sábado, 18 de abril de 2009

Razões do Coração – Rosalind Laker [Opinião]

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Sinopse
Paris, 1894. Num impulso do qual nunca se arrependerá, Lisette Decourt foge de casa na véspera do seu casamento. Apesar de ter jurado nunca mais se apaixonar, quando conhece Daniel Shaw fica imediatamente fascinada pelo sedutor inglês e pelo seu espectáculo de "lanterna mágica", a arte precursora do cinema. O destino acaba por separá-los e Lisette refaz a sua vida como mulher independente e bem-sucedida, mas os seus sentimentos mantêm-se inalterados: ela não consegue esquecer Daniel. Quando o acaso volta a juntá-los, ele é já um realizador famoso, e vê nela a aura de magia capaz de a transformar numa grande estrela de cinema. E ele tudo fará para que nada impeça o seu sonho…
Pela mão de uma das mais apreciadas escritoras de romances históricos da actualidade, Brilliance recupera a época mítica em que o cinema dava os primeiros passos e apresenta-nos uma das suas fascinantes e inesquecíveis estrelas.
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 304
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892304526
Preço: 15€
Excertos
“Apesar de não ter estado contigo desde que foste à nossa festa de fim de ano, bem podíamos ter estado juntas ontem, que seria o mesmo … A amizade não depende nem do tempo nem da distância.”

A minha opinião
Lisete é uma jovem abastada a quem as circunstâncias da vida, após a morte da avô e, mais tarde, do pai, vão fazer com que mude completamente a sua existência. Em vésperas do casamento, Lisete vê o seu noivo a ter relações com a madrasta numa arrecadação da sua casa, e decide fugir procurando refúgio em Daniel, um iluminador de películas, que tinha conhecido no dia anterior, no espectáculo dado por si. A partir daí a sua vida vai sofrer uma reviravolta, mas Lisete mostra-se uma mulher forte e obstinada. Nada a fará parar.
Uma história que remonta ao tempo dos irmãos Lumière, da Rainha Vitória e aos espectáculos da lanterna mágica, percursor do cinema tal como o conhecemos agora. Os espectáculos de lanterna mágica onde as imagens eram paradas, mas tinham uma sequência de forma a formar uma pequena história. Os sons eram feitos por um assistente que se colocava atrás do mecanismo e mediante as imagens reproduzia os sons. Um espectáculo visto pelos vários extractos sociais e que prendiam qualquer pessoa a uma pequena história. Mais tarde começam a fazer pequenas filmagens que depois se transformam em cinema mudo. É aí que Lisete se torna famosa, como atrás principal em vários filmes realizados pelo seu marido Daniel. A vida do casal também é ela bastante aberta, e contra os costumes na altura juntam-se sem se casarem. Isso leva a que uma das criadas se sinta na obrigação de se despedir devido aos falatórios da vizinhança, por estarem numa situação de ‘pecado’. Foi engraçado como a autora nos remonta para os finais do século XIX princípios do XX através da história bonita e envolvente da protagonista Lisete que, apesar de abastada não se importou de arregaçar as mangas e ‘baixar’ o seu nível de vida em favor da honra e da virtude.
Sobre os Lumière
Auguste e Louis Lumière foram os inventores do cinematógrafo, sendo frequentemente referidos como os pais do cinema. Filhos e colaboradores do industrial Antoine Lumière, fotógrafo e fabricante de películas fotográficas, proprietário da Fábrica Lumière, instalada na cidade francesa de Lyon, inventaram o cinematógrafo, uma máquina de filmar e projector de cinema, invento que lhes tem sido atribuído mas que na verdade foi inventado por Léon Bouly, em 1892. no entanto, como Bouly terá perdido a patente, esta foi registada em nome dos irmãos Lumière a 13 de Fevereiro de 1895. Considerados os fundadores da Sétima Arte, juntamente com Georges Méliès, Louis e Auguste dedicaram-se à actividade cinematográfica produzindo alguns documentários curtos, destinados à promoção do invento, embora acreditassem que o cinematógrafo fosse apenas um instrumento científico sem futuro comercial. A primeira projecção pública de apresentação do invento ocorreu a 28 de Setembro de 1895 na primeira sala de cinema do mundo, o Éden. Mas a verdadeira divulgação do cinematógrafo, com boa publicidade e entradas pagas, teve lugar no dia 28 de Dezembro do mesmo ano, em Paris, no Grand Café, situado no Boulevard des Capucines. O programa incluía dez filmes. A sessão foi inaugurada com a projecção de La Sortie de l'usine Lumière à Lyon.
Os irmãos Lumière desenvolveram também o primeiro processo de fotografia colorida, a placa fotográfica seca, em 1896, a fotografia em relevo (1920), o cinema em relevo (1935), a chamada ‘’Cruz de Malta’’, um sistema que permite que uma bobine de filme desfile por intermitência.
O livro relata a primeira exibição pública das produções dos irmãos Lumière cujas filmagens mostram a saída dos operários das fábricas dos Lumière; a chegada de um comboio à estação e que provoca alguns gritinhos de medo na plateia; o almoço de um bebé e o mar. As produções são ainda rudimentares, mostrando episódios da vida quotidiana e têm entre um a dois minutos de duração.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Novidades da Asa para Maio

Para o mês de Maio, a Asa propõe nomes que vão desde David Lodge a

Nicky Pellegrino. Títulos a fixar:


Noite dentro, Moçambique e outras narrativas - Laurent Gaudé

É pela perseguição e depois pela vingança de um fugitivo que se inicia esta colectânea de narrativas, e é com o enigma de um crime inexplicado que termina. Como se uma parte da verdade do mundo — a mais desumana, a que estigmatiza a história íntima ou colectiva — devesse desafiar para sempre a nossa razão. Em todos os tempos e lugares, incluindo Lisboa, as personagens deste livro partilham esta mesma experiência, que assumem ao aproximarem-se da morte. Desesperadas ou lúcidas, passam em revista as suas ilusões, admitem os seus erros ou retêm por mais uns instantes as derradeiras alegrias da existência.

Animado de uma empatia e de uma oralidade poderosas, este volume, coligido entre 2000 e 2007, marcado pelos temas de A Morte do Rei Tsongor, de O Sol dos Scorta ou de Eldorado, cresceu nos interstícios de uma obra romanesca hoje traduzida e lida no mundo inteiro.


Elegia para um americano -Siri Hustvedt

Ao tentarem pôr ordem na casa do pai recém-falecido, Eric e a irmã, Inga, descobrem um bilhete de uma mulher desconhecida. Algo no teor desse bilhete indicia que um segredo do passado continuava a atormentar Lars. Erik vê na solução desse enigma o derradeiro acto de aproximação a um homem que nunca compreendeu, mas tanto a vida dele como a de Inga estão a atravessar fases muito complicadas. Inga, viúva de um escritor famoso, está disposta a tudo para defender a reputação do marido e reaproximar-se da filha, Sonia, terrivelmente marcada pela memória dos atentados do 11 de Setembro. Por seu lado, Erik materializa a sua própria solidão num mantra espontâneo que o embaraça mas em relação ao qual nada pode – “Sinto-me tão só”, repete ele, mas poderiam ser todas as personagens desta Elegia a dizê-lo; nova-iorquinos solitários, perdidos no frenesim da grande metrópole, entregues aos seus segredos, memórias e sonhos, incapazes de qualquer acto de reconforto.


A vida em surdina -David Lodge

Um dos melhores romances do ano segundo a revista Lire

Finalista do Commonwealth Writers’ Prize 2009

Quando decide pedir a reforma antecipada, o professor universitário Desmond Bates nunca pensou vir a sentir saudades da azáfama das aulas. A verdade é que a monotonia do dia-a-dia não o satisfaz. Para tal contribui também o facto de a carreira da sua mulher, Winifred, ir de vento em popa, reduzindo o papel de Desmond ao de mero acompanhante e dono de casa. Mas o que o aborrece verdadeiramente é a sua crescente perda de audição, fonte constante de atrito doméstico e constrangimento social. Desmond apercebe-se de que, na imaginação das pessoas, a surdez é cómica, enquanto a cegueira é trágica, mas para o surdo é tudo menos uma brincadeira. Contudo, vai ser a sua surdez que o levará a envolver-se, inadvertidamente, com uma jovem cujo comportamento imprevisível e irresponsável ameaça desestabilizar por completo a sua vida.


A Noiva Italiana - Nicky Pellegrino

Poderá uma história de amor unir duas famílias separadas pelo ódio?

Apesar de viverem em Londres, os Martinelli continuam a ser uma típica família italiana: sempre a discutir, a comer e a amar. Pieta, a filha mais velha, tem 30 anos e é solteira, facto que a coloca sob a mira dos pais, principalmente agora que Addolorata – a sua irmã mais nova – vai casar. Uma vez que desenha vestidos de noiva, Pieta foi encarregada de fazer o vestido mais importante da cerimónia, mas uma série de segredos de família atrai a sua atenção. Porque é que o pai está sempre a discutir com um vizinho italiano? Qual será a causa da tristeza da mãe? E será possível que o homem por quem ela sempre alimentou uma paixão secreta esteja prestes a casar-se com outra pessoa? Decidida a ajudar a irmã, Addolorata planeia dar um empurrãozinho ao destino no dia do seu casamento. Mas o resultado vai ser surpreendente e nada vai acontecer conforme o planeado…


Um Verão em Siena - Esthr Freud

Sob o sol escaldante da Toscana, tudo pode acontecer...

Estamos em Julho, três meses depois do décimo sétimo aniversário de Lara e uma semana antes do casamento real entre Carlos e Diana. A convite do pai, Lara decide passar o Verão longe da poluição de Londres e sob o sol da Toscana. É aí que conhece a família Willoughby, cuja piscina é palco das mais indolentes e voluptuosas tardes. Ricos, sensuais e manipuladores, rapidamente a envolvem nas suas alianças familiares e conspirações. À medida que Lara se rende aos encantos do belo e despreocupado Kip Willoughby, mais intensa é a sua curiosidade, mas também as suas dúvidas e o seu medo. E assim começa a mais inquietante e arrebatadora jornada da sua vida…

Um romance inesquecível sobre famílias, segredos e amores; uma evocação perfeita do calor indolente, das piscinas refrescantes e dos longos almoços de mozzarella, prosciutto e vino bianco apenas possíveis em Itália. Um mundo simultaneamente sedutor e perturbante, em que facilmente se partilha a mistura de atracção, inveja e temor que Lara sente.

Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís à espera de novos romancistas

Termina no próximo dia 30 de Abril o prazo de candidatura para o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, que a Estoril Sol voltou a instituir este ano, em homenagem à grandes escritora. O Prémio tem o valor de 25 mil euros e o júri será presidido pelo escritor e ensaísta Vasco Graça Moura.
Lançado em 2008 no quadro das comemorações do 50º aniversário da Estoril-Sol, o Prémio Literário Revelação propõe-se distinguir, anualmente, um romance inédito de autor português, sem qualquer obra publicada no género e com idade não superior a 35 anos.
Trata-se de um “verdadeiro desafio para jovens escritores com potencialidades, e ainda desconhecidos”, como reconhece Mário Assis Ferreira, presidente da Estoril Sol. E uma oportunidade singular já que , à partida, o romance vencedor tem a edição assegurada.
De facto, a edição do romance premiado, sob a égide de Agustina Bessa-Luís, resulta de um acordo entre a Estoril Sol e a Gradiva, que celebraram uma parceria para viabilizar este projecto.
Juntamente com o Prémio Literário Revelação, destinado a dinamizar as Letras portuguesas, é mantido o Prémio Literário Fernando Namora, instituído regularmente desde 1988, e cujo Júri foi presidido, nos últimos anos, por Agustina Bessa-Luís.
A recepção de originais para a segunda edição do Prémio Literário Revelação terminará em 30 de Abril próximo, de acordo com o respectivo Regulamento.

O Assassinato de Berta Linhares apresentado dia 22

O novo romance de Jacinto Rego de Almeida, O Assassinato de Berta Linhares vai ser apresentado no próximo dia 22, pelas 18h30, na Livraria Barata, em Lisboa. Segundo a editora, este é o primeiro romance editado simultaneamente em Portugal e no Brasil, respeitando as alterações do Novo Acordo Ortográfico.

Sobre o livro: Berta Linhares, patroa de uma conhecida casa de prostituição de Lisboa, foi assassinada com um tiro à queima-roupa, numa madrugada fria de 2005. Após investigações, a Polícia Judiciária prende António Raposo, escritor de livros policiais. Para provar a sua inocência, o escritor tem de desvendar o crime.


Sobre o autor: Jacinto Rego de Almeida nasceu no ano de 1942 em Alcanhões (Santarém), onde reside actualmente. Entre 1968 e 2004 viveu no estrangeiro, exilado até 1974 e no exercício do cargo de conselheiro económico da Embaixada de Portugal no Brasil após a Revolução de 25 de Abril. Os seus livros abrangem os domínios da crónica, conto, romance e literatura de viagem. Tem editadas três colectâneas de contos: As palavras e os actos (Ed. Anima, Rio de Janeiro, 1987), publicada no ano seguinte em Lisboa com o título O afiador de facas (Ed. Perspectivas e Realidades); O monóculo (Ed. O Jornal, Lisboa, 1990); e A gravação (Ed. Nórdica, Rio de Janeiro, 1994). O seu livro Um olhar sobre o Brasil (Editorial Notícias, Lisboa, 1999) é o título de uma colectânea de crónicas publicadas no JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias. Em co-autoria com Carlos Cáceres Monteiro, publicou Mistérios da Amazónia – Cadernos de uma expedição nas Guianas e no Brasil (Editorial Notícias – Circulo de Leitores, Lisboa, 2002). Tem editados dois romances: Crime de Estado (Editorial Notícias, Lisboa, 1998) e O diplomata e o agente funerário (Geração Editorial, S. Paulo, 2003). É colaborador do JL e têm sido publicados contos e crónicas da sua autoria em vários jornais e revistas em Portugal e no estrangeiro.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Porto Editora lança O livro que incomoda ministros

Só em 2008, o blogue A Educação do Meu Umbigo registou mais de 4 milhões de visitas, transformando-o num verdadeiro fenómeno da blogosfera portuguesa.
As razões para esse sucesso estão agora em 400 páginas que prometem dar que falar.
Quando criou o blogue A Educação do Meu Umbigo, Paulo Guinote estava longe de imaginar que, poucos anos depois, o seu projecto ganharia a forma de livro. Mais improvável ainda, de
considerar a hipótese de que, pelo caminho, se tornaria conhecido por muitos milhares de professores, comunicação social, políticos – ao ponto de chegar ao estatuto de referência mobilizadora da revolta de toda uma classe profissional.
A verdade é que A Educação do Meu Umbigo (http://educar.wordpress.com/) é um exemplo de como a blogosfera se transformou num espaço de intervenção cívica, com grande poder de influência aos mais diferentes níveis, nomeadamente político. Agora, em formato de livro, o projecto de Paulo Guinote ganha um outro estatuto, chegando a novos leitores e com o claro objectivo de alimentar o debate sobre uma das áreas mais importantes da sociedade: a Educação.
São 400 páginas que revisitam o que de mais importante se passou nos últimos anos no âmbito da realidade educativa em Portugal, “lançando um olhar ácido sobre situações, protagonistas e outras incredulidades que têm afligido o nosso sistema educativo”, como refere Paulo Guinote. Textos que revelam um conhecimento de causa incontestável e que contribuíram para transformar o A Educação do Meu Umbigo num blogue-bandeira de toda uma classe e, ao mesmo tempo, um espaço incómodo para determinados círculos.
Organizado numa perspectiva cronológica, o livro A Educação do Meu Umbigo constitui um documento fundamental para perceber as polémicas que marcam a agenda da política educativa no nosso país.
A Educação do Meu Umbigo será lançado no próximo sábado, dia 18 de Abril, pelas 16:30, na Biblioteca Nacional, com a presença do autor, de José Manuel Fernandes (Director do Público, que apresentará o livro) e de Vasco Teixeira, Administrador da Porto Editora.


O Autor
Nascido em Lisboa em 1965, Professor do 2º Ciclo do Ensino Básico, Paulo Guinote é licenciado em História (1987, FCSH-UNL), Mestre em História Contemporânea (FCSH-UNL) e Doutor em História da Educação (2005, FPCE-UNL).
É autor e co-autor de uma dezena de livros na área da História. Em 1997, ganhou o prémio de investigação Carolina Michäelis de Vasconcelos com a sua tese de mestrado Quotidianos Femininos (1900-1933). O seu blogue A Educação do Meu Umbigo, criado em Novembro de 2005, transformou-se num caso único de popularidade na blogosfera portuguesa, tendo atingido os 4 milhões de visualizações durante o ano de 2008.

Título: A Educação do Meu Umbigo
Autor: Paulo Guinote
N.º Págs.: 400
PVP: 16,00 €
PVP WOOK.pt: 14,40 €

Asa e Estée Lauder juntas na sensibilização da prevenção do cancro da mama


Cancer Vixen - A Minha Luta contra o Cancro - é o título de um álbum de BD que a ASA vai lançar no mercado, esta semana, e cuja divulgação tem o apoio da Estée Lauder. Marisa Acocella Marchetto, autora do livro, vai estar em Lisboa e estará disponível para entrevistas nos dias 29 e 30 de Abril. Cancer Vixen - A Minha Luta contra o Cancro , é uma história verídica, impressionante e divertida narrada em banda desenhada por Marisa Acocella Marchetto que, aos 43 anos, no auge de uma carreira de ilustradora de revistas, com um casamento marcado, viveu na primeira pessoa a realidade da doença. O que acontece quando uma americana citadina, apaixonada por sapatos, obcecada por batom, doida por massas, fanática por moda, solteirona com casamento marcado e com uma vida fabulosa descobre... um caroço no peito? Eis o mote para uma história impressionante, divertida e de tocantes memórias. De uma forma brilhante e com um sentido de humor excepcional, Marisa Acocella Marchetto conta a história da luta que empreendeu contra o cancro da mama - desde o diagnóstico até à cura, passando pelas duras fases intermédias de quimioterapia e radioterapia. Cancer Vixen é simultaneamente uma maravilhosa história de amor e prima pela originalidade. Marisa, que se descreve como "solteirona convicta", encontrara o seu Príncipe Encantado em Silvano. Três semanas antes do casamento, recebe o diagnóstico. As dúvidas assaltam-na: “Como reagirá ele à notícia? Como irá o meu mundo mudar? Será que vou sobreviver? E... o que vai acontecer ao meu cabelo?” A força e a coragem de Marisa são uma fonte de inspiração. Pela primeira vez as Edições ASA e a Estée Lauder estão juntas numa acção de sensibilização da prevenção desta doença.Com esta edição retomamos a Campanha de Prevenção do Cancro da Mama, que a Companhia Estée Lauder tem vindo a desenvolver desde 1992 e convidamos todas as mulheres portuguesas a usar O Laço Rosa que disponibilizamos com o livro.

Editor: Edições ASA
Ano de Edição: 2009
N.º Páginas: 224
ISBN: 9789892303697

terça-feira, 14 de abril de 2009

Porto Editora publica o novo romance de Dorothy Koomson

Título: Bons Sonhos, Meu Amor

Autor: Dorothy Koomson

Tradução: Vera Falcão Martins

N.º de Págs.: 448

PVP: 16,50 €


No dia 23 de Abril, a Porto Editora publica Bons Sonhos, Meu Amor, o novo romance de Dorothy Koomson, autora de grande sucesso em todo o mundo e também em Portugal, onde as duas obras anteriores já venderam mais de 80 mil livros. O terceiro livro representará, seguramente, o terceiro sucesso.

Trata-se do consolidar da aposta da Porto Editora, por via da Divisão Editorial Literária do Porto, numa autora que conquistou milhares de leitoras logo na estreia em Portugal, com A Filha da Minha Melhor Amiga – já vendeu mais de 50 mil exemplares – e que solidificou prestígio com a publicação de Pedaços de Ternura – com cerca de 30 mil livros vendidos em 2008.

Descrita como tocante e densa em termos emocionais, a escrita de Dorothy Koomson cria cenários que proporcionam uma reflexão sobre as vivências humanas (os desafios da amizade, a inexorabilidade da morte, a força do amor…). A britânica é já, sem qualquer dúvida, um dos nomes de referência da literatura vocacionada para o público feminino.

A Porto Editora prepara, também, a publicação dos primeiros livros da autora do já incontornável A Filha da Minha Melhor Amiga – a chamada backlist – sendo que um deles sairá ainda em 2009.

O enredo Nova Kumalisi faria qualquer coisa pelo seu melhor amigo. Ela deve-lhe a vida. Por isso, quando ele lhe pede que seja mãe de substituição do seu filho e, apesar de saber que corre o risco de perder a amizade, Nova aceita.Oito anos mais tarde, Nova está a criar o filho de Mal sozinha, porque a mulher dele mudou de ideias, escassos meses antes de a criança nascer, destruindo assim a relação entre os dois amigos.

Agora, Leo, o filho de ambos está gravemente doente. Nova quer que Mal conheça o filho antes que seja demasiado tarde. Na tragédia descobrirão o quanto significam um para o outro.

Pode ver ainda asprimeiras páginas do livro aqui


Se este livro for semelhante com o primeiro grande sucesso da autora A Filha da Minha Melhor Amiga de certeza que vai cativar leitores. Li este livro muito recentemente e posso dizer que fiquei agarrada de tal forma à leitura de Dorothy Koomson que acabei por comprar o seu segundo romance, publicado igualmente pela Porto Editora. Fico a aguardar ansiosamente pela saída do livro.


A autora

Dorothy Koomson escreveu o primeiro romance aos 13 anos. Chamava-se There's A Thin Line Between Love And Hate e foi escrito ao ritmo de um capítulo por noite, que depois circulava entre as colegas de escola, todas as manhãs. «E elas adoravam!», confessa. Cresceu em Londres e, mais tarde, durante a faculdade, em Leeds. Acabou por regressar a Londres, para fazer um mestrado, e ficou por lá durante alguns anos. Passou por empregos temporários, até conseguir a grande oportunidade no mundo da escrita, escrevendo, editando e substituindo colegas em várias redacções de publicações femininas e de jornais nacionais.

Contar histórias e escrever ficção constituem uma enorme paixão na vida de Dorothy Koomson, pelo que foi aproveitando cada segundo do seu tempo para escrever contos e romances. Em 2001 teve a ideia que inspirou The Cupid Effect, e, com ele, começou uma carreira de romancista, que, segundo a própria, «tem sido espectacular!». Em 2006, publicou o terceiro romance, A Filha da Minha Melhor Amiga – que registou um enorme sucesso em termos internacionais.

Dorothy viveu dois anos em Sidney, na Austrália, e agora está de volta a Inglaterra, embora não saiba dizer por quanto tempo – diz-se «mordida pelo bichinho das viagens…».

1.ª edição: Novembro 2006 50 mil exemplares vendidos

1.ª edição: Março 2008 30 mil exemplares vendidos

1.ª edição: Abril 2009


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Novidades Asa para Abril


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No café da juventude perdida - Patrick Modiano
Editor: Edições ASA
Ano de Edição: 2009
N.º Páginas: 112
ISBN: 9789892304540
PVP: 12 €
Sinopse:
O melhor romance de 2007, segundo a revista Lire. Paris, anos 60. No café Condé reúnem-se poetas malditos, futuros situacionistas e estudantes. À nostalgia que impregna aquelas paredes junta-se um enigma personificado numa mulher: todas as personagens e histórias confluem na misteriosa Louki. Quatro homens contam-nos os seus encontros e desencontros com a filha de uma empregada do Molin-Rouge. Para quase todos eles, ela encarna o inalcançável objecto de desejo. Louki, tal como todos os boémios que vagueiam por uma Paris espectral, é uma personagem sem raízes, que inventa identidades e luta por construir um presente perpétuo. Modiano recria em redor da fascinante e comovente personagem desta mulher a Paris da sua juventude, enquanto constrói um maravilhoso romance sobre o poder da memória e a busca da identidade.
Informação sobre o autor: Vencedor de alguns dos mais prestigiados galardões literários de França, como o Prémio Goncourt em 1978, o Grande Prémio de Romance da Academia Francesa em 1972 e o Grande Prémio Nacional das Letras em 1996, Patrick Modiano é considerado um mestre da literatura francesa contemporânea.

Arlington Park – Rachel Cusk
Finalista do Orange Prize 2007
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 240
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892304533
Preço: 14 €
Sinopse
Ao longo de um único dia, o bairro de Arlington Park é o elegante cenário no qual as vidas de cinco mulheres vão ser expostas. Juliet, inconformada com o papel que o casamento lhe reservou; Amanda, cuja obsessão pelo trabalho doméstico esconde o seu lado mais sombrio; Solly, prestes a dar à luz o seu quarto filho; Maisie, que tenta desesperadamente aceitar a pacatez da sua nova vida longe de Londres; e Christine, a optimista, que se prepara para reunir as suas vizinhas num jantar cujo desfecho é absolutamente imprevisível.
Aparentemente, estas cinco mulheres têm tudo para serem felizes e, contudo, sentem-se manietadas pela frustração, os desejos reprimidos, o ódio e até a ocasional loucura. São esposas e mães que se refugiaram há muito num convencionalismo que as protege, principalmente da própria vida.
Com um estilo elegante e lúcido, Rachel Cusk, uma das escritoras mais prestigiadas do panorama literário internacional, construiu uma narrativa ambiciosa, que é um marco na literatura anglo-saxónica contemporânea.
Sobre a autora: Rachel Cusk nasceu no Canadá mas passou grande parte da sua infância em Los Angeles, Estados Unidos, antes de acabar os estudos em Inglaterra. É leitora de Inglês no New College de Oxford. A obra Saving Agnes marcou a sua estreia na literatura, tendo sido distinguida com o Whitbread Award para o Melhor Primeiro Romance em 1993. Venceu o Somerset Maugham Award em 1997 com The Country Life. Em 2003, integrou a lista dos Melhores Jovens Romancistas Britânicos da prestigiada revista Granta. Arlington Park, o seu mais recente romance, foi finalista do Orange Prize em 2007.

A Terceira Condição – Amos Oz
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 320
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892300016
Preço: 16€
Sinopse:
Um ponto de vista apaixonante sobre o conflito que opõe israelitas e palestinianos.
Fima é um sonhador totalmente incapaz de agir sobre a sua própria vida. Este homem de meia-idade sofre por sentir que decepcionou o seu pai ao acomodar-se a um emprego como recepcionista de uma clínica ginecológica, e a sua ex-mulher, a quem permitiu abandonar o casamento sem opor qualquer resistência. Fima também se decepciona a si próprio diariamente. Fascinado pela carismática Annette, nada faz para se aproximar dela e mantém uma amizade estéril com Nina, para quem cada acto sexual dá azo a uma obsessiva espiral de limpeza pessoal e doméstica. Ele não consegue sequer matar uma barata sem que se sinta sufocar em reflexões sobre o povo judeu. Fima acabará, contudo, por ter o seu momento de redenção durante um passeio pelas ruas de Jerusalém, quando se pacifica por fim com o seu estatuto de judeu errante.
O autor: Nascido em Jerusalém, em 1939, Amos Oz é um dos mais conceituados romancistas contemporâneos, estando a sua obra traduzida em praticamente todo o mundo. Em 1991, foi eleito membro da Academia da Língua Hebraica. Em 1992, recebeu o Prémio da Paz da Feira do Livro de Frankfurt. Foi galardoado ainda com o Prémio Internacional da Catalunha em 2004, o Prémio Goethe de Literatura em 2005 e o Prémio Príncipe das Astúrias de Literatura em 2007.

Autora de Nunca me Esqueças, Lesley Pearse vai estar em Portugal

Uma das mais estimadas romancistas do Reino Unido estará em Lisboa de 7 a 10 de Maio e marcará presença na Feira do Livro de Lisboa.

“Uma das escritoras preferidas das leitoras inglesas.”

The Times

Traduzida para mais de trinta línguas e com cerca de três milhões de exemplares vendidos, Lesley Pearse tornou-se em Portugal um verdadeiro fenómeno de vendas, chegando a ultrapassar os 50 mil exemplares, com a publicação do seu romance Nunca Me Esqueças.

A própria vida da escritora é uma grande fonte de material para os seus romances, quer esteja a escrever sobre a dor do primeiro amor, crianças indesejadas e maltratadas, adopção, rejeição, pobreza ou vingança, uma vez que conheceu tudo isto em primeira mão. Ela é uma lutadora, e a estabilidade e sucesso que atingiu na sua vida deve-os à escrita. Com o apoio da editora Penguin, criou o Women of Courage Award para distinguir mulheres comuns dotadas de uma coragem extraordinária.

A verdade por detrás da ficção

A necessidade desesperada de amor e afecto enquanto era nova foi provavelmente a principal razão pela qual ela fazia más escolhas em relação a homens. Saltando de festa em festa nos animados anos 60, Lesley fez tudo – desde ama a coelhinha da Playboy até estilista de roupas. Casou pela primeira vez aos vinte anos – um casamento que durou pouco tempo – e, pouco depois, conheceu o seu segundo marido, John Pritchard, um trompetista de uma banda rock. Georgia, o seu primeiro romance, foi inspirado na sua vida com John, nas discotecas londrinas, em managers vigaristas e nos muitos músicos que ela conheceu na época, entre eles, David Bowie e Steve Marriott. A primeira filha de Lesley, Lucy, nasceu nesta altura, mas, devido ao estilo de vida errático de John e à presença de uma pequena criança, o casamento estava condenado ao fracasso e eles separaram-se quando Lucy tinha quatro anos.

Lesley Pearse vai estar disponível para entrevistas e marcará presença na Feira do Livro de Lisboa.

Sobre o livro

Naquele que seria o dia mais decisivo da sua vida, Mary – filha de humildes pescadores da Cornualha – traçou o seu destino ao roubar um chapéu.

O seu castigo: a forca.

A sua única alternativa: recomeçar a vida no outro lado do mundo.

Dividida entre o sonho de começar de novo e o terror de não sobreviver a tão dura viagem, Mary ruma à Austrália, à época uma colónia de condenados. O novo continente revela-se um enorme desafio onde tudo é desconhecido… como desconhecida é a assombrosa sensação de encontrar o grande amor da sua vida. Apaixonada, Mary vai bater-se pelos seus sonhos sem reservas ou hesitações. E a sua luta ficará para sempre inscrita na História.

Inspirada por uma excepcional história verídica, Lesley Pearse – a rainha do romance inglês – apresenta-nos Mary Broad e, com ela, faz-nos embarcar numa montanha-russa de emoções únicas e inesquecíveis.


A autora

A realidade ultrapassa muitas vezes a ficção e a vida de Lesley tem sido tão recheada de drama como os seus livros. Ela tinha três anos quando a mãe morreu em circunstâncias trágicas. Com o pai na Marinha, Lesley e o irmão mais velho passaram três anos em orfanatos sombrios antes de o pai voltar a casar com uma terrível ex-enfermeira do Exército. Lesley e o irmão regressaram a casa, acompanhados por duas crianças que foram depois adoptadas pelo pai e pela madrasta e por uma corrente constante de crianças, pois tornaram-se numa família de acolhimento. O impacto das constantes mudanças e da incerteza nos primeiros anos de vida de Lesley reflecte-se num dos temas mais recorrentes dos seus livros: o que acontece a quem sofre perdas emocionais durante a infância. Ela teve uma infância fora do vulgar e, em todos os seus livros, Lesley conseguiu conciliar a dor e a infelicidade das suas primeiras experiências com um talento único para contar histórias

Para mais informações sobre a autora pode consultar o site www.lesleypearse.com.


Ian McEwan vai estar em Lisboa

Ian McEwan, autor de Expiação e Na Praia de Chesil, vai estar em Lisboa de 17 a 20 de Abril e vai participar numa conversa aberta ao público com Clara Ferreira Alves sobre a importância dos mal-entendidos nas relações pessoais, a propósito do lançamento do seu novo livro Por Ti.
A sessão terá lugar no dia 18 de Abril às 16 horas na sala Luís de Freitas Branco do Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Libreto para a ópera homónima de Michael Berkeley, interpretada pela companhia inglesa Music Theatre Wales e que estreou em Londres em Outubro de 2008, a obra Por Ti põe em confronto perspectivas divergentes sobre uma mesma realidade, numa intriga na qual o mal-entendido funciona como motor da acção e provoca um desenlace trágico e inexorável.
Charles Frieth, a personagem principal, um eminente compositor e reconhecido amante de saias, prepara-se para a primeira audição de uma das suas obras de juventude, a "Alvorada Diabólica". Obstinado e míope, ignora o conflito que se intensifica à sua volta – a saúde frágil da sua aparentemente fiel mulher; a devoção incansável da sua secretária pessoal e a diligência inquietante da sua empregada doméstica polaca, Maria, que está por si cegamente apaixonada…
À medida que a data do espectáculo se aproxima, o maestro apercebe-se do caos. Tenta então, desesperadamente, reconquistar o controlo sobre a sua vida, mas começa já a desenrolar-se uma tragédia terrível.
Depois de Na Praia de Chesil, o seu último romance, publicado pela Gradiva em Abril de 2008, em Por Ti, Ian McEwan, considerado um dos mais importantes romancistas da actualidade, escalpeliza uma vez mais as relações afectivas de forma ímpar.

O autor
Ian McEwan nasceu a 21 de Junho de 1948, em Aldershot, Inglaterra.
É autor de dois livros de contos – Primeiro Amor, Últimos Ritos (Somerset Maugham Award 1976) e Entre os Lençóis – e onze romances – O Jardim de Cimento (adaptado ao cinema em 1993), A Criança no Tempo (vencedor do Whitbread Award 1987), O Inocente (adaptado ao cinema em 1993), Estranha Sedução (adaptado ao cinema em 1990), Cães Pretos, O Sonhador, O Fardo do Amor (adaptado ao cinema em 2004), Amesterdão (vencedor do Booker Prize em 1998), Expiação (prémios US National Book Critics Circle 2002 e WH Smith 2002 para o melhor livro de ficção, adaptado ao cinema por John Wright), Sábado (Prémio James Tait Black Memorial) e Na Praia de Chesil (nomeado para Galaxy Book of the Year 2008 nos British Book Awards onde o autor foi também nomeado para Reader's Digest Author of the Year).


Uma Casa na Grécia - Rosie Thomas [Opinião]

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Sinopse
O destino faz de nós o que somos, mas também pode impedir-nos de ser a pessoa que podíamos ter sido.
Escapando à devastação de um terramoto, Cary chega à ilha grega de Halemni e dá de caras consigo própria.
Ou antes Olivia, cuja semelhança é assustadora. Nesta nova vida Cary começa por encontrar a felicidade que nunca tivera. Não desde o dia em que a sua vida mudara. Agora libertara-se de tudo o que a relacionava com o passado. Estava tudo enterrado nas profundezas do terramoto. Ia começar de novo.
Olivia, por outro lado, era uma mulher acomodada. Depois de vários anos a viajar encontrara finalmente um lugar a que podia chamar "lar". A vida na ilha e a hospitalidade eram acolhedoras mas agora algo se tornara diferente. Seria pela chegada desta desconhecida? Havia alguma coisa estranha e desconfortável nesta mulher. Quem é Cary? Qual o seu passado? Porque se sente Olivia tão desconfortável na sua companhia? Olivia tenta controlar-se, mas não consegue deixar de sentir que a sua vida está a ser roubada. Uma luta entre duas mulheres por uma vida, e apenas uma pode vencer.
Editora: Saída de Emergência/2009
Formato: Capa mole
Dimensões: 16x23
Num. Páginas: 352
Géneros: Literatura Romântica
Preço: 18.85€
Excertos
“Estava morta e parecia-lhe agora mais viva do que alguma vez estivera.”
"A alquimia de Kitty era perturbadora. Podia vir de lado nenhum e não trazer nada com ela, e contudo parecia capaz de exercer influências para lá do que era razoável.”
A paixão não segue regras sociais.”
“As aparências iludem. É possível mudar a forma como parecemos, mas não quem somos.”
A minha opinião
Será que um terramoto pode mudar completamente a vida de uma pessoa? Foi o que aconteceu com Cary, quando passava férias na Turquia para tentar esquecer um casamento falhado. E foi o que sucedeu com Olívia que vive numa pacata ilha grega, Halemni, com a sua família, marido, filhos e sogra.
O terramoto no mediterrâneo que afectou tanto a localidade de Branc, na Turquia, como a ilha grega Halemni, vai juntar estas duas inglesas, Cary e Olívia, e mudar-lhes completamente a forma de estarem na vida. Após o terramoto Cary é levada para a ilha grega onde conhece a sua conterrânea Olívia e a sua família. Como não traz consigo qualquer tipo de identificação, que ficou no hotel em ruínas na Turquia, decide mudar de identidade e, em consequência disso, de vida. Muda o seu nome para Kitty e nada fala da sua vida passada com Peter, seu marido que a deixou por uma vizinha recente. Olívia é também inglesa, mas que deixou a sua profissão de fotógrafa para se juntar a Xan, o seu marido grego. Por amor, mudou também ela a sua vida mundana, de aventuras, para se submeter completamente ao casamento com Xan e ao cuidar dos seus dois filhos. Olívia tornou-se numa mulher submissa e até conhecer Cary nunca colocou em dúvida a sua vida na ilha. No entanto, a vinda de uma conterrânea começou a colocar-lhe uma infinidade de dúvidas, desde a sua forma de viver, a sua submissão ao marido… Começa também a ter ciúmes da sua nova amiga, levando-a a querer que ela se vá embora da ilha. Kitty, por sua vez, não se quer ir embora porque é na ilha que se sente bem, que encontrou o seu eu.
Porém, a doença de Olívia faz com que Kitty se veja pressionada a sair da ilha grega, como que se esta fosse pequena demais para comportar duas pessoas tão parecidas. Para uma sobreviver a outra teria de desaparecer do mapa e foi isso que aconteceu.
Um livro que nos faz pensar nos passos que a nossa vida dá, e que tudo pode mudar dependendo de uma decisão que tomámos naquela hora. Se Cary, quando criança, não tivesse provocado um acidente que resultou na morte do irmão, provavelmente a sua vida seria completamente diferente, talvez um pouco semelhante à vida pacata, mas feliz, de Olívia. “A tua vida mudou no dia em que a estátua se virou sobre o teu irmãozinho. Tornaste-te a pessoa sobre quem a tragédia se abatera.”
Um livro para reflectir.
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