segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Planeta: Novidades Janeiro 2014

FICÇÃO NACIONAL
Título: Cidade Proibida
Autor: Eduardo Pitta
N.º de Páginas: 144
PVP: 14€
Disponível a partir de 23 de Janeiro

Sete anos depois da primeira publicação, regressa finalmente às livrarias Cidade Proibida, um romance desassombrado que retrata com intensidade e mestria o universo gay, o prazer erótico e a transgressão.
Uma história de amor e sexo passada em Lisboa, entre um filho de muito boas famílias, da melhor sociedade lisboeta, e um inglês que aqui trabalha como professor.
Com a homossexualidade como pano de fundo, Eduardo Pitta retrata neste romance singular uma Lisboa de privilegiados, onde o amor ocupa um lugar sempre periclitante.

«Como era diferente a sua vida antes de o conhecer! Como tantos  ingleses residentes em Lisboa ou arredores, utilizava o comboio da linha de Cascais, lia o Guardian ou o Sunday Times, jogava snooker depois das aulas, frequentava um bar irlandês no Cais do Sodré e uma esplanada no Príncipe Real e, quando calhava, engatava homens em sítios inesperados. Nunca nos locais tradicionais de cruising, porque não os frequentava e por saber de antemão o tipo de homem que encontraria nesses sítios. Por temperamento mantivera-se afastado da gay scene portuguesa. Era um estrangeiro, o outsider perfeito. Martim foi um acaso, um encontro fortuito, um passe de mágica num intervalo londrino. Mas depois de o conhecer tudo mudou.» Excerto do livro

«(…) Estamos perante um romance gay, mas que funciona sempre também como um romance social, podendo ser lido em ambos os registos. (…) Uma das qualidades deste romence consiste precisamente em saber que o amor e o sexo costumam ser territórios difíceis e angustiantes, causadores de prazer, mas  também de uma grande dose de sofrimento, tanto para homo como para heterossexuais. (…)» Fernando Pinto do Amaral, Prefácio

Cidade Proibida é o retrato de uma certa Lisboa, na actualidade. Uma cidade onde Rupert e Martim decidem viver juntos, mesmo que o tenham de fazer num meio tradicional, endinheirado e snob que poderá vir a cavar um fosso irremediável entre ambos. Mas o encontro que mudou a vida dos dois justifica esse desafio. Rupert é inglês e está em Lisboa como professor. Martim nasceu e estudou no Estoril, doutorou-se em Oxford e mantém uma assessoria régia numa holding de comunicação. É em Londres, que Rupert conhece Martim. De regresso a Portugal, Rupert troca o seu modo de vida pelo de Martim. Por seu intermédio, acede a um meio que lhe é completamente estranho, o das famílias tradicionais com casa no Estoril e assento em poderosos conselhos de administração.
Contrariado, vê-se obrigado a privar com homens arrogantes com quem Martim estava habituado a programar temporadas de ópera em Nova Iorque e Salzburgo, carnavais em Veneza e compras em Milão. Rupert sabe que não faz parte desse mundo. Tudo visto, a única cedência de Martim foi ter concordado em deixar o gato em casa da mãe para irem viver juntos. No resto, manteve-se inflexível. E um certo alheamento da realidade fez com que levasse tempo a perceber que a história de ambos era atravessada por zonas de sombra...

O QUE DIZ A CRÍTICA

«Em Cidade Proibida deparamos com um fresco ao mesmo tempo minucioso, cruel e desencantado da sociedade portuguesa contemporânea. [...] Não tenho dúvidas aliás de que Cidade Proibida, se Pitta fosse inglês, seria facilmente candidato ao Booker. Mas será que teria (ou terá) hipóteses, em Portugal, de ganhar um merecido prémio da APE?» José Mário Silva, Diário de Notícias
«A obra de Eduardo Pitta é corajosa, desassombrada, inteligente, clara e escrita com paixão e sabedoria. É difícil, na Literatura Contemporânea, ler um bom livro em que se fala livre e fulgurantemente de sexo, do prazer erótico e da transgressão. E, também, da perda. Eduardo Pitta fá-lo com a mestria de um grande narrador.» Helena Vasconcelos, Público
«Em foco, o romance Cidade Proibida, estreia produtiva de Eduardo Pitta na ficção de longo fôlego, decisiva contribuição à consolidação do relato de contorno gay em Portugal.» Edgard Pereira,  Colóquio-Letras
“Acabei de reler o primeiro romance de Eduardo Pitta: Cidade Proibida. A impressão inicial mantém-se: do ponto de vista formal, este livro é uma raridade em Portugal. Pitta sabe contar uma história. A fluidez narrativa é a técnica literária mais difícil de encontrar na prosa portuguesa, ainda e sempre marcada por obscuras divagações metafísicas. Pitta tem outra característica invulgar entre nós: as suas frases são enxutas e limadas até ao limite. Pitta é um grande poeta, mas é na prosa que poderá marcar a diferença. Cidade Proibida é um bom romance de alguém que revela potencial para escrever grandes romances.” Henrique Raposo, Expresso
«Com uma tessitura que atravessa mais de 40 personagens, Cidade Proibida é uma história com muitas histórias lá dentro. [...] O sexo é apresentado a cru, os tiques mostrados sem contemplação, a História portuguesa recente mencionada sem pruridos ou filtros de boa consciência. Por tudo isto, obra de «género» ou não, Cidade Proibida é um romance igual a poucos.» João Villalobos, Blitz

Sobre o autor:
Nasceu em 1949. É poeta, escritor, ensaísta e crítico. Tem poemas, contos e ensaios publicados em revistas de Portugal, Brasil, Espanha, França, Itália, Colômbia, Inglaterra e Estados Unidos. Entre 1974 e 2013 publicou dez livros de poesia, uma trilogia de contos, um romance, cinco volumes de ensaio e crítica e dois diários de viagem.
Em 2008, adaptou para crianças O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queiroz. Os títulos mais recentes são Desobediência (2011), Cadernos Italianos (2013) e o volume de memórias Um Rapaz a Arder (2013). Participou em congressos, seminários e festivais de poesia em Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Colômbia. É colunista da revista LER, crítico literário da revista Sábado e autor do blogue Da Literatura.
Tudo sobre o autor em www.eduardopitta.com 

FICÇÃO ESTRANGEIRA
Título: Flavia De Luce e a Bola de Cristal da Cigana
Autor: Alan Bradley
N.º de Páginas: 376
PVP: 18,85€
Disponível a partir de 23 de Janeiro

O terceiro livro da premiada série de investigação, protagonizada pela jovem detective Flavia de Luce, envenenadora de irmãs, que gosta de se deslocar de bicicleta.

Uma série policial para adultos, inesquecível e um fenómeno de vendas internacional, com a assinatura de um grande mestre do crime, autor do best-seller A Talentosa Flavia de Luce.

«Uma das séries de detectives mais deliciosas e inteligentes jamais escritas.» Chicago Sun-Times

Alan Bradley, o autor canadiano que tem recebido numerosos prémios pelos seus livros, entre eles o prestigiado Debut Dagger Award e o Agatha Award 2009, regressa ao nosso convívio com um novo e sedutor romance policial sobre a encantadora, a insidiosamente esperta, a fleumática detective de 11 anos que dá pelo nome de Flavia de Luce.
O autor usa os cenários do século XIX e as ferramentas limitadas da polícia para construir uma investigação «à Sherlock Holmes».
Flavia de Luce é brilhante, aos 11 anos esta heroína é apaixonada por química e tem como hobby pesquisar venenos e atormentar as duas irmãs mais velhas. Tem um laboratório muito bem equipado. Talvez por tudo isso, ou devido a uma curiosidade acima do normal adora desvendar crimes.
Vive com o pai e as irmãs na antiga mansão Buckshaw, e apesar da personalidade forte e solitária (a única amiga é a bicicleta, Glayds), é no fundo, uma jovem solitária que nunca se conformou com a morte da mãe que mal conheceu, e que não se consegue interessar-se pelas mesmas coisas que as irmãs – que só querem saber de roupas, maquilhagens e namorados. O pai é um viúvo que ainda sofre com a perda da mulher, e que se isola no escritório com sua preciosa colecção de selos, sem dar importância com o que se passa à sua volta. A história deste terceiro livro começa com um crime antigo, que nunca foi considerado como tal e um novo, o que leva Flavia a conseguir interligar os dois.
Durante a quermesse de Bishop’s Lacey, Flavia pediu a uma cigana que lhe lesse a sina, mas não estava à espera de, horas mais tarde, já de madrugada, ir encontrar a pobre mulher mergulhada numa poça de sangue no interior da sua caravana. Teria sido um acto de vingança, perpetrado por algum habitante da terra, convencido de que, anos antes, a cigana raptara e levara consigo uma criança da aldeia?
Flavia é menina para compreender bem o doce sabor da retaliação; com efeito, a vingança é um passatempo com que não pode deixar de se deliciar quem tem duas irmãs mais velhas, ambas odiosas. Mas qual será a relação entre este crime e a criança desaparecida?
À medida que as pistas se vão acumulando, Flavia terá de as analisar com todo o cuidado, a fim de desembaraçar uns dos outros os fios negros de actos e segredos do passado. Alain Bradley está a preparar a adaptação desta série para a televisão com o conhecido realizador Sam Mendes. Flavia de Luce e a Bola de Cristal da Cigana, foi considerado pelo site da famosa apresentadora norte-americana Oprah como um  dos «9 Mistérios que Todas as Mulheres Inteligentes Devem Ler.»

O QUE DIZ A CRÍTICA
«Uma das criações mais notáveis da literatura actual.» USA Today
«Um divertimento completo. A reconstrução da época é maravilhosa, mas o que mais delicia é a cintilante narrativa de Flavia.» Publishers Weekly
«Só quem não gosta de heroínas jovens e precoces, dotadas de um vocabulário notável e de uma coragem plena de audácia, é que pode não gostar deste livro incrivelmente divertido. Ficamos à espera de mais, pela mão do talentoso Bradley.» Booklist
«Bradley pega naquilo de que o leitor está à espera e subverte-o, presenteando-nos com um mistério inteligente, irreverente e muitíssimo dinâmico.» Entertainment Weekly

Sobre o autor:
Alan Bradley nasceu em Toronto, e cresceu em Cobourg, Ontário. Formou-se em engenharia electrónica, e trabalhou em várias estações de rádio e televisão, em Ontário, antes de se tornar director de Engenharia de Televisão. Resolveu dedicar-se à escrita e publicou vários livros infantis antes de se resolver a escrever para adultos A Talentosa Flavia de Luce que se tornou de imediato um fenómeno. Ganhou entre outros, o prestigiado prémio Debut Dagger Award e o Agatha Award 2009, um galardão que distingue escritores de policiais, seguidores do estilo de Agatha Christie. Visite o sítio de Alan Bradley, www.flaviadeluce.com.

Título: O Filho Perdido de Philomena Lee
Autor: Martin Sixsmith
N.º de Páginas: 488
PVP: 20,95€
Disponível a partir de 23 de Janeiro

Uma história verídica e trágica que serviu de inspiração para o filme Filomena que vai estrear em Fevereiro, protagonizado por Judi Dench.

«Uma história extraordinária de uma mulher extraordinária. A história de Philomena é especial. Revela um ser humano notável com uma coragem surpreendente e uma vontade soberana em perdoar. Espero que a busca heróica de Philomena e sua coragem ao permitir que a sua vida seja contada traga conforto a todos os que sofreram um destino semelhante.» Judi Dench

Esta é a história de Philomena – e a história do seu filho Michael, que morreu antes de saber que a mãe nunca deixou de amá-lo e de procurar por ele, durante cinquenta anos. Trata-se de uma história de vidas marcadas pela hipocrisia e pelo secretismo, uma narrativa convincente e fascinante sobre amor e perda humanos – pungente, no fundo, porém redentora.

«Uma história pungente de uma adopção forçada e as suas consequências.» Kirkus Reviews
«O livro de Martin Sixsmith esquadrinha o desgosto de uma mulher com contenção, moderação e sensibilidade.» Independent on Sunday
«A comovente história de uma mãe e da sua busca de cinquenta anos pelo filho.» Sunday Time

Enquanto adolescente na Irlanda de 1952, Philomena Lee engravidou e foi enviada para um convento – uma «mulher perdida, caída em desgraça».
Durante três anos depois do nascimento do filho, cuidou dele naquele lugar. Depois a Igreja levou-o de si e vendeu-o, a exemplo de inúmeras outras crianças, para a América, onde foi adoptado. Durante cinquenta anos Philomena procurou encontrar o filho mas nunca soube para onde foi. Sem saber que ele também a procurou toda a vida. O filho, Michael Hess, nome dado pela família adoptiva, tentou procurar a mãe, mas a Igreja negou-lhe informações, pois receava a descoberta do macabro negócio de venda de crianças. Michael foi um advogado de renome, conselheiro jurídico do presidente Bush, que acabou por morrer vítima de sida. Este escândalo, quando foi descoberto, abanou os alicerces da Igreja Católica e embora, tenham pedido publicamente perdão às mães a quem venderam os seus bebés, sofreram a vergonha também pública de não serem perdoados.
Soberbamente contada por Martin Sixsmith, esta é uma história de que irá tocar o coração dos leitores, pois confirma que, mesmo na tragédia, o laço entre uma mãe e um filho nunca pode ser quebrado e o amor encontrará sempre um caminho.

Sobre o autor:
Martin Sixsmith nasceu em Cheshire e frequentou as universidades de Oxford, Harvard e a Sorbonne. Entre  1980 e 1997 trabalhou para a BBC, como correspondente em Moscovo, Washington, Bruxelas e Varsóvia. Entre 1997 e 2002 trabalhou para o Governo Britânico como Director de Comunicações. Actualmente é escritor, apresentador e jornalista.






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