Autor: Daniel Cole
Editora: Suma de Letras
N.º de Páginas: 472
PVP: 19,90€
Um corpo, seis vítimas…
Sinopse:
William Fawkes, um controverso detective conhecido por "Wolf", acabou de ser reintegrado no seu posto após ter sido suspenso por agressão a um suspeito. Ainda sob avaliação psicológica, Fawkes regressa ao activo, ansioso por um caso importante. Quando se encontra com a sua antiga colega e amiga, a inspectora Emily Baxter, num local de crime, tem a certeza de que é aquele o grande caso: o corpo que encontram é formado pelos membros de seis vítimas, suturados de modo a formar uma marioneta, que ficou conhecida como "Boneca de Trapos".
Fawkes é incumbido de identificar as seis vítimas, mas tudo se complica quando a sua ex-mulher, que é repórter, recebe uma carta anónima com fotografias do local do crime, acompanhada de uma lista na qual constam os nomes de seis pessoas e as datas em que o homicida tenciona assassiná-las. O último nome da lista é o de Fawkes. A sentença de morte com data marcada desperta as memórias mais sombrias de Wolf. O detective teme que os assassinatos tenham mais a ver com ele - e com o seu passado - do que qualquer um possa imaginar.
A minha opinião:
William Fawkes esperou quatro anos para ser reintegrado na polícia. Em 2000, em pleno julgamento, Wolf, como é conhecido, descontrolou-se e agrediu um suspeito de ter assassinado dezenas de jovens prostitutas. O acusado era um taxista de seu nome Khalid.
Caído em desgraça e a viver num bairro miserável, Wolf é confrontado com uma cena de crime macabra: um corpo aparece no edifício vizinho e não é um corpo vulgar. É composto por seis partes de pessoas diferentes, mas a cabeça vai impressionar o detective já que este conhece perfeitamente uma das vítimas.
Fawkes terá de identificar as restantes peças que compõe o corpo que ficará conhecido como "Boneca de trapos", mas Wolf não terá uma tarefa nada facilitada.
Esta é a premissa para o que promete ser um excelente livro policial e bem publicitado pela Suma de Letras, que enviou para alguns bloggers um kit absolutamente fantástico.
Wolf não é um polícia típico. Depois do que sucedeu no tribunal, o detective anda por caminhos pantanosos, sempre revivendo o passado. Evidentemente que este caso que vai investigar, o primeiro depois de estar retirado tanto tempo, vai abalá-lo, porque o criminoso parece querer afectá-lo a todos os níveis. O corpo com as diferentes vítimas foi depositado no prédio em frente onde vive e uma das partes ser de um assassino preso por si, vai fazer com que se dedique ao caso com "unhas e dentes". E mais ainda quando é revelada uma lista com o dia e o nome de quem morrerá a seguir.
Numa corrida contra o tempo, vamos acompanhando esta investigação, que conta com a insuportável Emily Baxter e o novato Edmunds, que foi a personagem com quem criei mais empatia.
E essa é a parte que mais destaco no livro. O facto de muitos dos nomes contados na lista não são conhecidos dos detectives, cria a investigação propriamente dita, relegando para segundo plano a procura do assassino, que acaba por não ser muito relevante para a trama.
Por causa disso, o final do livro acaba por não ser assim tão importante, porque ao longo da história não fui criando nenhuma linha que me levasse a quem estivesse por detrás de tudo. Penso mesmo que essa foi mesmo a pior parte do livro.
Relativamente às personagens, e sobretudo aos detectives, Wolf é um detective que sai fora das normas. A forma como vê a investigação ultrapassa os trâmites legais, mas faz tudo para que o caso seja resolvido. Para o bem e para o mal. Exemplo disso é a forma como o próprio livro começa, numa sala de tribunal.
Emily Baxter, colega de Wolf mesmo antes deste ter sido suspenso, é uma anti-social. Vive para o trabalho e não é uma pessoa agradável.
Edmunds é, como referi anteriormente, o novato. É a pessoa que mas gostei de conhecer. Um homem empenhado, que quer levar tudo pela legalidade, e que trabalha até mais não, mesmo que isso prejudique o seio familiar. Apesar de tudo, é deixado completamente à margem na policia, e em parte por ter vindo do departamento de fraudes.
E Andrea, ex-mulher de Wolf e jornalista empenhada...
Boneca de Trapos surgiu inicialmente para uma série de televisão, mas foi rejeitado. No entanto, Daniel Cole foi persistente e criou este primeiro volume de uma série que terá como protagonista William Fawkes, e espero que também todo o departamento da polícia, já que estou curiosa na evolução de Edmunds. Esta é, portanto, uma série que irei querer seguir.
William Fawkes esperou quatro anos para ser reintegrado na polícia. Em 2000, em pleno julgamento, Wolf, como é conhecido, descontrolou-se e agrediu um suspeito de ter assassinado dezenas de jovens prostitutas. O acusado era um taxista de seu nome Khalid.
Caído em desgraça e a viver num bairro miserável, Wolf é confrontado com uma cena de crime macabra: um corpo aparece no edifício vizinho e não é um corpo vulgar. É composto por seis partes de pessoas diferentes, mas a cabeça vai impressionar o detective já que este conhece perfeitamente uma das vítimas.
Fawkes terá de identificar as restantes peças que compõe o corpo que ficará conhecido como "Boneca de trapos", mas Wolf não terá uma tarefa nada facilitada.
Esta é a premissa para o que promete ser um excelente livro policial e bem publicitado pela Suma de Letras, que enviou para alguns bloggers um kit absolutamente fantástico.
Wolf não é um polícia típico. Depois do que sucedeu no tribunal, o detective anda por caminhos pantanosos, sempre revivendo o passado. Evidentemente que este caso que vai investigar, o primeiro depois de estar retirado tanto tempo, vai abalá-lo, porque o criminoso parece querer afectá-lo a todos os níveis. O corpo com as diferentes vítimas foi depositado no prédio em frente onde vive e uma das partes ser de um assassino preso por si, vai fazer com que se dedique ao caso com "unhas e dentes". E mais ainda quando é revelada uma lista com o dia e o nome de quem morrerá a seguir.
Numa corrida contra o tempo, vamos acompanhando esta investigação, que conta com a insuportável Emily Baxter e o novato Edmunds, que foi a personagem com quem criei mais empatia.
E essa é a parte que mais destaco no livro. O facto de muitos dos nomes contados na lista não são conhecidos dos detectives, cria a investigação propriamente dita, relegando para segundo plano a procura do assassino, que acaba por não ser muito relevante para a trama.
Por causa disso, o final do livro acaba por não ser assim tão importante, porque ao longo da história não fui criando nenhuma linha que me levasse a quem estivesse por detrás de tudo. Penso mesmo que essa foi mesmo a pior parte do livro.
Relativamente às personagens, e sobretudo aos detectives, Wolf é um detective que sai fora das normas. A forma como vê a investigação ultrapassa os trâmites legais, mas faz tudo para que o caso seja resolvido. Para o bem e para o mal. Exemplo disso é a forma como o próprio livro começa, numa sala de tribunal.
Emily Baxter, colega de Wolf mesmo antes deste ter sido suspenso, é uma anti-social. Vive para o trabalho e não é uma pessoa agradável.
Edmunds é, como referi anteriormente, o novato. É a pessoa que mas gostei de conhecer. Um homem empenhado, que quer levar tudo pela legalidade, e que trabalha até mais não, mesmo que isso prejudique o seio familiar. Apesar de tudo, é deixado completamente à margem na policia, e em parte por ter vindo do departamento de fraudes.
E Andrea, ex-mulher de Wolf e jornalista empenhada...
Boneca de Trapos surgiu inicialmente para uma série de televisão, mas foi rejeitado. No entanto, Daniel Cole foi persistente e criou este primeiro volume de uma série que terá como protagonista William Fawkes, e espero que também todo o departamento da polícia, já que estou curiosa na evolução de Edmunds. Esta é, portanto, uma série que irei querer seguir.
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