sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Quetzal no XII Correntes D'Escritas

Faltam duas semanas e meia para a décima segunda edição do Correntes D’Escritas, organizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e a Quetzal marcará presença no mais importante encontro de literatura de expressão ibérica, desta vez com sete autores e seis livros novos aí lançados. E três deles à venda em exclusivo durante os primeiros dois dias, na Feira do Livro que decorre à margem do encontro - o público das Correntes será o primeiro a ter acesso a estes títulos.
Dois primeiros romances, o novo livro de um autor já conhecido do público português, e três romances traduzidos do castelhano, de dois espanhóis e uma cubana.

Paulo Ferreira Pedro Vieira Francisco Duarte Mangas, Alberto Torres Blandina José Manuel Fajardo Karla Suarez e Manuel Jorge Marmelo

Estes são os autores que ligam a Quetzal ao Correntes D’Escritas, à Póvoa do Varzim, ao mundo. Quinta-feira, dia 24, às 22 horas, no Hotel Axis Vermar são apresentados os livros da Quetzal, mas estaremos presentes em todo o encontro.


Coisas Que Nunca Aconteceriam em Tóquio, de Alberto Torres Blandina. Salvador Fuensanta é empregado de limpeza de um aeroporto e está às portas da reforma. Este lugar tão impessoal – onde trabalha há mais de vinte anos – e os milhares de pessoas desconhecidas que diariamente cruzam o seu posto vão desenvolver nele uma capacidade especial – a de modelar a realidade, recriando histórias e julgando adivinhar as vidas dos passageiros anónimos. Além disso, Fuensanta conhece muito bem as outras pessoas que trabalham no aeroporto: Sara, a empregada da cafeteria; Joana, que trabalha no quiosque; Pau, um artista inconformado que inventa um poeta finlandês para se tornar famoso e se apaixona por uma rapariga que sofre de amnésia em consequência de uma acidente aéreo. Assim, este mundo cheio de conversas e histórias soltas, inacabadas, reais, inventadas, que se mesclam a um ritmo alucinante, vai-se transformando num relato de contornos invulgares, em que cada história oculta ou revela uma outra história.

Alberto Torres Blandina nasceu em Valencia, em 1976. É ficcionista, professor de literatura, dramaturgo e vocalista do grupo Niñamala. Os seus dois primeiros romances foram finalistas de vários prémios literários, e Coisas Que Nunca Aconteceriam em Tóquio, traduzido agora para português, foi galardoado em 2007 com o prémio de romance Las Dos Orillas. Alberto Torres Blandina participa na 6ª mesa do encontro, “Espalho sobre a página a tinta do passado”, às 15 horas, do dia 25 de Fevereiro.

A Rapariga dos Lábios Azuis, de Francisco Duarte Mangas
A Rapariga dos Lábios Azuis é uma história de mistério e vingança. E também de amor e morte – a da jovem forasteira que não podendo consumar o seu amor se envenena (ou deixa envenenar). Uma narrativa a duas vozes (avó e neto) e em dois tempos (o século XIX e os nossos dias), afinada pelos gestos e ciclos do Homem e da Terra, pelo silêncio dos pauis, o rumorejar dos bosques, o murmúrio dos ribeiros. Francisco Duarte Mangas regressa com A Rapariga dos Lábios Azuis, memória de uma mulher segregada de oitocentos, que percorre grande parte do século vinte. Memória das árvores (“são como homens”), e das palavras – derradeiro afecto contra a barbaridade.

Francisco Duarte Mangas nasceu em Vieira do Minho, em 1960. É jornalista, poeta, ficcionista, com uma extensa e premiada bibliografia – Prémio Carlos de Oliveira, Prémio Eixo Atlântico de Narrativa Galega e Portuguesa e Grande Prémio de Literatura ITF. A Rapariga dos Lábios Azuis é o seu primeiro romance a ser publicado na Quetzal. Francisco Duarte Mangas participa na 7ª mesa do encontro, “A obra que faço é minha”, às 17h30, do dia 25 de Fevereiro, sexta-feira.

O Meu Nome é Jamaica, de José Manuel Fajardo
Dana Serfati e Santiago Boroní, velhos amigos, ambos historiadores, encontram-se em Telavive, no decurso de um congresso. Santiago passou há pouco tempo por uma tragédia e está num estado de instabilidade psicológica extrema. Dana, chocada com os acontecimentos recentes na vida de Santiago, cede à ternura. Os dois passam a noite juntos. Na manhã seguinte, Santiago parte para Safede e, a meio do caminho, aparentemente, enlouquece – começa a falar uma língua desaparecida e afirma chamar-se Jamaica. A chave deste mistério estará num documento antigo que Dana vai encontar. Entre Israel, Paris e Granada, entre o século XVII e os nossos dias, O Meu Nome é Jamaica é uma viagem alucinante e comovedora ao coração da História. As suas personagens vão conhecer o amor, a loucura e a violência dos nossos dias e vão mergulhar no relato apaixonante de um obscuro episódio do descobrimento da América – o mesmo acontecerá ao leitor.

José Manuel Fajardo nasceu em Granada em 1957. Foi jornalista e escreveu livros de contornos históricos até se dedicar por inteiro à ficção literária. O Meu Nome é Jamaica é o seu décimo livro publicado. José Manuel Fajardo vive actualmente entre Paris e Lisboa. José Manuel Fajardo participa na 8ª mesa do encontro, “Não há palavras exactas”, às 10h30, do dia 26 de Fevereiro, sábado e encontra-se com os alunos da Escola Secundária Eça de Queirós às 10h00 de dia 25, sexta-feira.

Havana, Ano Zero, de Karla Suárez
Pontos que se bifurcam no caos, emoções que se propagam na sociedade como objectos fractais até ao infinito. Em 1849 um italiano amigo de Garibaldi inventa um «telégrafo falante» em Havana. Chama-se Antonio Meucci e é um génio absolutamente desprovido de sorte. Uma série de infortúnios usurpa-lhe o direito ao reconhecimento histórico e Graham Bell passa para os anais da história como o pai do telefone. Até que em 1993, o ano zero de Cuba, o ano de todos os apagões e de todas as carências, o ano em que os sonhos e o sexo se convertem nos únicos desideratos e prazeres de uma sociedade agastada, duas mulheres e três homens decidem entregar-se à demanda de um documento que devolva o inventor ao pedestal onde merece estar. Um labirinto de vontades que confluem no objectivo de encontrar um manuscrito e divergem no fim que lhe pretendem dar.
Venda exclusiva na Feira do Livro na Casa da Juventude da Póvoa de Varzim de 23 de Fevereiro a 25 de Fevereiro.

Karla Suárez nasceu em Havana, em 1969. É licenciada em engenharia electrónica, profissão que continua a exercer. É autora de romances e contos e a sua obra está traduzida em vários idiomas. Algumas das suas obras foram adaptadas à televisão e ao teatro em Cuba e em França. Foi diversas vezes bolseira de criação literária, e em 2007 foi seleccionada entre os 39 jovens escritores mais representativos da América Latina. Depois de Roma e Paris, Karla Suárez vive actualmente em Lisboa. Karla Suaréz participa na 2ª mesa do encontro, “Eu começo depois da escrita”, às 10h30, do dia 24 de Fevereiro, quinta-feira.

Onde a Vida se Perde, de Paulo Ferreira
Seis meses de vida é tudo o que resta a Pedro para viver. A sua vida foi subitamente interrompida por um diagnóstico – uma sentença de morte: seis meses. O que pode, o que precisa de fazer nesses últimos dias? Não fará nada, senão cancelar as férias e organizar um jantar muito especial. Convidará quatro mulheres que são quatro percursos da sua caminhada sentimental. E o que pretende ao juntá-las? O perdão? A punição ritual da inconstância, do egoísmo, da insinceridade? Ou é apenas um reflexo, um impulso, o derradeiro gesto do náufrago que se agarra ao que está mais próximo? Durante esse tempo que o separa da morte, Pedro mantém um diálogo com Mia, Alice, Rita, e Carmen, enquanto se conta toda a história com quatro histórias lá dentro: de solidão, de frustração, de amor em estado bruto. Onde a Vida se Perde é um belíssimo e comovente romance. Venda exclusiva na Feira do Livro na Casa da Juventude da Póvoa de Varzim de 23 de Fevereiro a 25 de Fevereiro.

Paulo Ferreira nasceu em Lisboa, em 1980. Licenciado em Relações Internacionais, e com uma Pós-Graduação em Edição, trabalha no meio dos livros. Antes foi publicitário. Publicou um livro, contos, artigos vários. É colunista da revista LER. Participa regularmente em colóquios e seminários dedicados à edição de livros. É docente na área do marketing do livro e especialista convidado da Universidade de Aveiro, no mestrado em Edição. É director da revista B:Mag, e dinamiza o Blogtailors, inteiramente dedicado à edição de livros. Paulo Ferreira participa na 6ª mesa do encontro, “Espalho sobre a página a tinta do passado”, às 15h00, do dia 25 de Fevereiro, sexta-feira.

Última Paragem, Massamá, de Pedro Vieira
Esta é a história de um homem e de uma mulher, Lucas e Vanessa. Do seu amor trágico, como são todos, e de uma Cidade com vista para muitas vidas. Também é a história de uma doença e de uma saída de cena, de uma frustração que não se cura. Ontem, na Floresta de Teutoburgo, onde fracassaram as legiões de Públio Quintílio Varo, hoje, em Massamá, onde acaba de ruir uma hipótese de redenção. Nos dois casos, o mesmo desenlace, com mais ou menos Império em pano de fundo. No lugar do traidor Armínio, motivado pela ambição, apresenta-se João, portador de um evangelho com saída para lugar nenhum. A estação de comboio, o trabalho, o vaivém daqueles que vivem de par em par com aquilo que lhes está destinado. O acaso. Crónica de uma, duas mortes anunciadas, a segunda por decisão natural de Vanessa, mulher investida de toda a autoridade. Faltam dois minutos e picos, 127 segundos, pouca-terra, pouca-terra, é só o que ela pede. Ou pelo menos que lhe seja leve. Venda exclusiva na Feira do Livro na Casa da Juventude da Póvoa de Varzim de 23 de Fevereiro a 25 de Fevereiro.

Pedro Vieira nasceu em Lisboa, em 1975, cidade onde reside. Licenciado em Publicidade e Marketing pela Escola Superior Comunicação Social, trabalha no Canal Q das Produções Fictícias como criativo, sendo actualmente um dos responsáveis pelo programa Ah, a Literatura! Trabalhou como livreiro nos grupos Almedina e Bulhosa Livreiros e como designer no Centro Cultural Olga Cadaval. Fez formação adicional na área da Ilustração, que exerce em regime free lance, em cursos promovidos pela Ar.Co e pela Fundação Calouste Gulbenkian. É ilustrador residente da revista LER. Blogger indefectível, criou o irmaolucia e é co-autor do Arrastão. Pedro Vieira participa na 8ª mesa do encontro, “Não há palavras exactas”, às 10h30, do dia 26 de Fevereiro, sábado e encontra-se com os alunos da Escola E-B 2.3 Dr. Flávio Gonçalves às 10h00 de dia 24, quinta-feira.

Manuel Jorge Marmelo Nasceu em 1971, na cidade do Porto. É jornalista desde 1989. Em 1994 ganhou o prémio de jornalismo da Lufthansa e em 1996 a menção honrosa dos Prémios Gazeta de Jornalismo do Clube de Jornalismo/ Press Club. O seu primeiro livro, "O Homem que Julgou Morrer de Amor" (novela e teatro), inaugurou, em 1996, a colecção Campo de Estreia, da Campo das Letras. Publicou, depois, "Portugués, Guapo y Matador" (romance, 1997), "Nome de Tango" (romance, 1998), "As Mulheres Deviam Vir Com Livro de Instruções" (romance, 1999), "O Amor é para os Parvos" (romance, 2000), "Palácio de Cristal, Jardim-Paraíso" (álbum, 2000), "Sertão Dourado" (romance, 2001), "Paixões & Embirrações" (crónicas, 2002), "Oito Cidades e Uma Carta de Amor" (contos e fotos, 2003), "A Menina Gigante" (infantil, 2003) e "Os Fantasmas de Pessoa" (romance, 2004). Tem publicado regularmente textos e contos em diversas antologias e publicações, em Portugal, no Brasil e em França. Alguns destes textos figuram neste livro. Desde Julho de 2001, o seu nome consta do "Dicionário de Personalidades Portuenses do Século XX", da Porto Editora, sendo o mais jovem dos nomes biografados. Em Junho de 2005, com o livro "O Silêncio de Um Homem Só", é-lhe atribuído o Grande Prémio do Conto "Camilo Castelo Branco", da Associação Portuguesa de Escritores em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Publicou na Quetzal, As Sereias do Mindelo, em 2008. Manuel Jorge Marmelo participa na 3ª mesa do encontro, “A minha arte é uma espécie de pacto”, às 15h00, do dia 24 Fevereiro, quinta-feira.

2 comentários:

Paulo ferreira disse...

Viva Maria Manuel,

Muito obrigado pela sua referencia.


Um abraço,

Paulo Ferreira

Poesia em Rede disse...

Nesta Rede virtual
Onde as palavras se cruzam
A Poesia é tão real
Como os poetas que a usam!

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