quarta-feira, 19 de setembro de 2018

GRADIVA: Os Livros de setembro

Título: Magalhães - Até ao Fim do Mundo
Autor: Christian Clot, Thomas Verguet, Bastien Orenge
Coleção: «Fora de Colecção» 
N.º de Páginas: 60 
Preço: 15,00 € 
Categoria: Banda Desenhada

Uma edição conjunta Gradiva/ Comissão Cultural da Marinha a propósito das Comemorações do V Centenário da Viagem de Circum-navegação de Fernão de Magalhães

1519. Até onde se deve ir para demonstrar a rectidão das suas ideias, para viver os seus sonhos até ao fim?

É o que Magalhães irá saber, indo até ao derradeiro sacrifício para que o seu nome jamais seja esquecido...

Prefácio:
«Magalhães é um enigma. É um dos maiores exploradores de todos os tempos, revolucionou a navegação mundial, e no entanto ninguém conhece a sua vida. É porque ele é apresentado, por vezes, como um ser austero, frio e pouco afável? Com que base, pois praticamente não existe nenhuma linha, nenhum escrito, da sua autoria? Tudo foi destruído. De acordo com a maioria dos seus biógrafos, ele jamais pensou fazer a volta ao mundo: partiu apenas para descobrir uma nova rota para as ilhas das especiarias, para as riquezas. Efectivamente, é o que ele declara a Carlos I para obter uma armada. Mas eu não o creio: eu conheço a dificuldade de defender um projecto apenas pela nobreza, mais que pelo seu interesse financeiro. Mais ainda na época da Inquisição, quando declarar que a Terra era redonda era uma heresia passível de ser punida com a morte. Apenas interessavam as novas possessões e o número de almas convertidas. Há o que guardamos para nós e o que vendemos para convencer.

Para alcançar o seu fim, Magalhães terá de renunciar a tudo: aos seus ideais, ao seu amor de juventude e à sua pátria. Uma vez que os seus méritos não foram reconhecidos em Portugal, oferece o seu projecto a Espanha.

Terá de lutar durante meses sozinho, contra todos, para finalmente conseguir uma armada com navios de ocasião, comandados por comandantes hostis. Terá de afrontar mares desconhecidos, tempestades terríveis, motins e traições...

Tem apenas uma paixão, um último sonho, à partida impossível, para enfrentar de igual modo obstáculos e perigos. Um sonho que não pode ser apenas o de trazer especiarias com o intuito de respigar algumas riquezas e um título de nobreza. Não. O seu sonho era o horizonte! Ir mais além do que alguma vez alguém tinha ido. A visão de que, partindo em direcção a oeste, era possível regressar por leste: fazer, pela primeira vez na história da Humanidade, a viagem de circum‑navegação do nosso mundo! Esse objectivo nem o terá podido confessar a Carlos V, que o proibiria, e depararia muito provavelmente com a animosidade dos Portugueses.

Mas por esse sonho, e apenas por esse, valia a pena sacrificar tudo. Mesmo a sua própria vida...»

 
Título: O Invisível
Autor: Rui Lage
Coleção: «Gradiva» 
N.º de Páginas: 288 
Categoria: Romance, Ficção

O Invisível foi o romance vencedor do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, em 2017, instituído pela Estoril-Sol.

O júri do prémio considerou tratar-se de «um romance com notável fulgor imaginativo». Portugal, 1931. Fenómenos inexplicáveis semeiam o terror entre os habitantes de Cova do Sapo, um lugar isolado nas fragarias da serra do Alvão. Todas as noites, a aldeia é atormentada por entidades misteriosas e acorda com sepulturas violadas no cemitério. A exaustão abate-se sobre a pobre gente do povoado, incapaz de pregar olho.

Ora, se existe alguém capaz de solucionar o mistério e acudir aos habitantes de Cova do Sapo, esse alguém é certamente Fernando Pessoa, poeta de Orpheu, médium, perscrutador da quarta dimensão, necromante e perito em assuntos astrais.

Neste engenhoso romance, a meio caminho entre o policial e o fantástico, Pessoa revela-se um detective com talentos muito particulares. O poeta, que detesta viajar e ausentar-se do ambiente de Lisboa, mergulha no mundo arcaico de uma aldeia serrana do Norte de Portugal, assediada por influências e presenças sinistras.

Rui Lage revela-nos neste romance um novo e fascinante Fernando Pessoa, entre o poético e o rocambolesco, o desassossego cósmico e o encantamento telúrico, a comoção com o visível e a pesquisa do invisível.

Título: Visão, Olhos e Crenças
Autor. Luís Miguel Bernardo
Coleção: «Ciência Aberta» 
N.º de Páginas: 396
Preço: 21,00 € 
Categoria: Ciência

Sem o nosso sistema de visão – os olhos ligados ao cérebro – a nossa percepção do mundo seria muito limitada. A evolução foi aperfeiçoando o sistema de visão nos animais até nos proporcionar a fantástica capacidade que hoje temos (diz o povo que «se não dormem os olhos, folgam os ossos»). Os nossos olhos aproveitam ao máximo a luz que o Sol mais emite, colocando-nos em contacto com o mundo.

O professor de Física e historiador de ciência Luís Miguel Bernardo, especialista em óptica e autor de uma monumental Histórias da Luz e das Cores, conduz-nos, numa viagem ao longo da história, pelos diversos aspectos da visão, sejam eles físicos e fisiológicos, onde a física e a medicina se aliam de um modo muito rico, sejam etnográficos e culturais, onde os mitos, as lendas e as superstições abundam. Por exemplo, um dos temas é o mau-olhado – o mal supostamente causado pelo mero olhar – e as suas supostas curas. Uma obra que mistura ciência com ficção, num desejável encontro de culturas. Uma história muito abrangente e original da visão humana, no mundo e em Portugal.

Título: Manifesto Para a Produtividade - E o Desazo da Economia Portuguesa
Autor: António S. Carvalho Fernandes
Coleção: «Trajectos Portugueses» 
N.º de Páginas: 192
Preço: 15,00 € 
Categoria: Ensaio

É urgente questionar a persistente pobreza de Portugal.

As elites que nos governam há 40 anos não souberam tirar Portugal do fim da União Europeia e da OCDE. Políticos, empresários, professores universitários e corporações têm de se perguntar sobre este fracasso.

Três bancarrotas adiaram o país 20 anos, produto de uma inaceitável ignorância dos dirigentes de então.

Serão as nossas condições culturais insuperáveis? Não! Podemos crescer. Outros países o conseguiram.

Um eficaz sistema de igualdade de oportunidades confirmaria essa possibilidade.

Uma cultura de eficiência, de premiação do sucesso e de responsabilização levar-nos-ia ao bom caminho.

Primeiro será preciso, para que esse mandato surja, explicar aos cidadãos o que é necessário fazer para o país enriquecer com benefícios para todos.

Segundo, esclarecer que não se pode esperar por melhor saúde, justiça ou educação sem o acréscimo de valor que não temos sabido criar.

Terceiro, mostrar que só há desenvolvimento se as empresas assegurarem o crescimento económico do país. É condição imprescindível.

De facto, o crescimento sustentado depende do aumento das produtividades, o que requer mais iniciativa e muito mais investimento produtivo.

E, para mais investimento, é necessário poupar, otimizar os nossos recursos e haver a visão de retornos atraentes. Todas as mães de família sabem isto, qualquer português o percebe se for bem explicado.

Este livro é um desafio às nossas elites e um Manifesto para a Produtividade.

Título: Voltar a Ler
Alguma Crítica Reunida (Sobre Poesia, Educação e Outros Ensaios)
Autor: António Carlos Cortez
Coleção: «Fora de Colecção» 
N.º de Páginas: 412 
Categoria: Ensaio

Porque a literatura é um compósito complexo de signos que nega a ditadura do banal em que estamos imersos e, na sua expressão máxima, a poesia, se insurge contra as palavras gastas dum quotidiano asfixiante, eis porque ela é incompreendida, ou rechaçada para territórios periféricos ao debate político.

Agitar as águas do real, essa é a suprema função da arte e – como a História comprova – a dúvida é um espinho que se crava fundo na certeza dos moralistas. É a dúvida e o princípio do incerto que mobiliza também este voltar a ler, pois foi sempre no gesto da releitura que se perceberam melhor certas ideias e caíram por terra certos preconceitos. Voltar a ler é abertura, compreensão, partilha.


Num livro sobre poesia portuguesa moderna e contemporânea, sobre ensaístas portugueses e temas relativos à educação e a outros temas de cultura, António Carlos Cortez dirige-se aos professores e aos pais, quer convocar alunos e investigadores, todos quantos não querem e não cedem ao tempo dos «burrocratas». Um livro para voltar a ler.

Título: O Benefício da Dúvida - Impertinências de Antes e Depois de Abril de 74
Autor: Joaquim Silva Pinto
Coleção: «Fora de Colecção» 
Preço: 17,00 € 
Categoria: Ensaio

Impertinências de antes e depois do marco his­tórico da Revolução apresentadas com irreverên­cia, ironia, sentido crítico e desassombro polémico.

Como nasceu uma confederação sindical, es­cutas da ex-Pide a membros do Governo, ambien­te que precedeu o 25 de Abril, episódios pouco conhecidos da eleição e da reeleição de Mário Soares, quezílias e atropelos no PS, evolução dos costumes, confronto entre o antes e o depois de Abril, democracia versus demagogia na encruzi­lhada entre desalento e esperança.

Testemunhos autênticos, nalguns casos reto­cados para ficarem paradoxalmente mais verda­deiros.

Título: Compreender o Mundo e Actualizar a Igreja - Grandes Textos do Padre Manuel Antunes, sj
Autor: José Eduardo Franco e Luís Machado de Abreu
Coleção: «Fora de Colecção» 
N.º de Páginas: 300 
Categoria: Ensaio

Nos textos aqui reunidos, o mais apreciável e decisivo, creio, é o modo como essa (...) erudição se enraíza no aqui e no agora e se compromete numa racionalidade dialógica com o mundo do seu tempo e que é também o momento existencial do encontro com o outro. Muitos dos seus textos sobre a igreja ou sobre o mundo (...) respondem a questões concretas que a inteligibilidade da época ou os sinais dos tempos impunham, mas porque neles perpassa um enriquecida consciência (...) da ampla cultura, as suas reflexões, sem trair a fidelidade ao que é do tempo, ultrapassam-no, constituindo-se interlocutores privilegiados para nós e para homens que hão de vir. (...) As páginas aqui reunidas ajudam-nos a ver mais claro, convidam-nos, porfiadamente, a olhar a vida, pensando-a, e a pensar a vida, vivendo-a. Só isso é imensa herança.» J. PEDRO SERRA, do Prefácio

«Manuel Antunes não foi o único despertador de energias adormecidas a apelar à consciência dos homens bons e a propor linhas de rumo para a cidadania participativa, esclarecida e militante. Mas soube condensar, porventura como mais ninguém, com incomparável empenho e clareza um plano de salvação colectiva feito de propostas tão simples como decisivas para a construção do futuro.» J. EDUARDO FRANCO e L. MACHADO DE ABREU, da Introdução

Título: O Motim
Autor: Miguel Franco
Coleção: «Fora de Colecção» 
N.º de Páginas: 124 
Preço: €11,00 
Categoria: Dramaturgia
Inventa-se um crime. Forjam-se culpados. Simula-se um julgamento. Reais são o sangue e a morte. Dezenas de homens e de mulheres enforcados por serem ingénuos e humanos.
Crime verdadeiro é o do despotismo que governa.
Esta é a situação – desenrolada no século XVIII – a partir da qual Miguel Franco constrói uma alegórica vigorosa, admirável peça de teatro.
Grito de liberdade, protesto contra todas as tiranias, tocando profundamente o leitor ou o espectador, O Motim é uma obra intemporal.
Editado originalmente por Publicações Europa-América na colecção icónica «Os Livros das Três Abelhas», a peça foi então considerada pelo crítico muito exigente que era João Gaspar Simões «uma das obras mais importantes da dramaturgia portuguesa moderna».
Posta em cena pela Companhia Nacional do Teatro de D. Maria II, a representação de O Motim foi proibida pela Comissão de Censura da Ditadura depois de duas representações...
Miguel Franco foi considerado por Luiz Francisco Rebello, na História do Teatro em Portugal, o representante mais importante da dramaturgia histórica na década de 1970.

Título: A Balada de Adam Henry
Autor: Ian McEwan
Colecção Obras de Ian McEwan 
N.º de Páginas: 192 
Preço: 14,00 €
Categoria: Romance

AGORA NOS CINEMAS. Veja o trailer aqui – https://www.youtube.com/watch?v=SrL1kF5Q4tU&feature=youtu.be

Estreia a 20 de Setembro

Trata-se de um romance que tem como personagem central Fiona Maye, uma juíza proeminente do Supremo Tribunal, que julga casos do Tribunal de Família. É bem sucedida profissionalmente, mas nem tudo lhe corre pelo melhor. Ao remorso latente por nunca ter tido filhos, junta-se a crise num casamento que dura há trinta anos. Ao mesmo tempo que tem de enfrentar um casamento onde a relação com o marido está a desmoronar-se, é chamada a julgar um caso urgente. Por razões religiosas, um bonito rapaz de dezassete anos, Adam, recusa o tratamento médico. Sendo Testemunhas de Jeová, tanto ele como os familiares, rejeitam a transfusão de sangue que poderia salvar-lhe a vida. Deverá o tribunal secular sobrepor-se à fé sinceramente vivida? Enquanto procura tomar uma decisão, Fiona visita Adam no hospital. Esse encontro tem consequências para ambos, agitando sentimentos que estavam enterrados nela e despertando novas emoções nele.

Trata-se de um romance de elevada sensibilidade, em que MacEwan prova, mais uma vez, a sua mestria em escrever sobre a natureza humana e sobre temas de grande actualidade que motivam a reflexão.


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