A coleção Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa, a maior operação científica interdisciplinar da cultura portuguesa, com direção do historiador José Eduardo Franco e do físico Carlos Fiolhais, é agora enriquecida com os volumes 12 e 22. São obras marcantes cujo pioneirismo em Portugal lançou as sementes do conhecimento e da divulgação das artes e das ciências. Obras que, segundo os coordenadores, vão alterar a forma como perspetivamos o nosso pensamento.
Volume 12, «Primeiros tratados de pintura», com coordenação de Patrícia Monteiro e Vítor Serrão
O volume 12 das Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa junta os quatro primeiros textos portugueses sobre pintura. Constituindo desde a Época Moderna obras de referência, quer para a prática da arte pictórica, quer para o estudo da história da arte no nosso país, cada um apresenta especificidades que os tornaram únicos e inovadores.
Da pintura antiga (1548-1549), de Francisco de Holanda, é um trabalho fundamental para a história da arte portuguesa, pela sua defesa da Antiguidade, pela sua estrutura, pela sua coerência e pela inovação teórica que transmite. Holanda compôs uma obra de sentido teorético em torno do conceito da cor, da luz, do desenho e da sua correta utilização.
Caligrafia (1560-1561), de Giraldo Fernandes de Prado, é a mais antiga obra concebida por um autor português sobre desenho e conceção das letras capitulares. Este tratado, na sua globalidade inédito até ao momento, confere ao seu autor um lugar único no meio artístico do Portugal quinhentista, sendo produto da cultura erudita e humanista vigente nos meados do século XVI.
Arte poética e da pintura e simetria, com princípios da perspetiva (1615), de Filipe Nunes, consiste numa obra manualística de êxito nos séculos XVII e XVIII. Incontornável para o conhecimento e estudo da atividade pictórica em Portugal durante a Idade Moderna, recentemente voltou a receber atenção dada a sua validade para os estudos interdisciplinares sobre a componente material da pintura, designadamente, pigmentos, tintas, corantes, diluentes e técnicas usadas, no quadro da história da arte, da conservação e do restauro.
O Breve tratado de iluminação (c. 1635), de autoria anónima, constitui um manuscrito pouco conhecido no panorama da nossa tratadística. Distingue-se pela sua extensão e coerência, apresentando um número considerável de receitas práticas para a pintura. Todo o manuscrito é enriquecido com anotações, fazendo coincidir as receitas com os pintores que as utilizavam – todos eles artistas de destaque do contexto artístico nacional e internacional dos séculos XVI e XVII.
Volume 12, «Primeiros tratados de pintura», com coordenação de Patrícia Monteiro e Vítor Serrão
O volume 12 das Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa junta os quatro primeiros textos portugueses sobre pintura. Constituindo desde a Época Moderna obras de referência, quer para a prática da arte pictórica, quer para o estudo da história da arte no nosso país, cada um apresenta especificidades que os tornaram únicos e inovadores.
Da pintura antiga (1548-1549), de Francisco de Holanda, é um trabalho fundamental para a história da arte portuguesa, pela sua defesa da Antiguidade, pela sua estrutura, pela sua coerência e pela inovação teórica que transmite. Holanda compôs uma obra de sentido teorético em torno do conceito da cor, da luz, do desenho e da sua correta utilização.
Caligrafia (1560-1561), de Giraldo Fernandes de Prado, é a mais antiga obra concebida por um autor português sobre desenho e conceção das letras capitulares. Este tratado, na sua globalidade inédito até ao momento, confere ao seu autor um lugar único no meio artístico do Portugal quinhentista, sendo produto da cultura erudita e humanista vigente nos meados do século XVI.
Arte poética e da pintura e simetria, com princípios da perspetiva (1615), de Filipe Nunes, consiste numa obra manualística de êxito nos séculos XVII e XVIII. Incontornável para o conhecimento e estudo da atividade pictórica em Portugal durante a Idade Moderna, recentemente voltou a receber atenção dada a sua validade para os estudos interdisciplinares sobre a componente material da pintura, designadamente, pigmentos, tintas, corantes, diluentes e técnicas usadas, no quadro da história da arte, da conservação e do restauro.
O Breve tratado de iluminação (c. 1635), de autoria anónima, constitui um manuscrito pouco conhecido no panorama da nossa tratadística. Distingue-se pela sua extensão e coerência, apresentando um número considerável de receitas práticas para a pintura. Todo o manuscrito é enriquecido com anotações, fazendo coincidir as receitas com os pintores que as utilizavam – todos eles artistas de destaque do contexto artístico nacional e internacional dos séculos XVI e XVII.
Volume 22, «Primeiros escritos de medicina, farmácia e enfermagem», com coordenação de Augusto Moutinho Borges, João Rui Pita e Luís Gonzaga Ribeiro
Dedicado aos primeiros escritos sobre medicina, farmácia e enfermagem, este volume traz-nos três obras distintas mas complementares.
Farmacopeia lusitana (1704), de Caetano de Santo António, é a primeira farmacopeia portuguesa, escrita em português, publicada em Portugal. Decorreu da necessidade de ter em português uma obra que reunisse técnicas operatórias para preparar os medicamentos, que inventariasse um conjunto de drogas relevantes para a sua produção e que incluísse um formulário.
Postila religiosa e arte de enfermeiros (1741), de Diogo de Santiago, é muito mais do que um livro inovador sobre enfermagem. Os seus conteúdos estão divididos em quatro áreas: o apoio religioso, com destaque para a arte de bem morrer; a técnica, com a prática da enfermagem; a vertente epistemológica, com recomendações aos leitores; e a administração dos hospitais militares. Esta obra serviu de modelo técnico para os hospitais aquém e além-mar, e tornou-se uma referência para o estudo da enfermagem na Europa.
Postila de anatomia compila apontamentos do seu autor, o Dr. Manuel Constâncio (1726-1817), nome importante do estudo da anatomia em Portugal. A obra, de grande utilidade no ensino médico em Portugal, por acompanhar o que de melhor se realizava nos bancos das universidades europeias, nunca foi antes publicada, embora tenha amplamente circulado sob a forma de sebenta, copiada por estudantes ao longo do século XVIII.
Dedicado aos primeiros escritos sobre medicina, farmácia e enfermagem, este volume traz-nos três obras distintas mas complementares.
Farmacopeia lusitana (1704), de Caetano de Santo António, é a primeira farmacopeia portuguesa, escrita em português, publicada em Portugal. Decorreu da necessidade de ter em português uma obra que reunisse técnicas operatórias para preparar os medicamentos, que inventariasse um conjunto de drogas relevantes para a sua produção e que incluísse um formulário.
Postila religiosa e arte de enfermeiros (1741), de Diogo de Santiago, é muito mais do que um livro inovador sobre enfermagem. Os seus conteúdos estão divididos em quatro áreas: o apoio religioso, com destaque para a arte de bem morrer; a técnica, com a prática da enfermagem; a vertente epistemológica, com recomendações aos leitores; e a administração dos hospitais militares. Esta obra serviu de modelo técnico para os hospitais aquém e além-mar, e tornou-se uma referência para o estudo da enfermagem na Europa.
Postila de anatomia compila apontamentos do seu autor, o Dr. Manuel Constâncio (1726-1817), nome importante do estudo da anatomia em Portugal. A obra, de grande utilidade no ensino médico em Portugal, por acompanhar o que de melhor se realizava nos bancos das universidades europeias, nunca foi antes publicada, embora tenha amplamente circulado sob a forma de sebenta, copiada por estudantes ao longo do século XVIII.
Acaba de ser publicado o quinto volume da coleção «Arte e Ciência», de Paulo Pereira, «Memória e Engenhos». Este livro testemunha um dos encontros mais esperados entre arte e ciência: a arte ao serviço da memorização dos saberes. Ao longo da história, o ser humano produziu diversos dispositivos visuais que constituíram um sistema útil para a recitação, a memorização do discurso ou pura e simplesmente para «decorar» (pôr no coração) uma qualquer matéria. Esta Arte da Memória surgiu da necessidade de tornar numa «coisa» visível algo que provém do imatérico: uma ideia, um pensamento, uma frase, uma operação aritmética. E essa «coisa» manifesta-se sob a forma de gravuras em livros, desenhos, pinturas e até mapas, cuja principal missão é servirem a memória com a representação de um espaço que os olhos não alcançam. Evoca-se também neste volume o envolvimento da engenharia com a arte. Diversos casos da produção artística de grandes dimensões só foram possíveis graças ao recurso a conhecimentos da física, da mecânica e da aplicação de forças, postos em prática mediante engenhos e mecanismos sem os quais seria impossível, por exemplo, erigir o Convento de Mafra.
Qual o segredo do grande sucesso do romance «Mulherzinhas», escrito em 1868 pela norte-americana Louisa May Alcott, tendo como cenário a Guerra Civil Americana? Por certo se deve às personalidades alegres, frescas e realistas das protagonistas da história, as quatro irmãs March (Jo, Meg, Beth e Amy) – com quem os leitores, em tantos pontos se identificam. A história destas quatro irmãs, tão diferentes entre si, com as dificuldades e sonhos típicos da infância e da adolescência é aqui apresentada numa edição cuidada e moderna, graças às magníficas ilustrações de Francesca Rossi, uma artista que capta de forma sublime e delicada a atmosfera da narrativa, em mais de 50 aguarelas e desenhos.
A tímida Beth, a meiga Meg, a impertinente Amy e a aventureira Jo: eis As Mulherzinhas da obra-prima de Louisa May Alcott, as quatro irmãs que, com a mãe, aguardam o regresso do pai da guerra e lidam com as alegrias e preocupações do dia a dia. Não podemos deixar de nos identificar com elas, de rir com as suas aventuras, de chorar com as tristezas inesperadas e de ficarmos comovidos com a resiliência e amor com que as irmãs se apoiam, crescem e concretizam os seus sonhos.
Louisa May Alcott, escritora norte-americana (Germantown, Filadélfia 1832 – Boston 1888), dedicou-se ao ensino e foi enfermeira na Guerra da Secessão. Escreveu romances notáveis como Mulherzinhas, em 1868, adaptado ao cinema em 1933, 1949 e 1994. Está em produção uma nova adaptação cinematográfica, com estreia prevista nos EUA no fim deste ano e na Europa, em 2020, conforme informação do site IMDB, em https://www.imdb.com/title/tt3281548/
Desta coleção, Clássicos da Literatura Ilustrados, faz também parte «A Volta ao Mundo em Oitenta Dias», de Júlio Verne, já publicada.
A tímida Beth, a meiga Meg, a impertinente Amy e a aventureira Jo: eis As Mulherzinhas da obra-prima de Louisa May Alcott, as quatro irmãs que, com a mãe, aguardam o regresso do pai da guerra e lidam com as alegrias e preocupações do dia a dia. Não podemos deixar de nos identificar com elas, de rir com as suas aventuras, de chorar com as tristezas inesperadas e de ficarmos comovidos com a resiliência e amor com que as irmãs se apoiam, crescem e concretizam os seus sonhos.
Louisa May Alcott, escritora norte-americana (Germantown, Filadélfia 1832 – Boston 1888), dedicou-se ao ensino e foi enfermeira na Guerra da Secessão. Escreveu romances notáveis como Mulherzinhas, em 1868, adaptado ao cinema em 1933, 1949 e 1994. Está em produção uma nova adaptação cinematográfica, com estreia prevista nos EUA no fim deste ano e na Europa, em 2020, conforme informação do site IMDB, em https://www.imdb.com/title/tt3281548/
Desta coleção, Clássicos da Literatura Ilustrados, faz também parte «A Volta ao Mundo em Oitenta Dias», de Júlio Verne, já publicada.
«Pratos do Mundo», de Blandine Boyer e com fotografias e foodstyling de Aurélie Jeannette, é o mais recente livro da coleção «Pratos Únicos». Trata-se de 40 receitas para viajar à volta do mundo e maravilhar os seus comensais!
Escolha de entre 40 receitas exóticas e viaje pelos quatro cantos do planeta sem sair da sua cozinha! Descubra as técnicas de marinadas originais para dar ainda mais sabor às suas saborosas receitas de pratos japoneses, americanos, marroquinos, canadianos… Há receitas para todos os gostos, sobretudo se variar os métodos de cozedura: no forno, na frigideira e, claro, no grelhador e na chapa. Carne de vaca, vitela, frango, peixe, legumes… Todas as famílias de alimentos estão prestes a viajar, e poderá até aterrar de forma doce com algumas receitas de frutos, escaldados ou grelhados! E, para ser ainda mais eficaz, no final do livro encontrará um glossário e listas de compras!
Escolha de entre 40 receitas exóticas e viaje pelos quatro cantos do planeta sem sair da sua cozinha! Descubra as técnicas de marinadas originais para dar ainda mais sabor às suas saborosas receitas de pratos japoneses, americanos, marroquinos, canadianos… Há receitas para todos os gostos, sobretudo se variar os métodos de cozedura: no forno, na frigideira e, claro, no grelhador e na chapa. Carne de vaca, vitela, frango, peixe, legumes… Todas as famílias de alimentos estão prestes a viajar, e poderá até aterrar de forma doce com algumas receitas de frutos, escaldados ou grelhados! E, para ser ainda mais eficaz, no final do livro encontrará um glossário e listas de compras!
«A Bíblia dos Segredos das Avós», de Martina Krčmár, traz-nos a magia reencontrada dos saberes do passado para melhor viver no presente!
Nas aldeias de outrora, eram raros os casos em que se recorria ao médico. As virtudes das plantas eram bem conhecidas havia gerações. Desde cedo que se aprendia a identificar as propriedades terapêuticas das plantas e a preparar tratamentos, mas também cremes e produtos de limpeza capazes de operar autênticos milagres caseiros. Vivia-se ao ritmo da natureza, confiando na sua sabedoria. Utilizava-se a urtiga contra os problemas respiratórios, fazia-se uma cura com dente-de-leão para desintoxicar o corpo, recorria-se à arnica para tratar das feridas, às cataplasmas de aloé para aliviar as queimaduras… Limpava-se tudo em casa, com a ajuda do bicarbonato, do vinagre e do limão. Na cozinha, sabia-se como aproveitar os produtos da estação e como os conservar da melhor forma.
São todos estes segredos transmitidos de geração em geração que a autora reuniu humildemente neste livro. Receitas e remédios que atravessaram os tempos e são de uma eficácia repetidamente comprovada.
Nas aldeias de outrora, eram raros os casos em que se recorria ao médico. As virtudes das plantas eram bem conhecidas havia gerações. Desde cedo que se aprendia a identificar as propriedades terapêuticas das plantas e a preparar tratamentos, mas também cremes e produtos de limpeza capazes de operar autênticos milagres caseiros. Vivia-se ao ritmo da natureza, confiando na sua sabedoria. Utilizava-se a urtiga contra os problemas respiratórios, fazia-se uma cura com dente-de-leão para desintoxicar o corpo, recorria-se à arnica para tratar das feridas, às cataplasmas de aloé para aliviar as queimaduras… Limpava-se tudo em casa, com a ajuda do bicarbonato, do vinagre e do limão. Na cozinha, sabia-se como aproveitar os produtos da estação e como os conservar da melhor forma.
São todos estes segredos transmitidos de geração em geração que a autora reuniu humildemente neste livro. Receitas e remédios que atravessaram os tempos e são de uma eficácia repetidamente comprovada.
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