Título: O Apelo da Tribo
Autor: Maria Vargas Llosa
Género: Literatura/Ensaios
N.º de páginas: 304
Data de lançamento: 11 de outubro
PVP: € 18,80
«Nós, os liberais, não somos anarquistas e não queremos suprimir o Estado», escreve Mario Vargas Llosa no livro O Apelo da Tribo, onde o Prémio Nobel da Literatura de 2010 acompanha o leitor numa viagem intelectual que explica a evolução das suas filiações filosóficas e políticas. Um livro que a Quetzal Editores disponibiliza a partir de 11 de outubro.
Sendo um livro de ensaios biográficos, O Apelo da Tribo é, ao mesmo tem-po, uma história intelectual e política do percurso de Vargas Llosa. Tendo partido de uma juventude fascinada pelo marxismo e pelos movimentos revolucionários latino-americanos, o autor de O Sonho do Celta ou A Civili-zação do Espetáculo alerta para os perigos da submissão intelectual, da dema-gogia, do chauvinismo e do nacionalismo, bem como da negação da racio-nalidade e da liberdade de pensar e questionar.
Assim, este livro – sobre filósofos e pensadores tão marcantes como Adam Smith, José Ortega y Gasset, Friedrich Hayek, Karl Popper, Raymond Aron, Isaiah Berlin e Jean-François Revel – estabelece os pilares de uma tradição verdadeiramente liberal, que pode ajudar-nos a compreender melhor os riscos da sociedade contemporânea e as ameaças à democracia.
Críticas da imprensa:
«Um contributo mais do que valioso para o debate político do momento.» Juan Luís Cebrián, El País.
«Vargas Llosa entra em diálogo com sete notáveis pensadores, com uma prosa magnífica.» Bernabé Sarabia, El Mundo.
«Afastado das cartilhas que o empolgaram na juventude, Vargas Llosa insurge-se hoje contra a ascensão – com novos nomes – do velho “espírito tribal, fonte do nacionalismo”, que foi, a par do fanatismo religioso, uma das causas dos mais sangrentos morticínios que a História registou. O melhor antídoto contra as tentações totalitárias, a seu ver, está plasmado em obras co-mo A Riqueza das Nações (de Smith), A Rebelião das Massas (de Ortega), O Caminho da Servidão (de Hayek), A Sociedade Aberta e os Seus Inimigos (de Popper), O Ópio dos Intelectuais (de Aron), Quatro Ensaios Sobre a Liberdade (de Berlin) ou Como Acabam as Democracias (de Revel). Autores incómodos, impopulares, que ousaram navegar contra a corrente. Mas a reler sempre, até por isso.» Pedro Correia, Dia 15.
«O livro tem o grande mérito de se debruçar sobre intelectuais que, embora relevantes, estão quase sempre ausentes de discussões na esfera pública atual. Como destaca o peruano, eles não recebem a mesma atenção que figuras como Sartre, Foucault, Simone de Beauvoir e Marx, seus antípodas ideológicos.» Ivan Martínez-Vargas, Folha de S. Paulo.
Sobre o autor:
Mario Vargas Llosa nasceu em março de 1936, em Arequipa, no Peru. Aos 17 anos decide estudar
Letras e Direito e, no ano seguinte, casa-se com a sua tia Julia Urquidi – assegurando a subsistência com trabalhos muito diversos, como conferir e rever nomes de lápides, escrever para rádio ou catalogar livros.
Em 1959 abandona o Peru e, graças a uma bolsa, ingressa na Universidade Complutense de Madrid, onde conclui um doutoramento que lhe permite cumprir o sonho de, um ano depois, se fixar em Paris.
Aí, sempre próximo da penúria, foi locutor de rádio, jornalista e professor de espanhol. Por esse tempo tinha apenas publicado um primeiro livro de contos. Regressado ao Peru em 1964, divorcia-se de Julia Urquidi e casa-se no ano seguinte com a sua prima Patricia Llosa, com quem parte para a Europa em 1967 (depois de ter publicado A Casa Verde, em 1966). Até 1974, vive na Grécia, em Paris, Londres e Barcelona – após o que regressa ao Peru. Em Lima pode, finalmente, dedicar-se em exclusivo à literatura e ao jornalismo, nunca abandonando a intervenção política, que o levou a aceitar a candidatura à presidência da República em 1990.
Vive entre Madrid, Lima e Nova Iorque, escrevendo romances, ensaios literários, peças jornalísticas e
percorrendo o mundo como professor visitante em várias universidades. Entre os muitos prémios que
recebeu contam-se o Rómulo Gallegos (1967), o Príncipe das Astúrias (1986) ou o Cervantes (1994). Em 2010 foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura.
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