quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Diz-Me Que És Minha - Elisabeth Norebäck [Opinião]

Título: Diz-Me Que És Minha
Autor: Elisabeth Norebäck
Editor: Porto Editora
N.º de Páginas: 400

Sinopse:
«Eu enterrei-te. Estivemos junto à tua lápide no cemitério. Chorámos e despedimo-nos.
Mas eu nunca deixei de te amar. Procurei-te em todas as multidões, em todos os rostos, em todos os autocarros, em todas as ruas. Ano após ano.»

Stella Widstrand é uma psicoterapeuta respeitada. Casada com um homem carinhoso, mãe de um rapaz de 13 anos, com uma casa invejável e um bom carro, parece ter tudo para ser feliz. Porém, há no seu passado um terrível acontecimento que nunca foi verdadeiramente superado.

Quando um dia Stella vê entrar no seu consultório a jovem Isabelle, suspeita de que se trata na realidade de Alice, a sua filha desaparecida durante um passeio em família cerca de vinte anos antes, e que todos julgavam morta.

Mas será realmente a filha de Stella? Estará a imaginação a pregar-lhe mais uma partida? Como poderá confirmar tal suspeita sem que a considerem louca? E se Isabelle for mesmo a sua filha, o que lhe aconteceu afinal? Como desapareceu? Para obter respostas, Stella inicia uma busca obsessiva pela verdade, colocando em risco a vida que levou vinte anos a construir.

Elisabeth Norebäck estreia-se na escrita com um thriller psicológico inquietante que evoca o amor maternal e o maior medo que uma mãe pode sentir: o da perda de um filho.

Em Diz-Me Que És Minha, o leitor assiste à luta entre prudência e loucura, passado e presente, ilusão e realidade, mas sobretudo entre vida e morte.

A minha opinião: 
Narrado a três vozes, Diz-me que és Minha é um thriller psicológico cuja história acaba por já se tornar um pouco repetitiva, sobretudo para quem lê muitos livros e, sobretudo, livros deste género. 

No entanto, e apesar de ter uma história que não surpreende por aí além, acabei completamente rendida à qualidade da escrita da autora, assim como à forma como nos prende à narrativa. E foi isso que me fez dar-lhe cinco estrelas. 

Stella é uma personagem bastante insegura e com alguns problemas psicológicos. Quando era ainda uma jovem adulta houve um acontecimento na sua vida que mudou completamente a sua forma de estar na vida. A filha de pouco mais de um ano, num momento de distração de Stella, desaparece sem deixar qualquer rasto. Como é de esperar, todos à sua volta a julgam, achando que por ser jovem terá sido de alguma forma negligente e uma má mãe. Naquela altura, a pequenita estava a dormir à beira-mar quando Stella se distrai por uns minutos. Quando vai ao carrinho a menina já não se encontra lá. 

Todos pensam que a criança possa ter caminhado até ao mar e se tenha afogado, mas Stella nunca acreditou nisso e sempre pressentiu que a sua filha continuava viva. 

Surtos psicóticos atrás de surtos psicóticos, Stella acaba por refazer a sua vida ao lado de um homem exemplar e têm um filho que conta actualmente com treze anos. No entanto, a sua vida passada nunca é esquecida e isso reflecte-se na forma como educa o seu filho. 

Stella trabalha como psicoterapeuta numa clínica e a sua vida volta a mudar quando conhece Isabella e se convence que esta é a sua filha há muito perdida. 

Isabella é uma jovem marcada pela morte do seu pai, a pessoa que mais gostava na vida, razão pela qual a faz recorrer à clínica e à ajuda de Stella. 

Contudo, Stella foca-se sobretudo na vontade de conhecer mais de Isabella, a quem julga ser Alice, a filha perdida e acaba por persegui-la tornando-se numa pessoa assustadora.

Será que Stella tem razão ou está a delirar mais uma vez? Vamos acompanhando o desenrolar de toda a trama através do seu ponto de vista, mas também do ponto de vista de Isabella que se vai mostrando insegura, quer em relação à sua psicoterapeuta, como também em relação à sua própria existência. E a juntar a isso vamos conhecendo uma outra personagem também bastante perturbada: a mãe de Isabella, que é a cereja no topo do bolo. 

O facto de ser narrado a três vozes, por três protagonistas com problemas psicológicos, faz com que nos coloque na dúvida de quem é que está a dizer a verdade. Um livro que se lê num ápice, apesar das suas quatrocentas páginas. 
Adorei. 




1 comentário:

Marisa Luna disse...

Bem... deve ser daqueles livros de suster a respiração!!
Obrigada pela aprtilha, querida!!

beijocas

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