AGUARELAS DO PINTOR ROQUE GAMEIRO

A minha opinião: 
Depois de ter lido este livro na minha adolescência e ter ficado apaixonada pela escrita de Júlio Dinis ao ponto de ter lido tudo o que escreveu, não resisti à edição da Guerra e Paz e caminhei para a releitura de As Pupilas do Senhor Reitor. 
As palavras e forma como escreve Júlio Dinis fez-me aumentar a vontade de ler novamente a sua obra, que nos leva ao bucolismo, ao dia a dia das gentes do campo, em contraste com os mais abastados, dia a dia de um Portugal do século XIX, rural, cheio de línguas de mal dizer, de alcoviteiras, de beatas e de gente boa que só quer levar a sua vida por diante. 
Daniel, o protagonista desta história é um jovem com vontade de aprender. Sem ter a constituição física do irmão, Pedro, o pai decide pô-lo a estudar, por achar que não terá condições de levar o trabalho da quinta a bom porto. 
"Não podes fazer dele um lavrador? Fá-lo padre, letrado ou médico, que não ficarás pobre com a despesa" diz o padre ao lavrador.

Daniel começa por aprender com o reitor da aldeia, mas o seu interesse, próprio de uma criança, cai para as conversas ao fim de tarde com Margarida, que fica deliciada ao ouvi-lo. 
No entanto, depois do Reitor ter descoberto que Daniel faltava às suas aulas para estar com Margarida, propõe ao pai do gaiato que este vai estudar para a cidade. 

Durante a sua estada na cidade, Daniel muda completamente. Visita a aldeia esporadicamente, mas já não se lembra da sua amiga de infância. Margarida está esquecida. 
Até que, findo o curso, Daniel é obrigado a voltar à terra a fim de exercer a profissão que escolheu. 

É depois do seu regresso que a intriga assola a aldeia. Daniel é um bon-vivant, adora cortejar. Mas as raparigas da aldeia não estão habituadas ao costume da cidade e o seu nome começa a ser falado pelos caminhos. 

Contrário a si, já sabemos que existe Pedro, o seu irmão, que se enamora de Margarida, irmã de Clara por parte de pai o que aumenta a trama, enriquecendo a história entre os dois irmãos e as duas irmãs. 

"A moralidade é a primeira condição para a felicidade do homem. Como pode querer que o respeitem, o que não sabe respeitar os outros, nem respeitar-se a si próprio?






Vaticanum - José Rodrigues dos Santos [Opinião]

Título: Vaticanum
Autor:  José Rodrigues dos Santos
Editor: Gradiva
N.º de Páginas: 608

Sinopse:
Um comando do estado islâmico entra clandestinamente no Vaticano e o Papa desaparece. Horas depois surge na internet um vídeo em que os terroristas mostram o Sumo Pontífice em cativeiro e fazem um anúncio chocante: O PAPA SERÁ DECAPITADO EM DIRECTO À MEIA-NOITE. O relógio começa a contar. O rapto do Papa desencadeia o caos. Milhões de pessoas saem à ruas, os atentados sucedem-se, mutiplicam-se os confrontos entre cristãos e muçulmanos, vários países preparam-se para a guerra.

Apanhado no epicentro da crise quando trabalha nas catacumbas da Basílica de São Pedro, Tomás Noronha vê-se envolvido na investigação para descobrir o paradeiro do Papa e cruza-se com um nome enigmático: OMISSIS. A pista irá conduzi-lo ao segredo mais sombrio da Santa Fé.

Usando informação genuína para nos revelar o que se esconde nos bastidores do Vaticano, o escritor preferido dos portugueses está de regresso com o thriller do ano. Com Vaticanum José Rodrigues dos Santos mostra mais uma vez por que razão é considerado mestre do mistério real.

A minha opinião: 
Com Vaticanum, José Rodrigues dos Santos traz de volta Tomás Noronha, desaparecido desde A Chave de Salomão. 
Se inicialmente gostava bastante do criptoanalista português, agora já me começa a enfastiar. Para um homem tão inteligente, Tomás mostra ser um pouco básico, sobretudo no que toca às suas relações amorosas. As cenas, ainda que poucas, entre a sua namorada Maria Flor, são de bradar aos céus. Tão elementares e com um erotismo barato que me desagradou deveras. Felizmente foram poucas, senão saltaria páginas para poder entrar na intriga verdadeiramente dita. 

Neste livro Tomás encontra-se no Vaticano para trabalhar no sector arqueológico da Basílica de São Pedro. O seu trabalho está previsto durar uma semana e resume-se a catalogar todas as câmaras mortuárias atrás do troféu de Pedro. Mas é surpreendido com um pedido de ajuda do Papa. 
Sem conseguir recusar, Tomás vê-se enredado numa teia difícil de desligar. 

É a partir desta altura que o livro começa a ter interesse. Não pelo descobrir o que se passará com o Papa, mas o que está por detrás da investigação que nos leva a saber o que se passa no Vaticano e no Banco do Vaticano. 
Tomás vai descobrindo os "podres" do Vaticano, a maior parte já conhecidos do público em geral. Mesmo assim fiquei surpreendida pelo facto de José Rodrigues dos Santos colocar os nomes reais, na gíria "chamar os bois pelos nomes", o que torna mesmo a investigação mais genuína. 

No entanto, apesar de tudo isto, Vaticanum deixou-me desiludida. Gosto muito de Tomás Noronha, mas confesso que o criptoanalista me começa a aborrecer um pouco. Talvez por já estar a ficar um pouco enjoada das investigações dele, talvez pela temática não me ter apaixonado tanto por já ter lido tantos livros em relação ao Vaticano, ou então por estar menos bem escrito do que os anteriores. Então se comparado ao livro As Flores de Lótus ou em relação à série de Calouste Gulbenkien, este é bastante inferior. 

No entanto, não deixei de dar 4 estrelas no goodreads porque, em certas partes, o livro me deu algum prazer. 
No entanto, acho que José Rodrigues dos Santos devia dar um ar mais "adulto" a Tomás e deixar de parte a sua vida amorosa, porque definitivamente, começa a enjoar. 



 
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