Autor: Júlio Dinis
N.º de Páginas: 368
PVP: 13,50 €
Ficção/Literatura Portuguesa
Nas livrarias a 4 de Janeiro
Guerra e Paz Editores
Sinopse
Um dos romances mais conhecidos da literatura portuguesa. Daniel, um jovem médico petulante, regressa à aldeia onde nasceu, depois de se ter formado. Margarida, amiga de infância, ali se manteve, ansiando pelo seu regresso. Mas Daniel já não é o mesmo. Esqueceu-se da vida passada. Urbanizou-se. Haverá um reencontro?
Este é um romance de um certo Portugal, um Portugal talvez mítico, mas sem dúvida eterno. Todos sonhamos com este país: está em nós. Cantam-se cantigas à desgarrada, fazem-se desfolhadas e encontra-se o milho-rei. Vive-se numa aldeia onde todos se conhecem e todos conhecem a vida de todos. Temos padres bondosos, médicos diligentes e vizinhas de língua viperina. Há uma história de amor, aliás duas, há gente (ligeiramente) matreira, há conflito e espingardas. Mas no fim tudo se resolve com um brinde e um sorriso.
É bucólico, é inocente, é admirável. Leia-o!
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A minha opinião:
Depois de ter lido este livro na minha adolescência e ter ficado apaixonada pela escrita de Júlio Dinis ao ponto de ter lido tudo o que escreveu, não resisti à edição da Guerra e Paz e caminhei para a releitura de As Pupilas do Senhor Reitor.
As palavras e forma como escreve Júlio Dinis fez-me aumentar a vontade de ler novamente a sua obra, que nos leva ao bucolismo, ao dia a dia das gentes do campo, em contraste com os mais abastados, dia a dia de um Portugal do século XIX, rural, cheio de línguas de mal dizer, de alcoviteiras, de beatas e de gente boa que só quer levar a sua vida por diante.
Daniel, o protagonista desta história é um jovem com vontade de aprender. Sem ter a constituição física do irmão, Pedro, o pai decide pô-lo a estudar, por achar que não terá condições de levar o trabalho da quinta a bom porto.
"Não podes fazer dele um lavrador? Fá-lo padre, letrado ou médico, que não ficarás pobre com a despesa" diz o padre ao lavrador.
Daniel começa por aprender com o reitor da aldeia, mas o seu interesse, próprio de uma criança, cai para as conversas ao fim de tarde com Margarida, que fica deliciada ao ouvi-lo.
No entanto, depois do Reitor ter descoberto que Daniel faltava às suas aulas para estar com Margarida, propõe ao pai do gaiato que este vai estudar para a cidade.
Durante a sua estada na cidade, Daniel muda completamente. Visita a aldeia esporadicamente, mas já não se lembra da sua amiga de infância. Margarida está esquecida.
Até que, findo o curso, Daniel é obrigado a voltar à terra a fim de exercer a profissão que escolheu.
É depois do seu regresso que a intriga assola a aldeia. Daniel é um bon-vivant, adora cortejar. Mas as raparigas da aldeia não estão habituadas ao costume da cidade e o seu nome começa a ser falado pelos caminhos.
Contrário a si, já sabemos que existe Pedro, o seu irmão, que se enamora de Margarida, irmã de Clara por parte de pai o que aumenta a trama, enriquecendo a história entre os dois irmãos e as duas irmãs.
"A moralidade é a primeira condição para a felicidade do homem. Como pode querer que o respeitem, o que não sabe respeitar os outros, nem respeitar-se a si próprio?
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