sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O Escultor da Morte - Chris Carter [Opinião]

Título: O Escultor da Morte
Autor: Chris Carter
Editor: TopSeller
Páginas: 416

Sinopse:
Até a obra de arte estar completa, a morte vai ter de esperar.

Quando a enfermeira Melinda Wallis entra no quarto de um paciente a seu cuidado, mal pode imaginar aquilo que vai encontrar. Derek Nicholson, um importante advogado de Los Angeles, foi brutalmente assassinado. O homicida mutilou os seus membros e construiu com eles uma escultura. Chamado de emergência ao local do crime, o inspetor Robert Hunter não percebe as motivações por detrás de um crime tão hediondo. Especialmente porque Nicholson, que sofria de cancro em fase terminal, já não tinha muitas semanas de vida.

Quando um segundo corpo aparece num barco ancorado na marina de Los Angeles, o mistério adensa-se. Trata-se, agora, de um agente da polícia. E o macabro da cena repete-se, com o corpo decepado a criar uma escultura estranha.

Qual será a ligação entre as duas vítimas? Que significado terá a disposição dos seus corpos? O que estará o assassino a querer dizer? Um thriller vibrante e misterioso, com surpresas e revelações inesperadas ao virar de cada página.

A minha opinião: 
Se pensava que a escrita de Chris Carter não podia ser mais cruel e gráfica fiquei completamente de rastos com O Escultor da Morte. Os anteriores livros da série Robert Hunter já tinham tido a sua dose de crueldade q.b.

Carter mostra que não tem problema em criar cenários completamente macabros, mas cuja finalização nos leva, muitas vezes, a compreender a motivação do assassino.

Como nos é revelado na sinopse, Robert Hunter vai-se ver envolvido numa investigação deveras peculiar. A primeira vítima é uma advogado, que já estaria no leito da morte por padecer de um cancro em estado terminal. Indiferente a isso, o assassino entra em sua casa e sabendo que a vítima se encontra sozinha, e com requintes de malvadez, vai esquartejando-a aos poucos e depois desta morrer com os seus membros faz uma escultura.

Perante isto, uma dúvida nos assalta: se a vítima estava por dias porque é que o assassino se teria dado ao tanto trabalho?

As dúvidas começam a dissipar-se quando no dia seguinte aparece novo corpo.
Aparentemente, as vítimas não terão qualquer ligação, mas o modus operandi é o mesmo, o que leva Hunter a concluir que se encontra perante um assassino em série.

Hunter ganha cada vez mais força. Gosto da sua forma de trabalhar, mas também do facto de ser uma personagem cujo nível de cultura é elevado.

Neste livro vai ter como companheira uma personagem também extremamente inteligente, contudo não tirará o lugar de Garcia, que continuará a fazer com Hunter um par perfeito. A vida sentimental de Garcia em contraste com o isolamento de Hunter faz com que as personagens se complementem, imprimindo uma forma mais humanizada às mesmas.

Penso que Carter podia aproveitar a personagem feminina e colocá-la nos próximos livros. A série só tinha a ganhar.






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