quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Prémio Cervantes - Sergio Ramírez em Portugal para lançar novo romance

Título: Já Ninguém Chora por Mim
Autor: Sergio Ramírez
Tradutor: Helena Pitta
Págs.: 312
PVP: 17,70 €

O escritor nicaraguense Sergio Ramírez, vencedor do Prémio Cervantes 2017, estreia-se na Porto Editora com Já Ninguém Chora por Mim, que chega às livrarias a 14 de fevereiro e será apresentado a 21 de fevereiro no festival literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim. O autor recupera como protagonista neste romance o inspetor Dolores Morales para desvendar um caso de desaparecimento da filha de um multimilionário poderoso. Através desta trama policial, Sergio Ramírez, que fez parte da revolução sandinista e foi vice-presidente da Nicarágua – sendo agora um opositor do atual regime –, faz um retrato duro e atual sobre a realidade política e social do seu país.

Sinopse: 
Há muito reformado da Polícia Nacional, o inspetor Dolores Morales trabalha agora como detetive privado, investigando adultérios para uma clientela de poucos recursos, a partir da sua agência situada num shopping center depauperado, em Manágua. Mas um acontecimento imprevisto vai arrancá-lo da rotina: desapareceu a enteada de um dos homens mais poderosos do país e Morales recebe a incumbência de encontrá-la.
Rapidamente, o desaparecimento da jovem revelará a ponta de um icebergue que esconde as cloacas do sistema político e social do país. É nesse momento que Morales compreende que não é só o paradeiro da rapariga que tem de descobrir, mas as verdadeiras razões pelas quais ela desapareceu.
Carregado de humor e ironia, e com a mestria narrativa que caracteriza toda a sua obra, Sergio Ramírez regressa ao policial com uma das suas personagens mais memoráveis, traçando um implacável retrato social da realidade nicaraguana, seguindo a mais pura tradição do género negro.

Sobre o autor: 
Sergio Ramírez nasceu em Masatepe, Nicarágua, em 1942. Faz parte da geração de escritores latino-americanos que surgiu depois do boom e, após um longo exílio voluntário na Costa Rica e na Alemanha, abandonou por algum tempo a sua carreira literária para se integrar na revolução sandinista que fez cair a ditadura do último Somoza. Em 1984 foi eleito vice-presidente da Nicarágua, apoiando a candidatura de Daniel Ortega, de quem mais tarde se distanciaria politicamente a ponto de se tornar um dos mais acérrimos críticos do atual presidente. Em 1996 colocou um ponto final na sua vida política e passou a dedicar-se apenas à escrita.
Com o romance Castigo divino (1988) obteve o Prémio Dashiell Hammett em Espanha, e, com o seguinte, Un baile de máscaras, ganhou o Prémio Laure Bataillon para o melhor romance estrangeiro traduzido em França. Em 1998 venceu o Prémio Alfaguara com Margarita, está lindo o mar. Em 2011 recebeu, no Chile, o Prémio Ibero-Americano de Letras José Donoso pelo conjunto da sua obra literária e, em 2014, o Prémio Carlos Fuentes. Em 2017 foi-lhe atribuído o Prémio Cervantes.

Na imprensa:
«Um romance viciante. Escrito com o talento que só os bons escritores têm.» Luisge Martín
«Uma denúncia explícita à corrupção que sustenta o regime [nicaraguano].» El País
«Com o seu mais recente romance, Ramírez recria aspetos da Nicarágua atual, tais como os abusos de poder, a censura e a deterioração dos direitos humanos.» Vanguardia


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