segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bertrand publica... Nova edição de Arcas Encoiradas, de Aquilino Ribeiro

Título: Arcas Encoiradas
Autor: Aquilino Ribeiro
Género: Romance
Formato: 15 x 23,5 cm
N.º de páginas: 256
Data de lançamento: 25 de maio
PVP: 14,40 €

A Bertrand continua a (re)publicar as grandes obras de um dos nomes de referência nas letras portuguesas: Aquilino Ribeiro.
Os estudos etnográficos de Aquilino Ribeiro sobre o Interior português deram origem a Arcas Encoiradas.
«Ainda no quintalejo da planície, mormente na casa há mocinha louçã, ver-se-á luzir a de Alexandria, a dália, o crisântemo bastardo, o nome de despedidas do verão; na horta ser além da couve galega, do cebolinho, dos colondros quando muito medram a alosna, o aipo, a arruda, o alecrim, a alfazema, que entram no condimento das mezinhas com que é vezo seu ou era da sua medicar-se. Mas se a árvore de fruto está na do meio da leira porque a sombra prejudica ao cultivo, com razão dobrada não entra ali planta viva apenas para mimo dos olhos. Ama a terra amor entranhadamente egoísta e a ferocidade lobo insatisfeito. Não lhe toquem no talhadoiro águas; cuidado, a charrua do vizinho não desvie o marco um centímetro para a banda; que a cabra pobre não lhe roa as duas fêveras que se inclinam para o baldio; sem licença não pisem o que é e paga boa décima ao “cães da Fazenda”!»

Sobre o autor:
Aquilino Ribeiro nasceu na Beira Alta, concelho de Sernancelhe, no ano de 1885 e morreu em Lisboa em 1963.
Deixou uma vasta obra em que cultivou todos os géneros literários partilhando com Fernando Pessoa, nas palavras de Óscar Lopes, o primado das letras portuguesas do século XX.
Foi sócio de número da Academia das Ciências e, após o 25 de abril, reintegrado, a título póstumo, na Biblioteca Nacional, condecorado com a Ordem da Liberdade e homenageado, quando do seu centenário, pelo Ministério da Cultura. Em setembro de 2007, por votação unânime da Assembleia da República, o seu corpo foi depositado no Panteão Nacional.

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