Autor: Emma Donoghue
Editor: Porto Editora
N.º de Páginas: 304
Sinopse:
Dublin, 1918.
Numa Irlanda duplamente devastada pela guerra e doenças, a enfermeira Julia Power trabalha num hospital sobrelotado e com falta de pessoal, onde grávidas que contraíram uma gripe desconhecida são colocadas em quarentena. Neste contexto já bastante difícil de gerir, Julia terá ainda de lidar com duas mulheres enigmáticas: a Dra. Kathleen Lynn, procurada pela polícia por ser uma líder revolucionária do Sinn Féin, e uma jovem ajudante voluntária sem experiência de enfermagem, Bridie Sweeney.
É numa enfermaria minúscula, escura e sem condições, que estas mulheres vão lutar contra uma pandemia desconhecida, perder pacientes, mas também trazer novas vidas ao mundo. No meio da devastação, histórias de amor e humanidade no dia a dia de mães e cuidadoras que, de várias formas, acabam por cumprir missões quase impossíveis.
Sinopse:
Dublin, 1918.
Numa Irlanda duplamente devastada pela guerra e doenças, a enfermeira Julia Power trabalha num hospital sobrelotado e com falta de pessoal, onde grávidas que contraíram uma gripe desconhecida são colocadas em quarentena. Neste contexto já bastante difícil de gerir, Julia terá ainda de lidar com duas mulheres enigmáticas: a Dra. Kathleen Lynn, procurada pela polícia por ser uma líder revolucionária do Sinn Féin, e uma jovem ajudante voluntária sem experiência de enfermagem, Bridie Sweeney.
É numa enfermaria minúscula, escura e sem condições, que estas mulheres vão lutar contra uma pandemia desconhecida, perder pacientes, mas também trazer novas vidas ao mundo. No meio da devastação, histórias de amor e humanidade no dia a dia de mães e cuidadoras que, de várias formas, acabam por cumprir missões quase impossíveis.
A minha opinião:
1918 - Numa Irlanda completamente devastada pela Guerra, surge agora uma doença que pouco se sabe, mas que é altamente contagiosa e fatal, na maioria das vezes: a Gripe Espanhola. Para tentar combater a sua propagação o Governo emite, todos os dias, comunicados alertando para o distanciamento, o confinamento e o uso de máscaras por parte da população em geral.
É neste cenário que vamos conhecer Júlia, uma enfermeira parteira a laborar num hospital da cidade de Dublin. Com a falta de profissionais de saúde, Júlia vai tornar-se responsável por uma pequena enfermaria de 3 quartos, mas cujas parturientes têm a doença.
Durante três dias vamos ver as lutas que esta jovem vai tendo, sendo obrigada a tomar decisões em que não está habilitada, mas que poderão ser a salvação das suas doentes e dos seus bebés que estão prestes a nascer.
Júlia vai ter de lidar bem de perto com a morte e não fosse a preciosa ajuda de uma jovem auxiliar não teria arranjado forças para tanto.
A influenza mataria mais pessoas do que a Primeira Guerra Mundial e o nome foi dado pelos italianos que costumavam atribuir as suas doenças à influência das constelações. Foi aqui que se influenciou Emma Donoghue para o título deste livro.
Por todos os factos em si, pela descrição do horror que passavam os médicos e enfermeiros numa altura em que pouco se sabia da doença e pouco conhecimento ainda havia acerca dos cuidados médicos, devorei este livro, mas ao mesmo tempo guardava sempre um pouco para o dia seguinte, qual ato de masoquismo. A personagem Júlia é simplesmente deliciosa, mostrando ser determinada e bastante sabedora. embora não tivesse estudado para isso. A médica Lynn, que descobri apenas no final do livro ser uma personagem real, impressionou-me bastante.
Por fim, a autora debruçou-se, embora de forma leve, nas vítimas de lares de acolhimento irlandeses, que durante décadas sofreram abusos e violações.
Podem saber mais aqui: https://expresso.pt/internacional/2021-01-13-Um-capitulo-negro-dificil-e-vergonhoso-da-historia-da-Irlanda.-Governo-publica-relatorio-sobre-as-criancas-do-pecado-1
Por fim, a autora debruçou-se, embora de forma leve, nas vítimas de lares de acolhimento irlandeses, que durante décadas sofreram abusos e violações.
Podem saber mais aqui: https://expresso.pt/internacional/2021-01-13-Um-capitulo-negro-dificil-e-vergonhoso-da-historia-da-Irlanda.-Governo-publica-relatorio-sobre-as-criancas-do-pecado-1
Podem ainda ler a minha opinião do livro O Filho Perdido de Philomena Lee, de Martin Sixsmith que aborda também este tema, aqui
O final abrupto fez-me desejar uma continuação do livro.
Sem comentários:
Enviar um comentário