sexta-feira, 2 de outubro de 2020

O Enigma do Quarto 622 - Joël Dicker [Opinião]

Título: O Enigma do Quarto 622

Autor: Joël Dicker
Editor: Alfaguara Portugal
N.º de Páginas: 624

Sinopse: 
Numa noite de dezembro, um cadáver jaz no chão do quarto 622 do Palace de Verbier, um luxuoso hotel nos Alpes suíços. A morte misteriosa ocorre em plena festa anual de um prestigiado banco suíço, nas vésperas da nomeação do seu presidente. A investigação policial nada conclui e a passagem do tempo leva a que o caso seja praticamente esquecido.

Quinze anos mais tarde, o escritor Joël Dicker hospeda-se nesse mesmo hotel para recuperar de um desgosto amoroso e para fazer o luto do seu estimado editor. Ao dar entrada no hotel para o que esperava ser uns dias de tranquilidade e inspiração, não imaginava que acabaria a investigar esse crime do passado. Não o fará sozinho: Scarlett, uma bela mulher hospedada no quarto ao lado do seu, acompanhá-lo-á na resolução do mistério, ao mesmo tempo que vai decifrando a receita para escrever um bom livro.

O que aconteceu naquela noite de Inverno no Palace de Verbier?
Que crime terrível teve lugar no quarto 622?
E porquê?
Estas são as perguntas-chave deste thriller veloz, construído com a habitual mestria de Joël Dicker, que pela primeira vez nos leva ao seu país para narrar uma história surpreendente.

Um triângulo amoroso, jogos de poder, traição e inveja - nada falta a esta intriga magnética, em que a verdade é muito diferente do que imaginávamos.

A minha opinião: 
Este é o quinto livro do autor suíço, que sigo desde que foi publicado por cá A Verdade sobre o Caso Harry Quebert. 

Em O Enigma do Quarto 622 Joel Dicker retrata a sua história enquanto iniciante a escritor, a sua relação com o seu editor, a quem dedica este livro. Passado no seu país natal, o centro da narrativa passa-se na aldeia de Verbier, nos Alpes. E, como não podia deixar de ser, vai haver um crime num pacato hotel, local escolhido por Dicker para curar um desgosto de amor, quando o autor estranha o facto de não existir o quarto com o número 622- No seu lugar existe o 621 bis. 

"Um romance começa, antes de mais, por uma vontade: a vontade de escrever."

A mistura da realidade com a ficção agradou-me bastante e tão depressa estava a ver um Dicker como depois passava para a personagem de um escritor novo, com uma crise de amor, mas também literária, que acaba por ser levado por uma outra hóspede do hotel à descoberta de um mistério há muito esquecido. 

"Para onde vão os mortos? Vão para onde nos possamos lembrar deles. Sobretudo para as estrelas. Porque elas seguem-nos para todo o lado, dançam e brilham na noite."

Quem é a vítima e quem é o culpado? São questões que vamos fazendo ao longo das mais de seiscentas páginas do livro. Isto porque nada nos é revelado. Entre constantes viagens entre o passado e o presente vamos conhecendo personagens brilhantes, outras nem tanto, que nos fazem querer ler compulsivamente para chegarmos ao cerne da questão: quem matou quem?

Neste romance, Dicker foge da fórmula dos seus livros anteriores e vai buscar inspiração nos livros de detectives que me fizeram apaixonar por livros policiais como Agatha Christie, Sir Arthur Conan Doyle. Gostei muito, mas não o suficiente para dar 5*. 








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