quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Quetzal: Austeridade - A História de Uma Ideia Perigosa, de Mark Blyth, a 18 de outubro nas livrarias

Título: Austeridade – A História de Uma Ideia Perigosa
Autor:
Mark Blyth
Género: Ensaio / Economia / Atualidade
Tradução: Freitas e Silva
N.º de páginas: 348
Data de lançamento: 18 de outubro
PVP: 17,70 €

Ler no Chiado, hoje, às 18h30, em parceria com o Jornal de Negócios. Partindo dos livros de Joseph E. Stiglitz e de Mark Blyth, Anabela Mota Ribeiro e Helena Garrido falam com António Nogueira Leite e Fernando Medina sobre Desigualdade e Austeridade.
Hoje em dia, tanto na Europa como nos Estados Unidos, criticam-se os gastos do Estado como se a causa da deterioração da economia fossem apenas o desperdício e a irresponsabilidade dos governos. E para a solução da crise financeira, implementaram-se políticas draconianas de corte orçamental como uma espécie de castigo sobre os cidadãos, que são acusados de terem vivido acima dos seus meios e possibilidades – e que agora terão de “apertar o cinto”.
Esta visão esquece – muito convenientemente – a origem do endividamento, que não foi a orgia despesista do Estado, mas sim o resultado direto do resgate e da recapitalização do sistema bancário. Através destas operações, a dívida privada passou a ser dívida pública, e, enquanto os verdadeiros responsáveis deste processo saem impunes, o Estado arca com a culpa e os contribuintes carregam o fardo do aumento de impostos, do desemprego e da perda de direitos fundamentais.
Para o economista e professor Mark Blyth, a viragem global para as políticas de austeridade é uma ideia muito perigosa. Em primeiro lugar, não funciona. Como os últimos quatro anos e exemplos históricos do último século o demonstram, a tentativa do Estado em conter a despesa barrando os caminhos do crescimento até pode ter algum resultado prático, mas nunca quando todos os países o praticam em simultâneo – isso só leva à recessão global.
Em segundo lugar, pedir aos inocentes (os cidadãos, os contribuintes) que paguem pelos erros dos culpados (os Estados, os grandes bancos) é sempre má política. Em terceiro lugar, a receita da austeridade apenas enriquece os ricos, não traz prosperidade para todos, contraria o princípio da igualdade de oportunidades e só leva à pobreza e à desigualdade social.
Ou seja: estaremos dispostos a pagar o custo da austeridade?

Sobre o autor:
Mark Blyth nasceu em Dundee, na Escócia, em 1967. Foi professor da Universidade Johns Hopkins entre 1997 e 2009, tendo terminado o doutoramento em Ciência Política na Universidade de Columbia em 1999. É autor de vários livros e atualmente professor catedrático de Economia Política




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