quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Lobos Sedentos da Respiração dos Dias - Ana Gil Campos [Opinião]

 

Título: Lobos Sedentos da Respiração dos Dias
Autor: Ana Gil Campos
Marca: Edição do Autor
Ano: 2022
N.º de Páginas: 247

Romance com forte inspiração na pandemia de Covid 19, é, ao mesmo tempo, uma reflexão profunda sobre a felicidade.

Acontece entre duas cidades, a Cidade Velha, semelhante às que conhecemos atualmente, e a Cidade Nova, construída com o objetivo de proteger a sua população de qualquer vírus tendo assim surgido, como consequência, uma nova sociedade.

Contudo, os habitantes de ambas as cidades podem fluir de uma para a outra segundo determinadas regras. Aurora, Vitória, David, Constâncio e Túlia são as personagens que dão voz às paixões e inquietações de cada um de nós.


😷 A pandemia da covid 19 serviu de inspiração para muitos autores. Ana Gil Campos não foi excepção e tirou partido disso. Lobos sedentos da Respiração dos Dias, o seu mais recente romance, faz-nos pensar sobre o que será o futuro das gerações vindouras, caso a nossa forma de pensar as coisas não mudar muito.

😷 Numa realidade distópica, uma pandemia dividiu uma cidade em duas: a velha e a nova. A cidade velha, muito semelhante ao que conhecemos atualmente, e a cidade nova, onde as pessoas são mais controladas, mas também mais protegidas. Mas o intuito será apenas colocar a população numa redoma, ou controlá-la?

🧒 Certo é que esta parte da população se sente mais privilegiada, até porque a nível monetário é bem mais abastada. Vê os outros, os do outro lado como uma população menor, como uma espécie de povinho, desfavorecida e desprotegida. Por outro lado, grande parte da população da cidade velha sente isso mesmo e almeja um lugar melhor, um lugar na cidade nova, mas trata-se de uma sociedade bastante fechada e a única forma de passar os portões é em trabalho e pouco mais.

🧑‍🦱 No entanto, a vida livre dos da cidade velha, pisca o olho aos da nova, que começam a desejar a liberdade.

🧒 É aqui que vamos conhecer cinco personagens que nos fazem reflectir sobre o que é a felicidade e o que estamos dispostos a fazer para alcançá-la. Mudar de emprego, nem que seja para um nível mais baixo, mudar de casa, nem que para isso deixemos o conforto familiar...
50 anos depois, numa realidade distópica vamos descobrindo o mais íntimo do ser humano.
Gostei muito.



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