segunda-feira, 29 de abril de 2019

Elisa e Marcela: o amor proibido que marca o regresso de Alberto S. Santos

Amantes de Buenos Aires  é o novo romance histórico do autor de sucessos como A Escrava de Córdova e O Segredo de Compostela.

No dia 2 de maio, a Porto Editora publica Amantes de Buenos Aires, de Alberto S. Santos, livro que marca o regresso de um dos autores portugueses de romances históricos de maior sucesso da atualidade.

Em 1901, uma história chocava o nosso país vizinho, com a indignação espelhada em primeiras páginas de jornais, revolta popular e perseguição por parte das autoridades. Elisa e Marcela, duas mulheres naturais da pequena vila de Dumbria, na Galiza, tinham enganado a Igreja Católica e obtido o sacramento do casamento. No altar estavam Marcela e Mário, na verdade, Elisa – de cabelo curto, trajes masculinos, história forjada. E é assim que, em 1901, é consagrado o primeiro casamento homossexual na história da Igreja Católica. A felicidade deste momento não haveria de durar muito, com a descoberta e as repercussões sociais do "casamento sem homem".

Procuradas pela justiça espanhola e em fuga das autoridades, Elisa e Marcela atravessaram a fronteira, em busca de asilo. Encontraram-no na cidade do Porto, tendo sido defendidas tanto pela população como pelas autoridades. Ainda assim, acabaram por ser presas, julgadas e absolvidas. Em 1902, há outro elemento que as coloca, ainda mais, debaixo do escrutínio do povo: "o casal sem homem" acabara de ter uma filha. 

É desta história real que nasce Amantes de Buenos Aires. Numa trama envolvente, Alberto S. Santos cria uma saga familiar que cruza várias gerações e acompanha este amor clandestino de 1901 até aos dias de hoje.

LANÇAMENTOS
O lançamento de Amantes de Buenos Aires está marcado para sábado, dia 4 de maio, às 16:45, no Ateneu Comercial do Porto. A conversa com o autor Alberto S. Santos será conduzida por Lúcia Gonçalves, jornalista da SIC, e contará com as participações especiais de Domingos Andrade, diretor do Jornal de Notícias, e Germano Silva, também jornalista e cronista especializado na história das gentes do Porto.

A segunda apresentação deste romance acontece em Penafiel, no dia 17 de maio, no Pavilhão de Feiras e Exposições de Penafiel. A partir das 21:30, o radialista Fernando Alves apresenta este romance, também em conversa com o autor.

Sobre o livro:
Este é um romance intenso que se inspira na história real de Elisa e marcela, duas mulheres apaixonadas que se casaram no altar, um século antes da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Elisa cortou o cabelo, trocou as saias por calças e criou uma infância em Londres, o suficiente para se fazer passar por Mário e se casar com Marcela. Mas os dias felizes estavam contados com a descoberta e a repercussão social do "casamento sem homem", e o casal depressa se viu obrigado a exilar-se. Tudo se adensou quando, já casadas, Marcela deu à luz uma filha, um mistério que carrega de drama e emotividade esta poderosa história de amor, cujos ecos ultrapassam as contingências do tempo. Alberto S. Santos parte deste caso verídico para criar uma fascinante saga familiar na qual se cruzam várias gerações de mulheres de forte personalidade, que lutam pela verdade do passado que as une. Numa vertiginosa viagem de cem anos, o leitor assiste ao nascimento do tango nos prostíbulos de Buenos Aires e emociona-se com as gentes do Porto, a cidade que se uniu para acolher a coragem e a grandeza de um amor clandestino.

Sobre o autor: 
Autor, advogado e conferencista, é apaixonado pelos factos inesperados da História e afirmou-se na ficção histórica criada a partir de marcantes acontecimentos reais, mas pouco conhecidos do grande público. Publicou os romancesbestsellers A Escrava de Córdova (2008), A Profecia de Istambul (2010), O Segredo de Compostela (2013), Para lá de Bagdad (2016) e Amantes de Buenos Aires (2019). É também autor da coletânea de histórias A Arte de Caçar Destinos (2017) e participa na série de contos de autores lusófonos Roça Língua (2014). Está ainda ligado à criação e curadoria do Festival Literário "Escritaria" e à comissão científica da "Rota do Românico".


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