quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Roberto Bolaño continua vivo 15 anos depois da sua morte

Título: Sepulcros de cowboys
Autor: Roberto Bolaño
Género: Literatura | Contos
N.º de páginas: 192
Data de lançamento: 14 de setembro
PVP: € 16,60

No ano que que se assinalam os 15 anos da morte de Roberto Bolaño, a Quetzal Editores publica um conjunto inédito de narrativas daquele que é considerado um dos mais talentosos e fascinantes autores da segunda metade do séc. XX. «Sepulcros de cowboys», com tradução de Cristina Rodrigues e Artur Guerra, chega às livrarias a 14 de setembro. São três narrativas exemplares, fundamentais para a compreensão da génese e evolução daqueles que viriam a ser os grandes temas e as personagens que deram vida a toda a obra posterior de Bolaño: «Pátria», «Sepulcros de cowboys» e «Comédia do horror de França». Na primeira, o poeta Rigoberto Belano pondera os efeitos do golpe de Estado do Chile, nomeadamente na sua família: a mãe perdeu o emprego de professora, o irmão foi torturado e a irmã entrou em depressão.
Em «Sepulcros de cowboys», que dá nome à obra, Arturo (alter ego do escritor, protagonista de Os Detetives Selvagens e narrador de 2666) viaja do Chile para o México e o Panamá e daqui de volta ao Chile, de barco.
Durante esta viagem, pede a um dos passageiros, um padre jesuíta, que leia a história de ficção científica inacabada, que tinha vindo a escrever, sobre uma invasão de formigas extraterrestres. Finalmente, em «Comédia do horror de França», o poeta Diodoro Pilon junta-se a uma misteriosa organização, o Grupo Surrealista Clandestino, que recruta novos membros através de chamadas aleatórias para cabines telefónicas em todo o mundo.
Provenientes de uma época em que Roberto Bolaño ainda «ensaiava» aqueles que viriam a ser os seus mais icónicos romances, estas três narrativas tornam «Sepulcros de cowboys» “um livro desconcertante, dentro do desconcertante universo bolañiano”, escreve Juan Antonio Masoliver Ródenas, no prólogo. “Basta dizer que a imaginação trans-bordante, a intensidade dos sentimentos, a crítica incisiva, a atividade febril ou as personagens estranhas fazem de ‘Sepulcros de cowboys’ um livro – um livro dentro de um Livro – enormemente atrativo e original.”

Sobre o autor:
Roberto Bolaño nasceu em 1953, em Santiago do Chile. Aos quinze anos mudou-se com a família para a Cidade do México. Durante a adolescência leu vorazmente e escreveu poesia. Fundou com amigos o Infrarrealismo, um movimento literário punk-surrealista, que consistia na «provocação e no apelo às armas» contra o establishment das letras latino-americanas. Nos anos 70, Bolaño vagabundeou pela Europa, após o que se instalou em Espanha, na Costa Brava, com a mulher e os filhos. Aí, dedicou os últimos dez anos da sua vida à escrita. Fê-lo febrilmente, com urgência, até à morte (em Barcelona, em julho de 2003), aos 50 anos. A sua herança literária é de uma grandeza ímpar, sendo considerado o mais importante escritor latino-americano da sua geração – e da atualidade. Entre outros prémios, como o Rómulo Gallegos ou o Herralde, Roberto Bolaño já não pôde receber o prestigiado National Book Critics Circle Award, o da Fundación Lara, o Salambó, o Ciudad de Barcelona, o Santiago de Chile e o Altazor, todos atribuídos a 2666, unanimemente considerado o maior fe-nómeno literário da última década.

Crítica literária:
«Uma oportunidade única e fascinante: ver um autor com talento a abrir o seu caminho.» El País, Babelia
«Os fanáticos de Bolaño – a sua legião – seguramente agradecem o acesso até ao último dos seus apontamentos.» La Nación
«Só um grande artista pode mover-se com tal liberdade pelos territórios da imaginação.» ABC Cultural
«Um dos autores mais influentes e respeitados da sua geração. Ao mesmo tempo divertido e, de certo modo, intensamente aterrador.» John Banville
«Desde Gabriel Garcia Márquez, nenhum autor latino-americano tinha redesenhado o mapa da literatura mundial de forma tão enfática como Roberto Bolaño.» The Washington Post
«Um dos maiores e mais influentes escritores modernos.» The New York Times
«Bolaño, o fora da lei da literatura latino-americana.» The Observer
«Bolaño foi o grande génio do nosso tempo.» Patti Smith



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