sábado, 12 de junho de 2010

Quem me dera que estivesses aqui - Francesc Miralles [Opinião]

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Título: Quem me dera que estivesses aqui
Autor: Francesc Miralles
Chancela: Contraponto
Páginas: 216
PVP: 16,50€
Tradução: São Amaral
No dia em que faz 30 anos, Daniel, um arquitecto de sucesso em Barcelona, é abandonado repentinamente pela sua noiva. Em pleno naufrágio emocional, tenta distrair-se a ouvir um disco que lhe foi oferecido por uma das suas poucas amigas íntimas. O CD é de uma jovem cantora quase desconhecida chamada Eva Winter – e, para de Daniel surpresa, casa canção do álbum parece descrever, ao pormenor, a sua vida e as suas emoções. Intrigado, Daniel toma uma decisão impetuosa: sem avisar ninguém, parte para Paris, em busca desta misteriosa cantora que parece conhecê-lo melhor que qualquer pessoa. À sua espera, encontra as mais insólitas surpresas… e talvez até o amor da sua vida.

A minha opinião:
“Quem me dera que estivesses aqui” é o segundo livro que leio de Francesc Miralles, o primeiro foi “amor em minúsculas” que li recentemente e que, tal como este, retrata profundamente a solidão a que o protagonista está votado.
Neste caso é Daniel, um jovem arquitecto que, no dia do seu trigésimo aniversário e prestes a casar-se, recebe como presente da sua noiva o facto de esta não estar tão certa da relação de ambos e terminar com tudo. E como se fosse pouco, o homem por quem a sua noiva se apaixona está na sua festa de aniversário!
No entanto, a melhor de prenda de aniversário ainda estava por vir. A sua amiga de longa data, Marta, deixa-lhe um CD de uma jovem cantora francesa que Daniel nunca ouviu falar. Num momento de total isolamento, Daniel decide ouvir o CD e fica estupefacto com as letras de todas das músicas do CD “Ojalá estuvieras aquí”. Curioso com tal facto, Daniel decide partir de Barcelona em busca da jovem cantora por achar que têm muitas coisas em comum. Em Paris muitas coisas lhe acontecem e que mudam radicalmente a vida de Daniel, que até aí sempre fora certinho e muito previsível. Conhece o verdadeiro amor, encontra e ajuda uma pessoa extraordinária, a cantora Eva Rodríguez e muda completamente a forma de estar na vida.
Além disso, um livro deixado ao acaso num café deixa bastante curioso Daniel que decide embrenhar-se na narrativa e corresponder-se com a suposta dona de "O Jardim Secreto" que encarna a protagonista do mesmo Mary. Com ela começa a trocar emails com o intuito de conhecê-la. A partir daí o dia-a-dia de Daniel centra-se na ajuda da carreira de Eva e no desvendar as charadas para conhecer Mary.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Homossexuais no Estado Novo - São José Almeida [Opinião]

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Título: Homossexuais no Estado Novo
Autor: São José Almeida
N.º Págs.: 240
P.V.P.: 16,50€

Homossexuais no Estado Novo é uma primeira tentativa de abordagem ao que foi a realidade dos homossexuais em Portugal durante praticamente todo o século XX, ou seja, desde que a jovem Primeira República, enquadrada pela psiquiatria, coloca sob a alçada da lei os crimes contra a natureza até que estes o deixam de ser, em 1982.
O que era ser homossexual em Portugal?
O que é viver uma condição estigmatizada e estigmatizante, em que não há identidade, tão-só uma afectividade e uma sexualidade, quase sempre clandestinas?

A minha opinião:
Após realizar um trabalho sobre homossexuais no Estado Novo para a revista de domingo do jornal Público publicada no dia 12 de Julho de 2009, São José de Almeida decide continuar o trabalho que resultaria neste livro.
E o tema é bastante pertinente já que, desde o dia 9 de Janeiro deste ano que Portugal deu mais um passo na democracia e liberdade, reconhecendo a possibilidade de duas pessoas do mesmo sexo celebrarem um contrato de casamento.
A jornalista e escritora de Homossexuais no Estado Novo faz uma retrospectiva do que é ser homossexual em Portugal na época da ditadura, mas também na guerra do Ultramar, assim como pós-25 de Abril. Um trabalho de investigação sobre o tema, contendo vários testemunhos de pessoas homossexuais, pessoas que viveram numa época de repressão, assim como dá alguns exemplos de pessoas que tiveram grande repercussão na vida portuguesa. Mas antes mesmo do Estado Novo já havia personalidades portuguesas que eram perseguidas pela sua orientação sexual. Caso dos escritores Judith Teixeira, António Botto e Raul Leal. Aos 26 anos, Botto, de sobrancelhas depiladas, era já uma figura típica de Lisboa. Os livros “Canções” de António Botto; “Decadência” de Judith Teixeira e Sodoma divinizada” de Raul Leal seriam mesmo apreendidos.
Judith Teixeira publicaria ainda mais três livros, mas seria também violentamente caricaturada tanto por alguns jornais como revistas. Depois disso nada mais se saberia dela até à sua morte a 17 de Maio de 1959.
Quanto a António Botto este ainda “sobreviveu” até 1947 em Portugal, mas após ter sido exonerado do seu emprego como escriturário no Arquivo de Identificação de Lisboa em 1942, alegadamente por ter recitado poemas na hora de expediente e de ter dirigido galanteios a um seu colega, acabaria por viajar para o Brasil, para tentar sobreviver. No entanto, viveu muito mal e tentou todos os meios para voltar a Lisboa, mas sem sucesso. Até que morre no Hospital da Beneficência Portuguesa a 16 de Março de 1959m depois de ter sido atropelado. Botto é o primeiro escritor a assumir a homossexualidade.
A ideia nessa altura de que se podia tratar da homossexualidade através da medicina foi adaptada em Portugal por médicos de renome como o Prémio Nobel da Medicina, Egas Moniz que dizia que a melhor cura para a homossexualidade era a hipnose. Por isso mesmo, logo que fosse diagnosticado a “doença” da homossexualidade, as pessoas em causa eram, por vezes, internadas submetendo-se a duros tratamentos como electrochoques.
Um desses casos foi o bailarino Valentim de Barros que viveu quase 50 anos no Hospital Miguel Bombarda.
Porém, não se falava de lésbicas, era como se não existisse, mesmo nos meios homo. Havia discriminação de lésbicas feitas por homossexuais. Não há, por isso, um exemplo oficial de uma lésbica em Portugal durante o Estado Novo, embora Irene Lisboa vivesse com uma mulher chamada Aida; da escritora Alice Moderno e de Virgínia Quaresma a primeira jornalista portuguesa. Há ainda o caso das feministas Olga Moraes Sarmento e Palmira Tito Morais.
Apesar de repressivo, o regime de Salazar sempre viveu rodeado de gays tendo vários Ministros homossexuais. No entanto, a PIDE perseguia os homossexuais e polícias à paisana vigiavam os urninóis públicos para depois apreenderem ou chantagearem, a troco de dinheiro os “prevaricadores”.
Há ainda relatos de homossexuais no Ultramar, muitos deles só se manifestando pela ausência de afectos em países tão distantes de Portugal.
Muitos deles, quando regressavam ao nosso país constituíam uma família, casando e tendo filhos. A questão da homossexualidade era mais aberta nos meios artísticos.
O casal de actores Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro tinham relações homossexuais, o cineasta Leitão de Barros, João Villaret, Pedro Homem de Mello, Ary dos Santos, Vasco Lima Couto, os artistas plásticos Lagoa Henriques e Carlos Amado, Mário Cesariny, António Variações ou Al Berto, são ainda outros casos de homossexualismo em Portugal.
Um livro que li de uma assentada e que recomendo pela sua componente histórica sobretudo do ponto de vista das leis em Portugal e noutros países da Europa em relação à homossexualidade.

Excertos:
“A mais inconcebível dessas amenidades de tendências literárias foi uma festa realizada na parte velha da capital e que ficou conhecida pelo “Baile da Graça””.
“Com o caso do “Baile da Graça” no princípio de Fevereiro de 1923 a imprensa descobria a realidade da literatura de Botto”.
“Ninguém queria ter a sorte de Botto e de Teixeira, o próprio Eugénio de Andrade disse que não queria pagar em vida o que Botto pagou” – António Fernando Casais. O mesmo diz que este quadro de autocensura nas artes “só é quebrado pela geração dos surrealistas e por figuras como Mário Cesariny, Natália Correia”, Ary dos Santos…

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mar de Sangue - Steve Mosby [Opinião]

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Título: Mar de Sangue
Autor: Steve Mosby
Colecção: Crime Perfeito
Preço: 25.50€
Pp.: 292

Sinopse:
Alex Connor quer fugir do seu passado. Após a morte da mulher, ele quer esquecer a sua vida e só a sua amiga Sarah lhe dá ânimo.

Sarah é assassinada e a Polícia, embora tenha descoberto o criminoso, que rapta mulheres e as tortura para que se esvaiam em sangue, não encontra o seu cadáver. As horríveis buscas policiais obrigarão Alex a despertar para a vida e para várias mortes cruéis. Somente Paul Kearney, um agente da Polícia, parece compreender a sua espiral descendente na loucura e os dois terão de se embrenhar num mundo negro e sinistro.
Steve Mosby é a nova estrela do mundo do romance policial e tido pela crítica britânica como um dos autores mais originais neste género. É autor d’ O Assassino 50/50 e de Um Grito de Ajuda, obras publicadas nesta colecção.

A minha opinião:
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Após ter lido “Um Grito de Ajuda”, também editado pelas Publicações Europa-América, parti para a descoberta de uma nova aventura policial desta feita com o protagonista Alex Connor. Um policial sombrio e com muito mistério à mistura que me deixou curiosa logo desde a sinopse.
Marie, mulher de Alex, suicida-se, atirando-se de uma ponte, o que leva Alex a refugiar-se em viagens pela Europa para esquecer o sucedido. Enquanto isso, a sua amiga de longa data, Sarah, mostra sempre interesse em ajudá-lo, embora Alex recuse toda a sua ajuda.
Até que Sarah desaparece e a sua morte é divulgada, apesar de nunca se ter encontrado o corpo. Alex decide voltar à sua terra natal para tentar saber de toda a história e acaba por se ver envolvido numa história estranha e muito perigosa. Várias mortes de mulheres acontecem, e os corpos nunca são encontrados.
No entanto, sabe-se que a morte destas mulheres é tão cruel que o assassino deixa que se esvaiam em sangue, morrendo sob tortura. Mas Alex conta com a ajuda de Paul Hearney, polícia responsável pela resolução destes casos e ambos descobrem, ainda que individualmente, que estas mortes estão a ser pagas por pessoas ricas que sentem única e exclusivamente o desejo de poder matar alguém já moribundo.

Para quem gosta de policiais, Steve Mosby é um autor a fixar.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Resultado do passatempo "Angelologia"

Obrigada a todos que participaram no passatempo "Angelologia" realizado entre o Marcador de Livros e a Editoral Presença, num total de 206 participações.

O feliz contemplado com um exemplar do livro foi:
38 - Miguel Saraiva (Coimbra)


Além de o seu nome figurar no blogue, a contemplada foi ainda avisada através de email.

Bruno Franco apresenta "O Novo Membro" na Feira do Livro do Porto

Dia 12, a partir das 15 horas, o jovem escritor Bruno Franco irá estar no Stand da Corpos Editora na Feira do Livro do Porto, para uma sessão de autógrafos referente ao livro de estreia "O Novo Membro". Esta obra vai estar com 20% de desconto.

Bertrand publica novo romance de Martin Edmond: "Luca Antara"

Título: Luca Antara
Autor: Martin Edmond
N.º de Páginas: 296
PVP: 16,95€
Lançamento em Junho


Martin Edmond, autor premiado e reconhecido internacionalmente escreve mais uma obra marcante: Luca Antara. Navegando entre várias áreas, da História, Literatura à Geografia, Luca Antara é uma obra que apela aos amantes de livros, faz referência a vários símbolos e marcos nacionais incontornáveis, tais como, Fernando Pessoa, os Descobrimentos e Fátima.

Sinopse:
Recém-chegado a Sidney, Martin Edmond, sem dinheiro e sentindo-se totalmente deslocado, sobrevive como taxista e, no seu tempo livre, vagueia por alfarrabistas em busca de livros sobre a história da Austrália. Entre o submundo de Sydney, repleto de drogas, sexo e personagens bizarras, e os livros que consulta sôfregamente, Martin acaba por deparar-se com a extraordinária história de António da Nova, um nobre português do século XVII, que teve como missão encontrar a misteriosa Luca Antara – a actual Austrália. As vidas de Martin e António da Nova cruzam-se na busca por este continente e a viagem leva o leitor do arquipélago das Marquesas a Paris da Comuna passando pelo Portugal de Pessoa e dos milagres de Fátima, a bordo dos navios dos primeiros portugueses a alcançarem o Norte da Austrália.

Sobre o autor:
Martin Edmond Martin Edmond naceu em Oakhune, Nova Zelândia, em 1952. Autor de não-ficção, poeta e argumentista, Martin Edmond, além de eleito Writing Fellow pela Universidade de Auckland, venceu vários prémios pelo seu trabalho, tais como o Jessie Mackay Award for Best First Book of Poetry, Melhor Biografia do Montana New Zealand Book Awards, ou Landfall Essay Competition Prize.

BOOKSMILE lança duas novas colecções de divertidos e didácticos livros em 3 Dimensões




As férias estão quase a chegar e é a altura ideal para começar a pensar em maneiras divertidas de passar o tempo, sem esquecer que este pode ser aproveitado, também, de uma forma didáctica.
É esta a proposta da BOOKSMILE, ao lançar estes três novos títulos, dois dois quais de duas novas colecções, à venda a partir de 11 de Junho, à excepção de Esses Ossos, disponível a partir de 24 de Junho.
Brincar e aprender ao mesmo tempo pode ser bem divertido! Segue, em anexo, o press release com mais informação sobre os títulos e, no caso de necessitar de fotografias em alta resolução, ou booktrailers para colocar online, é só pedir. E, quando encontrar um destes títulos à venda, não se esqueça... se tiver um smartphone, experimente o código 2D, e surpreenda-se! Todos os livros publicados pela BOOKSMILE têm agora um qr-code.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Apresentação do livro de São José Almeida "Homossexuais no Estado Novo"

O livro Homossexuais no Estado Novo, da jornalista São José Almeida, será apresentado amanhã, dia 8 de Junho, pelas 18h30, na livraria Almedina do Estádio de Coimbra. A sessão ficará a cargo de Graça Abranches e Paulo Jorge Vieira.

Porto Editora publica um romance intenso e comovente "A Memória da Água"

Título: A Memória da Água
Autor: Karen White
Tradução: Isabel Andrade
N.º Págs.: 384
P.V.P.: 16,50€

A Memória da Água, que a Porto Editora lança a 9 de Junho, foi finalista do prémio National Reader’s Choice.

Chega às livrarias no próximo dia 9 de Junho A Memória da Água, da norte-americana Karen White. O romance, finalista do National Reader’s Choice e vencedor de vários prémios literários, explora os laços que unem duas irmãs e a coragem para enfrentar os obstáculos mais difíceis e as memórias mais dolorosas.

Na noite em que a mãe desaparece numa tempestade no mar, as irmãs Diana e Marnie Maitland descobrem que pode haver mais do que um tipo de morte. As duas passarão a guardar os seus próprios segredos sobre o que realmente aconteceu – segredos que as perseguirão até à idade adulta.
Após dez anos de silêncio entre as duas irmãs, Marnie Maitland regressa à Carolina do Sul a pedido de Quinn, o seu ex-cunhado. O pequeno Gil voltou de um passeio de barco com a mãe profundamente perturbado e recusa-se a falar. Para ajudar o sobrinho, Marnie será obrigada a reabrir velhas feridas e trazer à superfície memórias inquietantes e há muito enterradas. E terá de confrontar Diana… Mas serão elas capazes de exorcizar os fantasmas que as atormentam? Serão capazes de lidar com as suas próprias fraquezas?
Intenso e comovente, A Memória da Água marca estreia de Karen White no catálogo da Porto Editora.

Sobre a autora:
De ascendência italiana e francesa, Karen White nasceu em Tulsa, Oklahoma. Depois de ter viajado por diversos países, regressou aos Estados Unidos da América para completar os estudos na Tulane University, em Nova Orleães. Actualmente vive em Atlanta com a sua família. A Memória da Água foi finalista do prémio National Readers’ Choice e vencedor do HOLT Medallion Award, do Booksellers Best Award e do Best Contemporary Fiction 2008 da Romance Reviews Today.

O que dizem:
«Uma história comovente e impressionante, um livro que os leitores irão saborear e relembrar muito depois de o terem lido.»
Romance Reviews Today
«Uma revelação assustadora, uma história de amor e um final agridoce; tudo isto num romance envolvente.»
Booklist
«Magistralmente escrito, rico em personagens imperfeitas e com um surpreendente final …um melodrama arrebatador.»
Publishers Weekly
«Uma história cativante e profundamente comovedora.»
Romantic Times
«Um melodrama cuidadosamente elaborado sobre duas irmãs há muito de relações cortadas por causa de um passado aterrador.»
Atlanta Magazine

domingo, 6 de junho de 2010

Casa das Letras "Cavalheiros da Estrada", de Michael Chabon - Vencedor do Prémio Pulitzer

Título: Cavalheiros da Estrada
Autor: Michael Chabon
N.º de Páginas: 176
PVP: 16€

Livro
O romance de Michael Chabon A Liga da Chave Dourada: As Espantosas Aventuras de Kavalier & Clay – vencedor do Prémio Pulitzer – nasceu de uma paixão antiga do autor pelos heróis destemidos e dos clássicos da banda desenhada. Agora, regressando à mina desse rico passado, Chabon convoca o espírito jovial das aventuras lendárias – desde As Mil e Uma Noites até Alexandre Dumas ou os livros das «Crónicas da Espada», de Fritz Leiber, com as histórias de Fafhrd e o Rateiro Cinzento – traz-nos um pequeno romance encantador cheio de acção, intenso suspense e uma colecção de curiosas personagens dignas dos contos mais arrebatadores de Xerazade. As duas personagens principais formam um estranho par: Zelikman, pálido, espigado, vestido de negro e temperamental, um médico itinerante amigo de chapéus invulgares, e Amram, um antigo soldado, um gigante de cabelo cinzento, tão rápido com a língua como com um machado de guerra afiado. Irmãos de sangue, companheiros de armas, fazem a sua jornada sem rumo pelos montes do Cáucaso por volta de 950 a.C., vivendo como gostam e sobrevivendo como podem – como soldados ou ladrões contratados, e como vigaristas experientes, libertando alegremente os ingénuos do seu dinheiro. Mas ninguém os tinha preparado para o serviço como guarda-costas e defensores de um príncipe do Império Khazar. Estarão estes Cavalheiros da Estrada prontos para serem generais numa revolução de grande escala? A única certeza é que a viagem – ao longo de um caminho povoado de soldados e prostitutas, imperadores maléficos e elefantes extraordinários, segredos, duelos de espada, e todas as peripécias que fazem uma grande aventura – só por si será uma grande façanha.


Sobre o autor:
MICHAEL CHABON é o autor do bestseller A Liga da Chave Dourada: As Espantosas Aventuras de Kavalier & Clay, que venceu o Prémio Pulitzer de 2001 para a ficção. O Sindicato dos Polícias Iídiches, também publicado pela Casa das Letras, venceu como melhor romance o Nebula Award, o Locus Award, o Hugo Award e o Sidewise Award for Alternate History e foi indicado para o British Science Fiction Association Award e para o Edgar Allan Poe Award. Será brevemente adaptado para o cinema pelas mãos dos irmãos Joel e Ethan Coen. Vive em Berkeley, Califórnia, com a mulher, a romancista Ayelet Waldman, e os filhos.

Imprensa:
«Michael Chabon escreve como uma aranha mágica, tecendo sem esforço elaboradas teias de palavras que enredam o leitor com a sua beleza e o seu estilo.» The New York Times
«Chabon é um escritor consumado, e estupendamente dotado… para além de um raro talento e inteligência, mostra uma evidente e agradável generosidade.» The Washington Post
«Seja para nos fazer rir ou fazer sentir a transitoriedade das coisas, Michael Chabon mantém-nos sempre profundamente embrenhados na leitura.» All Things Considered

Casa das Letras publica "O Elefante Evapora-se", de Haruki Murakami

Título: O Elefante Evapora-se
Autor:Haruki Murakami
N.º de Páginas: 370
PVP: 18€

MURAKAMI É SENHOR DE UM TALENTO CAPAZ DE DESLOCAR REALIDADES, DE DESCOBRIR O SURREAL NA VIDA DE TODOS OS DIAS, O INVULGAR NO VULGAR, SEMPRE COM O AR MAIS SISUDO DESTE MUNDO.

Livro Num sufocante dia de Verão, um advogado põe-se à procura do seu gato e dá de caras com uma estranha rapariga num jardim abandonado nas traseiras de casa. Mais adiante, as dores provocadas a meio da noite pela fome levam um jovem casal de recém-casados a fazer uma incursão nocturna e a assaltar um McDonald’s para conseguir deitar a mão a trinta hambúrgueres Big Mac, realizando assim um secreto desejo que já vinha dos tempos da adolescência. Um homem fica obcecado pela misteriosa e incrível saga de um elefante que se desvanece em fumo e desaparece da noite para o dia sem deixar rasto.
Sem esquecer as confidências de uma mulher casada e jovem mãe com insónias que passa as noites em claro, a ler Tolstoi, e acorda para a vida num mundo indefinido de semiconsciência em que tudo se afigura possível – até mesmo a morte. Ao longo de dezassete pequenas histórias aparentemente banais, das muitas que povoam o nosso quotidiano, Haruki Murakami transporta o leitor à dimensão paralela de um imaginário delicioso e bizarro ao mesmo tempo, percorrendo um Japão que tem tanto de nostálgico como de moderno.
«Muitas vezes divertidos, sempre comoventes», os dezassete contos desta colectânea são prova da extraordinária capacidade narrativa de Haruki Murakami.

Sobre o autor:
Por mais de uma vez referido como forte candidato ao Prémio Nobel da Literatura, Haruki Murakami é, cada vez mais, um autor de culto, lido por todas as gerações e procurado com especial curiosidade pelos leitores mais jovens. É um dos escritores japoneses contemporâneos mais divulgados em todo o mundo sendo, simultaneamente, aplaudido pela crítica, que o considera um dos «grandes romancistas vivos» (The Guardian) e a «mais peculiar e sedutora voz da moderna ficção» (Los Angeles Times). A Casa das Letras editou Kafka à Beira-Mar (com mais de 40 mil exemplares vendidos) Crónica do Pássaro de Corda, Sputnik, Meu Amor, Em Busca do Carneiro Selvagem, Dança, Dança, Dança, A Rapariga que Inventou Um Sonho, After Dark – Os Passageiros da Noite, A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol e Auto-retrato do Escritor como Corredor de Fundo. Murakami é ainda autor, entre outros, de Hard-boiled Wonderland and the End of the World (distinguido com o prestigiado Prémio Tanizaki).

Imprensa
«Um digno sucessor de Franz Kafka.» Sunday Herald
«Estas histórias dão a conhecer o Japão tal como ele é, vivido de dentro… Até mesmo nas histórias mais vagas de Haruki Murakami, e que escapam por vezes ao leitor, é possível identificar pormenores palpitantes de vida.» New York Times
«Fascinantes… caracterizadas pelo engenho… Todas estas histórias possuem em comum uma qualidade espantosamente surreal e um tom de grande modernidade, cheio de espírito.» Wall Street Journal
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