sábado, 26 de maio de 2018

"Farinha" o livro que foi proibido em Espanha

Farinha de Nacho Carretero é o livro que está a alimentar uma enorme polémica por ter sido proibido em Espanha. Um dos narcotraficante referidos no livro processou o autor e neste momento o livro foi retirado das livrarias e a sua venda proibida.

A Desassossego publica este livro no início de junho e convidou o autor para estar em lisboa nos dias 11 e 12 de junho para falar sobre esta situação e sobre a investigação que revela a história negra do contrabando e do narcotráfico na Galiza...

Nos anos 90, 80% da cocaína que chegava à Europa desembarcava nas costas galegas. Para além da sua posição geográfica privilegiada, a Galiza dispunha de todos os ingredientes necessários para se converter numa “nova Sicília”: atraso económico, uma centenária tradição de contrabando (principalmente com Portugal) e um clima de admiração e tolerância em relação a uma cultura criminosa herdada da época dos “inofensivos” e “benfeitores” chefes do tabaco. Os clãs, poderosos e fechados, cresceram num clima de impunidade consolidada graças à apatia e cumplicidade da classe política e forças de segurança. Através de testemunhos diretos dos intervenientes, Farinha incluí ainda uma análise dos clãs que continuam as suas operações hoje em dia. Porque ao contrário da crença mediática e popular – tal como demonstra este livro –, o narcotráfico continua vivo na Galiza.

Nacho_Carretero.jpgNacho Carretero (Corunha, 1981) é um jornalista galego que trabalhou para a XL Semanal, o El Mundo e o El Español. Escreveu sobre o genocídio no Ruanda, o ébola em África, a Síria ou o seu amado Deportivo de La Coruña. Atualmente, é repórter no El País. Contar a história do narcotráfico galego era um sonho jornalístico que tinha há vários anos.




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