Autora: Juliette Benzoni
N.º de Páginas: 248
PVP: 17,76 €
Este livro conduz-nos por noites secretas e nunca reveladas e que, por vezes, mudaram o curso da História.
Noites dos Grandes. Mas talvez também as nossas. Todos podemos reencontrar as nossas experiências e confrontar as nossas decepções e sonhos. Muito já se publicou sobre o casamento. Mas pouco, ou quase nada, sobre os momentos íntimos no segredo das alcovas depois das cerimónias oficiais.
Juliette Benzoni, historiadora e romancista, soube encontrar o fio condutor dos escritos e memórias de várias personagens da História, desde noites de núpcias de deuses, de reis a príncipes. Noites grandiosas de Alexandre, o Grande, noites resignadas de Luís XVI, noites reticentes, noites de lágrimas, noites estranhas, noites entusiastas e desesperadas. Noites dramáticas, da tenda de Átila, o Huno ao quarto de Mayerling, que terminam em amor ou ódio instilados no sangue.
Depois do sucesso de Mataram a Rainha! e O Quarto do Rei, chega agora o terceiro livro, editado pela Planeta, de Juliette Benzoni, considerada uma figura de primeiro plano no romance histórico do século XIX, tendo vários livros convertidos em séries televisivas e em filmes.
A minha opinião:
Depois de Mataram a Rainha! E o Quarto do Rei esperava mais do terceiro livro, editado pela Planeta. Apesar de não ter desgostado de estar “presente” Na Cama dos Reis, não fiquei arrebatada pela sua leitura. Talvez porque a narrativa se tornou um pouco repetitiva (mais do mesmo), talvez por ter faltado reinados importantes para a época, como o português...
Como é sabido, os casamentos reais nunca tiveram o amor do casal. Arranjados ainda quando o futuro rei era uma criança, os casamentos eram meros contratos entre as casas reais vigentes, de forma a reforçar a política europeia, e deixavam o amor completamente de lado. Daí surgirem constantes intrigas palacianas, amores proibidos, e assassinatos cruéis. A maior parte das vezes os noivos apenas se conheciam no altar, com o visionamento de um retrato prévio da noiva e do noivo, a maioria das vezes favorecido sobremaneira, pelo que quando se viam de facto, a maioria dos cônjuges apanhava uma real desilusão.
O livro é enriquecido com episódios curtos sobre a noite de núpcias tanto da realeza como também de deuses (estes últimos relatados na primeira parte do livro).
Com maior incidência na corte francesa Benzoni conta aos leitores a primeira noite de Napoleão, Luís XIV, XV e XVI, umas noites mais dramáticas, outras mais arrebatadoras e outras de total indiferença. Muitas dessas noites e as que seguiam serviam unicamente para dar um herdeiro à coroa, fazendo-o os reis e rainhas com total obrigação. A autora não esqueceu ainda a noite de núpcias de Napoleão e do período que antecedeu o casamento, da qual gostei bastante.
Excerto:
"Na época não era moda ser-se bom pai ou bom marido."
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