quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Biografia "Mário Soares. Uma vida" de Joaquim Vieira, chega amanhã às livrarias

Pela mão do Joaquim Viera chega agora a primeira biografia de Mário Soares. Após vários anos de investigação e entrevistas ao próprio, a amigos e inimigos, o jornalista Joaquim Vieira traça-nos a história dos momentos marcantes da sua vida politica e pessoal, revelando algumas sombras e momentos mais controversos, como o «fax  de Macau».

Um livro indispensável para conhecer o homem que é considerado um dos grandes nomes do Séc. XX português e o pai da democracia portuguesa.

Sinopse:
A carreira política de Mário Soares não se compara, na realidade, com a de nenhum outro português. No seu currículo conta com 70 anos de vida política ativa. Durante este período foi: cabeça de lista ou em nome individual, disputou 10 atos eleitorais, dos quais venceu seis (constituintes de 1975, legislativas de 1976 e 1983, presidenciais de 1986 e 1991 e europeias de 1999) e perdeu quatro (legislativas de 1969, 1979 e 1980 e presidenciais de 2006). Não admira, por isso que Mário Soares seja considerado um nome maior do século XX português e o pai da democracia portuguesa. Hoje, aos 88 anos, continua a ser uma voz ativa na política, considerada pela sociedade civil. Um verdadeiro senador. A apetência pelo poder nasceu cedo, estimulada por uma educação de príncipe que parecia programá-lo para o destino que viria a ter. Mas o seu período de formação decorreu contudo em ambiente hostil, no qual teve de enfrentar a cadeia por 12 vezes. Teria sido mais fácil abandonar os desígnios políticos e enveredar por uma carreira profissional estável e próspera como advogado. Resistiu. Ganhou fibra, a mesma que viria a manifestar em diferentes situações ao longo da vida, como, por exemplo, na rutura com os comunistas, no lançamento de um movimento social-democrata em plena ditadura, no patrocínio jurídico à causa da família do assassinado general Humberto Delgado, na teimosa opção por uma candidatura separada do resto da oposição em 1969, na fundação do Partido Socialista, na liderança do movimento contra a radicalização no período revolucionário, na defesa da integração europeia de Portugal, na rutura com António Ramalho Eanes, ou nas opções para a revisão constitucional de 1982. Soares mostrou-se sempre à frente do seu tempo. Para os portugueses sempre foi o «Bochechas». O homem que todos gritavam na rua «Soares é fixe». Afinal, Soares não se portava como um político remetido ao seu Olimpo, mas como um português comum, com as suas dúvidas e hesitações, baralhando números e menosprezando estudos, capaz de dialogar de igual para igual tanto com príncipes como com plebeus, relevando da mesma maneira as cerimónias oficiais e os contactos de rua, sorrindo até nas mais adversas circunstâncias, bonacheirão, atencioso, incapaz de dispensar os melhores confortos, um bom almoço ou uma sesta retemperadora. Sempre foi o presidente de todos os portugueses. O jornalista Joaquim Vieira, depois de vários anos de investigação, e de entrevistas ao próprio biografado, a amigos e inimigos, traça-nos a história de uma vida complexa, com algumas sombras por revelar, como o caso do fax de Macau.  
Um livro fundamental não só para perceber o homem, mas também a História recente de Portugal
                                                                                      
Sobre o autor:
JOAQUIM VIEIRA, (n. Leiria, 1951), jornalista, ensaísta e documentarista, foi membro da direção de vários órgãos de informação (Expresso, RTP, Grande Reportagem). Assinou a série em 10 volumes Portugal Século XX – Crónica em Imagens (Círculo de Leitores) e dirigiu, para a mesma editora, uma coleção de 18 fotobiografias (de que escreveu os volumes sobre Salazar, Marcelo Caetano, Almada Negreiros e Benoliel) e Crónica de Ouro do Futebol Português (cinco volumes) e ainda, para a editora Tinta da China, A Nossa Telefonia – 75 anos de Rádio Pública em Portugal. Co-autor de Mataram o Rei! – O Regicídio na imprensa internacional (Pedra da Lua), República em Portugal! - O 5 de Outubro visto pela imprensa internacional (idem), Os Meus 35 Anos com Salazar (Esfera dos Livros) e da série juvenil Duarte e Marta (Porto Editora), escreveu Jornalismo Contemporâneo – Os Media entre a Era Gutenberg e o Paradigma Digital (Edeline), Mocidade Portuguesa – Homens para um Estado Novo (Esfera dos Livros), A Governanta (idem) e Só um Milagre nos Salva (Objectiva). Os seus mais recentes documentários intitularam-se Maior que o Pensamento (RTP1) e Os Mitos da República (RTP2). O seu trabalho foi reconhecido com diversos galardões. Tem dois filhos, nascidos em 1997 e 2004, que considera as suas melhores obras até à data.
 

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