terça-feira, 28 de junho de 2016

Pequenos Vigaristas - Gillian Flynn [Opinião]

Título: Pequenos Vigaristas
Autor:
Gillian Flynn
Género: narrativa curta
N.º de páginas: 80
PVP: 9,90

Sinopse
Uma jovem astuta tenta sobreviver num universo marginal, mas sobretudo inofensivo. Numa manhã chuvosa de abril, está a ler Palmas Espirituais quando chega a Susan Burke. Excelente observadora do comportamento humano, a nossa narradora faz imediatamente o diagnóstico: uma mulher rica e infeliz, ansiosa por um pouco de drama e de emoção. Mas quando vai visitar a estranha casa vitoriana onde Susan vive, e que é a causa do seu terror e angústia, percebe que talvez já não seja preciso fingir que acredita em fantasmas… Miles, o enteado de Susan, também não ajuda. Não tarda a que os três se debatam para descobrir onde reside efetivamente o mal, e se existe alguma possibilidade de fuga.

A minha opinião: 
O conto não é, de todo, o meu género literário preferido. Mas como o livro era de Gillian Flynn fiquei muito curiosa e desejosa de começar a lê-lo.

Com um começo peculiar e até com algum humor à mistura, depressa me apaixonei pela personagem principal, uma jovem que, desde muito nova teve de aprender a fazer pela vida, já que a mãe dela era uma delinquente, pedinte, cuja única ordem que dava à filha desde pequena era que ela pedisse, e pedisse bem.

"Quer dizer, eu preferia ser bibliotecária, mas preocupa-me não ser um trabalho estável. Os livros podem ser temporários; as pilas são para sempre." pag. 19

Astuta e ambiciosa, a protagonista passa de pedinte a masturbadora de homens. Função que, mais tarde, acumula com a de vidente. Dotada de uma excelente capacidade para ludibriar os outros, a personagem consegue sair-se bem. Até que conhece Susan Burke e o seu enteado.

Quando descobre que o mal estar de Susan Burke pode estar na casa vitoriana, ou no seu enteado sociopata, a vigarista não consegue disfarçar. Dividida entre quem acreditar, entra numa espiral de medo.

Apesar de curto, e de deixar o final em aberto, (o que pode deixar alguns leitores desagradados) eu adorei este "Pequenos Vigaristas", um conto escrito a pedido de George R. R. Martin para ser parte integrante da antologia “Rogues”.

Com três personagens complexas, ambíguas, e com uma história um tanto ou quanto dúbia, o que imprime um interesse ainda maior à narrativa, eu simplesmente adorei este livro e só posso recomendar. E o final em aberto que nos deixa a pensar sobre o final da trama ainda lhe dá maior realce.
Muito bom.




3 comentários:

Paulo Pires disse...

Maria,

para mim o desfecho (ou a falta dele) é a cereja no topo do bolo. ;)

Maria Manuel Magalhães disse...

Concordo Paulo :)

Jardim de Mil Histórias disse...

Olá!
O género também não é o meu preferido, mas fiquei com curiosidade em ler :)
Beijinhos e boas leituras

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