Autor: Roger Crowley
Título Original: Conquerors: How Portugal Forged the First Global Empire
Tradução: Jorge Freire
Páginas: 304
Coleção: Diversos Ensaio N.º 34
PVP: 18,50€
Sinopse:

A minha opinião:
No início do século XV Portugal via-se com sérias dificuldades na sua subsistência. Tinha falta de cereais e ouro e tinha uma necessidade enorme de alargar a sua área de pesca. O desejo de expandir o comércio e de espalhar a fé cristã por outros países, sobretudo pelos países, levou os Portugueses a criar o primeiro império global.
Em 1415 conquistam Ceuta, norte de África.
"Em agosto de 1415, uma frota portuguesa atravessou o Estreito de Gibraltar e atacou o porto muçulmana de Ceuta, em Marrocos, um dos pontos mais fortificadas e estratégicos de todo o Mediterrâneo."

Pelas palavras de Crowley vamos acompanhando as conquistas dos portugueses, relembrando algumas coisas que já conhecemos, aprendendo outras que não sabíamos de uma forma interessante e envolvente.
Crowley retratou o povo português como empreendedor, obstinado e que aproveitou as fraquezas de outros para poder enriquecer. Até dos vizinhos espanhóis, quando expulsaram de Espanha diversos judeus.
"Entre os refugiados estava o astrónomo e matemático judeu Abraão Zacuto, cuja criação de uma astrolábio náutico e de um livro de tabelas para permitir determinar a posição dos corpos celestes viria a revolucionar a navegação marítima."
E é no reinado de D. João II que se dá a grande parte das descobertas que culminará com D. Manuel I. D. João II morre sem conseguir descobrir o caminho marítimo para a Índia, mas consegue grandes progressos. Bartolomeu Dias passa o Cabo da Boa Esperança , o Tratado de Tordesilhas é assinado entre Portugal e Espanha, tudo isso é retratado e bem retratado por Crowley. O autor não se esquece da importância de Pêro da Covilhã e de Afonso de Paiva, exploradores portugueses, na sua missão pelo oriente.
Com D. Manuel I vem a descoberta do caminho marítimo para as Índias, E Afonso de Albuquerque um homem motivado e movido pelo sonho que partilhava com o reu de destruir o Islão, parecendo que tinha pouco tempo para o fazer. A figura central do livro seria mesmo Albuquerque, pelo menos a mais forte, mostrando-se uma personagem extremamente importante para a época, tendo as suas acções militares e políticas sido foram determinantes para o estabelecimento do Império Português no oriente.
Apesar de todo o seu feito e da sua estratégia militar em ter procurado fechar todas as passagens navais para o Índico, foi destituído de governador por D. Manuel I, o que o deixou desiludido com o monarca, morrendo pouco tempo depois.
«Os meus pecados certamente são grandes para o rei. Condena-me pelo amor pelos homens, e os homens condem-me pelo amor que tenho ao rei.»
Muito bom.
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