Título: O Ano da Morte de Ricardo Reis
Págs.: 496
PVP: 17,70 €
Caligrafia da capa: Carlos Reis
O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago, regressa no dia 22 de setembro às livrarias numa nova edição da Porto Editora. Publicado pela primeira vez em 1984, é um dos romances mais lidos do Nobel português e está neste momento em cena, no teatro A Barraca, numa adaptação do encenador e dramaturgo Hélder Mateus da Costa. A caligrafia da capa desta edição é do Professor Carlos Reis.
Sobre O Ano da Morte de Ricardo Reis, disse José Saramago ao Jornal de Letras, Artes e Ideias: «Neste livro nada é verdade e nada é mentira.
Não é verdade que Ricardo Reis tenha existido. Mas é verdade que se ele tivesse existido tinha sentido atribuir-lhe essa vida a partir da obra que deixou e dos dados que Fernando Pessoa nos deu dele. Mas é também verdade que Fernando Pessoa já não estava vivo nessa altura.
E no entanto é verosímil. Não está vivo mas entra na história. Nada é mentira e nada é verdade no livro.»
Sinopse:
Um tempo múltiplo. Labiríntico. As histórias das sociedades humanas.
Ricardo Reis chega a Lisboa em finais de dezembro de 1935. Fica até setembro de 1936. Uma personagem vinda de uma outra ficção, a da heteronímia de Fernando Pessoa. E um movimento inverso, logo a começar: «Aqui onde o mar se acaba e a terra principia»; o virar ao contrário o verso de Camões: «Onde a terra acaba e o mar começa.»
Em Camões, o movimento é da terra para o mar; no livro de Saramago temos Ricardo Reis a regressar a Portugal por mar. É substituído o movimento épico da partida. Mais uma vez, a história na escrita de Saramago. E as relações entre a vida e a morte. Ricardo Reis chega a Lisboa em finais de dezembro e Fernando Pessoa morreu a 30 de novembro. Ricardo Reis visita-o ao cemitério. Um tempo complexo. O fascismo consolida-se em Portugal.
Título: O Lagarto
Autor: José Saramago
Págs.: 24
PVP: 13,30 €
Xilogravuras: J. Borges
Livro será apresentado no FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos a 22 de setembro
A Porto Editora lança no dia 22 de setembro O Lagarto, um livro que une as palavras de José Saramago e as xilogravuras de J. Borges, mestre brasileiro de arte popular. Nesse dia, às 18:30, este livro será apresentado no FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos, numa sessão que inclui a inauguração da exposição com as matrizes em madeira das gravuras que constam no livro. Alejandro Schnetzer, editor que concebeu este projeto, estará presente na sessão.
O Lagarto é um conto breve incluído em A Bagagem do Viajante (1973), volume que reuniu as crónicas escritas por José Saramago para o diário A Capital e para o semanário Jornal do Fundão. A história narra o aparecimento, no Chiado, de um misterioso lagarto, cuja presença surpreende os transeuntes e mobiliza os bombeiros, o exército e a aviação.
«Saramago conhecia e gostava muito do trabalho de J.Borges (...) dizia que para ele J.Borges compreendia e explicava o mundo de forma aparentemente simples e ao mesmo tempo profunda. Este Borges aproximava-se, para Saramago, dos seus avós na forma de olhar o mundo. Além disso, Saramago tinha muito apreço pelos trabalhos de criação. Na sua mesa de trabalho, por exemplo, estava um crucifixo que um artesão lhe dera de presente após ler O Evangelho Segundo Jesus Cristo. Para ele não era uma homenagem a um homem crucificado mas sim ao homem que fez aquela peça e que a compartilhou. Criar é compartilhar, e agora dois Josés presenteiam-nos com uma obra que deve ser compartilhada. Um grande presente.» Palavras de Pilar del Río ao Jornal do Commercio, do Brasil, a propósito do livro.
Sobre o autor:
Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, traduzidas em todo o mundo. José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.
Sobre o ilustrador:
José Francisco Borges nasceu em Bezerros (Pernambuco, Brasil) no ano de 1935. Aos 20 anos começou a vender cordéis nas feiras. Em 1964 assinou o seu primeiro trabalho autoral. Tornou-se gravurista para ilustrar os cordéis que produzia. Durante a vida escreveu algumas centenas de cordéis. Ilustrou o livro As palavras Andantes, de Eduardo Galeano, e expôs o seu trabalho em vários lugares do mundo, entre eles EUA, Suíça, França, Alemanha, Venezuela, Itália e Cuba. Em 2006 recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, outorgado pelo Governo do Estado. Atualmente vive na sua cidade natal, num local que foi transformado num espaço artístico, o Memorial J.Borges, onde ensina a arte da xilogravura aos mais novos.
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