Autor: Pedro Boucherie Mendes
Editor: Editorial Planeta
Páginas: 392
Sinopse:
Vinte e cinco anos depois do incêndio que quase o destruiu, o Chiado volta a ser marcado pela tragédia. Quem é o assassino que anda a matar em nome de Fernando Pessoa?
Nos primeiros dias de Agosto, um homem é encontrado assassinado junto à estátua de Fernando Pessoa, na Brasileira do Chiado.
Num dos seus bolsos há um postal com uma citação do Livro de Desassossego; no outro, a mão esquerda do morto com os dedos decepados e envoltos em sal...
Sinopse:
Vinte e cinco anos depois do incêndio que quase o destruiu, o Chiado volta a ser marcado pela tragédia. Quem é o assassino que anda a matar em nome de Fernando Pessoa?
Nos primeiros dias de Agosto, um homem é encontrado assassinado junto à estátua de Fernando Pessoa, na Brasileira do Chiado.
Num dos seus bolsos há um postal com uma citação do Livro de Desassossego; no outro, a mão esquerda do morto com os dedos decepados e envoltos em sal...
A minha opinião:
O Agosto do Desassossego marca a estreia de Pedro Boucherie Mendes na literatura policial. E, por isso mesmo, é o primeiro livro que leio do autor. E fiquei surpreendentemente agradada.
A história está muito bem escrita e fez-me, em muitos vezes, lembrar os livros de Francisco José Viegas, autor que também aprecio.
A acção do livro passa-se, toda ela, na baixa lisboeta e tem em Fernando Pessoa um dos "personagens "principais. É a ele que se deve a inspiração para todos os crimes e é através dos vários excertos que surgem junto às vítimas que a investigação se desenrola.
Nos primeiros dias de Agosto, um homem aparece morto junto à conhecida estátua de Pessoa, no café A Brasileira no Chiado. A vítima tem sinais de estrangulamento e a mão esquerda não tem dedos. Numa análise mais profunda a polícia encontrará os dedos em sal no bolso do casaco da vítima e junto a ela um postal de Lisboa com um excerto do Livro do Desassossego de Bernardo Soares.
Daniel Vilar, o inspector encarregue do caso, é muito bom no que faz, mas desconhece por completo a obra Pessoana, assim como da história do Chiado, o que poderá demonstrar um pouco de fraqueza. No entanto, o interesse dele é aguçado com o desenrolar da investigação e vai procurando saber mais sobre o poeta lisboeta e também sobre o que se passou há 25 anos quando um incêndio deflagrou no Chiado, causando a morte de duas pessoas e o desemprego de muitas mais.
Mas o assassino não parece parar por aqui e dias depois surgem mais duas vítimas em circunstâncias muito semelhantes à primeira.
Entre um blogue que se dedica à obra de Bernardo Soares a uma estalagem para albergue de pessoas carenciadas de nome Mensagem, Daniel Vilar vai conduzindo a investigação da melhor forma que consegue. A par disso vai vivendo também um drama interior que se vai desenrolando ao longo da história.
Gostei imenso.
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