quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Assírio & Alvim - A poesia reunida de António Botto

Título: Poesia
Autor: António Botto
Edição e Introdução: Eduardo Pitta
N.º de Páginas: 816
PVP: 44,00 €

A 8 de novembro a Assírio & Alvim publica Poesia, livro que reúne toda a poesia de António Botto, publicada entre 1921 e 1959, onde se inclui nomeadamente o célebre Canções (um conjunto de quinze livros), o póstumo Ainda não Se Escreveu e a sequência de poemas em prosa Cartas Que Me Foram Devolvidas.
Eduardo Pitta é o responsável pela edição, cronologia do autor e introdução, onde é possível revisitar a vida de Botto, o seu êxito e as controvérsias que o cercaram. Fernando Pessoa, que foi seu editor e tradutor, considerou-o «o único exemplo em Portugal da realização literária, de qualquer espécie, do ideal estético». Joaquim Manuel Magalhães defendeu que «Em Portugal, vale ainda hoje como resistência sexual a poesia de Botto». E Fernando Cabral Martins disse: «A poesia de António Botto é água transparente onde os outros destilam os seus álcoois, é um passeio embalado pelos bairros da noite onde os outros nos propõem um passo no abismo ou a dobra alucinada do mundo.»
Afirmam que a vida é breve,
Engano, – a vida é comprida:
Cabe nela o amor eterno
E ainda sobeja vida

Sobre o autor: 
António Botto nasceu em 1897 no concelho de Abrantes, em meio proletário, e ainda em criança foi viver para Lisboa. A sua estreia literária dá-se em 1921, ano em que é publicada a primeira edição de Canções, com prefácio de Teixeira de Pascoaes, obra inovadora na lírica portuguesa e que na época causou grande polémica pelo seu teor explicitamente homossexual. Além de poeta, Botto foi também contista e dramaturgo. Os seus contos infantis foram traduzidos para inglês (1935) e irlandês (1941), e parte da sua obra poética foi traduzida por Fernando Pessoa com o título Songs, em 1948. Pessoa foi também seu editor e defensor crítico, tendo o ensaio «António Botto e o Ideal Estético em Portugal» (Contemporânea, 1922) influenciado fortemente a receção crítica da sua poesia.
Ostracizado em Portugal, Botto radicou-se no Brasil em 1947, onde passou tempos muito difíceis, vindo a morrer de atropelamento no Rio de Janeiro, em 1959.


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