Autor: Joanna Goodman
Editor: Edições Asa
N.º de Páginas: 384
Sinopse:
Aos 16 anos, Maggie Hughes faz algo imperdoável aos olhos da família: apaixona-se e engravida. O nome do rapaz é Gabriel e a relação de ambos é proibida. A bebé vai chamar-se Elodie e não conhecerá o amor dos pais. Em vez disso, é enviada para um orfanato miserável, onde cresce sem saber o que é ter um lar e uma família.
E quando uma lei atribui mais dinheiro aos hospitais psiquiátricos do que aos orfanatos, a situação de Elodie piora dramaticamente. Juntamente com milhares de outros órfãos, é declarada atrasada mental. O orfanato transforma-se num hospital onde as crianças são submetidas a tratamentos para doenças que não têm, as janelas estão cobertas por grades e as aulas são substituídas por trabalho pesado.
Maggie, entretanto, faz os possíveis por ter uma vida normal. Mas não consegue esquecer a bebé que foi forçada a abandonar. Após um encontro inesperado com Gabriel, que faz ressurgir memórias avassaladoras do passado, ela decide enfrentar a sua perda. E começa então uma busca desenfreada pela sua menina e pela vida que lhes foi negada…
Joanna Goodman baseou-se em factos reais e na história da sua família para escrever A Casa das Meninas Indesejadas. Um romance que relata um momento negro da História e que é universal na abordagem aos laços indestrutíveis que unem mães e filhas.
Sinopse:
Aos 16 anos, Maggie Hughes faz algo imperdoável aos olhos da família: apaixona-se e engravida. O nome do rapaz é Gabriel e a relação de ambos é proibida. A bebé vai chamar-se Elodie e não conhecerá o amor dos pais. Em vez disso, é enviada para um orfanato miserável, onde cresce sem saber o que é ter um lar e uma família.
E quando uma lei atribui mais dinheiro aos hospitais psiquiátricos do que aos orfanatos, a situação de Elodie piora dramaticamente. Juntamente com milhares de outros órfãos, é declarada atrasada mental. O orfanato transforma-se num hospital onde as crianças são submetidas a tratamentos para doenças que não têm, as janelas estão cobertas por grades e as aulas são substituídas por trabalho pesado.
Maggie, entretanto, faz os possíveis por ter uma vida normal. Mas não consegue esquecer a bebé que foi forçada a abandonar. Após um encontro inesperado com Gabriel, que faz ressurgir memórias avassaladoras do passado, ela decide enfrentar a sua perda. E começa então uma busca desenfreada pela sua menina e pela vida que lhes foi negada…
Joanna Goodman baseou-se em factos reais e na história da sua família para escrever A Casa das Meninas Indesejadas. Um romance que relata um momento negro da História e que é universal na abordagem aos laços indestrutíveis que unem mães e filhas.
A minha opinião:
6 de março de 1950. Maggie dá à luz um bebé indesejado. Desde as primeiras horas de vida que o destino de Elodie está traçado: o orfanato. E vive bem com isso. Elodie não é aquela menina que espera desesperadamente pela visita semanal de casais que "escolhem" aquela criança que podem chamar de sua. E quando não é escolhida não fica triste porque gosta de viver ali junto com as freiras.
No entanto, a lei muda e o orfanato onde se encontra passa a ser um hospital psiquiátrico, numa forma de obter mais dinheiro por parte do Estado.
Desse hospital passa para um outro ainda pior, onde as crianças, com deficiência, são muito maltratadas. E as ditas normais caminham para o mesmo. Desde lhe administrarem medicamentos que as deixam completamente apáticas, como zombies, até à feitura de lobotomias, para aquelas mais rebeldes, que as transformam para sempre.
"Naquele lugar cheio de segredos, não há segredos."
Os anos vão passando, mas Maggie, a quem lhe foi tirada a filha à força quando tinha 16 anos, não se esquece do seu rebento fruto de um grande amor.
Joanna Goodman pega na triste realidade passada no Quebeque entre os anos 1940 e 1960 e traz-nos um livro fantástico que devorei em pouco tempo. O facto de não estar a par da História fez com que não levasse demasiadas expectativas, e acabei por ficar chocada com o que as instituições fizeram com estas crianças nestes 20 anos.
Entre 1940 e 1960 foram várias as crianças, órfãs, que foram declaradas doentes mentais pelo governo do Quebeque. Os Órfãos de Duplessis, assim apelidados por Duplessis ter sido primeiro-ministro na altura em que os orfanatos passaram a ser hospitais psiquiátricos, eram considerados frutos do pecado.Nna sua maioria filhos de mães solteiras, foram sujeitos aos atos mais vis. Lobotomia, experiências científicas, o uso de coletes de forças, choques eléctricos e abusos sexuais eram praticados diariamente por freiras e médicos das instituições. Resultando em verdadeiros massacres, uma vez que muitas foram as que perderam a vida.
Tudo isto porque Duplessis decidiu que as instituições psiquiátricas receberiam bem mais ajudas por parte do Estado do que os orfanatos permitindo que os mesmos deixassem de existir transformando-se em instituições de saúde mental.
Só depois que Duplessis saiu do governo é que se começou a descobrir o que as instituições católicas tinham feito com estas crianças, que já adultas começaram a denunciar os maus tratos que tinham vivido nas mãos, sobretudo, de freiras e padres.
Imagem retirada da internet que denuncia os maus tratos a que as crianças eram sujeitas nos hospitais psiquiátricos |
Só depois que Duplessis saiu do governo é que se começou a descobrir o que as instituições católicas tinham feito com estas crianças, que já adultas começaram a denunciar os maus tratos que tinham vivido nas mãos, sobretudo, de freiras e padres.
A história, muito bem contada pela autora, é inserida numa linda história de amor entre Maggie e Gabriel. E é também aqui que Goodman mostra a rivalidade entre franceses e ingleses no Quebeque que os separa em duas facções.
Só posso recomendar a sua leitura.
Sem comentários:
Enviar um comentário