quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Top leituras 2017

O ano de 2017 está a chegar ao fim e como é habitual no final de cada ano há balanços de leituras e dos melhores livros lidos.
Até ao final do ano conto ler entre 77 a 78 livros que a comparar com os anos de 2015 e 2016 não está nada mau.
Mas nada que compare à qualidade dos livros. Li livros muito bons, mas também li alguns medianos e outros maus como podem comprovar pelas minhas opiniões.
Deixo-vos aqui o meu top 10 de livros ou autores, que poderá também servir como sugestão de última hora para o Natal.

Os Bebés de Auschwitz já estava na minha lista de livros desejados para comprar e ler. De facto, por muitos livros que tenhamos lido sobre o Holocausto ainda há livros capaz de nos surpreender. 
Os Bebés de Auschwitz centra a sua história na vida de Priska, Rachel e Anka, três mulheres que se cruzam com Mengele na entrada do campo de concentração, mas sem que as suas vidas de cruzem dentro do mesmo campo. As três entraram grávidas em Auschwitz, mas nunca disseram a ninguém que estavam de bebé. Essa ocultação terá sido a sorte delas e dos seus bebés.
M. J. Arlidge já ocupa um espaço importante nas minhas leituras de policiais. Portanto, visto terem saído dois títulos do mesmo autor este ano e como ambos me encheram as medidas, fica aqui a sugestão.
Helen Grace é a protagonista desta série fantástica e para quem segue a mesma, estes são dois títulos a não perder.

Tal como acontece com M. J. Arlidge, também sou seguidora da série Robert Hunter, de Chris Carter.
Li no início do ano o primeiro livro da série, que ainda não tinha e mais dois livros dele foram publicados, todos eles excelentes.
Com cenários cada vez mais macabros e gráficos, Carter prende cada vez mais os leitores amantes de livros do género.


A Rapariga de Antes não gerou consensos. Houve quem não gostasse deste livro, mas também houve que gostasse imenso.  Eu fiquei rendida à forma como foi escrito e posso dizer que foi uma das leituras que me deu mais gozo. Gostei sobretudo do efeito psicológico criado à volta do n.º 1 de Folgate Street, casa londrina número 1 em tecnologia, mas que funcionava como uma espécie de Big Brother, onde o sistema começa a conhecer os gostos pessoais de cada um que lá vive, adaptando-se completamente ao humano.


 Quem segue o blogue e quem me conhece minimamente, sabe que na área do romance Jodi Picoult tem um lugar especial na minha estante. Eis dois livros que li da autora e que adorei. Pelo meio do ano houve porém outro, Compaixão, que detestei. Destaco, contudo, O Poder das Pequenas Coisas, livro de 2017, que retrata o racismo com mestria e Dezanove Minutos, um livro já mais antigo, lido conjuntamente com outras leitoras e bloggers, e a opinião foi unânime: um dos melhores livros da autora. Dezanove minutos relata um massacre numa escola norte-americana.

"O Ano da Dançarina" foi o primeiro livro que li de Carla M. Soares e deixou-me completamente vidrada na história. Sou fã assumida de romances históricos, e a temática da Primeira e Segunda Guerra Mundial é das que mais me atrai. Saber que se passará um pouco na frente francesa, passando posteriormente para Portugal onde parte da história se passa na narração dos milhares de mortos provocados pela gripe espanhola, como vulgarmente é chamada, deixou-me entusiasmada.
Café Amargo é um livro puramente italiano. O clã tanto dos Marra como dos Sala é bastante unido, com atitudes próprias de familiares, onde o dinheiro leva a muitas amizades, mas sobretudo a conflitos, mesmo dentro do seio familiar. Pietro é um esbanjador, habituado à opulência, Maria é mais ponderada, embora procure conforto para a sua casa e para quem nela trabalha. É pioneira na colocação de casas de banho no interior da moradia, assim como a electricidade e água.No entanto, não agrada a todos e a sua vida não vai ser facilitada.
Pleno de referências históricas e com personagens marcantes, Café Amargo vai prender os amantes do romance histórico.
Sou fã confessa dos livros de Lisa Gardner e Tess Gerritsen, ambos publicados pelo Círculo de Leitores. Logo que saem tenho de os comprar no imediato.

Sexto livro da série D. D Warren, Não me Apanhas talvez tenha sido o que mais me agradou. Com bastante suspense, uma personagem que não sabemos se será vítima ou a assassina até praticamente à última página, uma história bem conseguida, faz com este livro tenha sido uma excelente leitura de férias.
Apesar de já ter lido muitos bons livros do género Policial/Thriller este ano não houve um que me surpreendeu como este. A história não é original, é fácil compreender que algo se passa de muito mau entre o casal protagonista, mas está escrita de uma forma que me agradou bastante ao ponto de lhe dar 5* no Goodreads.
Alternado entre o presente e passado por forma a conhecermos com mais profundidade o amadurecer da relação do casal modelo Jack e Grace, este é um livro que os amantes do género não vão mesmo querer perder.


É fácil gostar da escrita de Allende. As descrições, que para alguns leitores podem ser um pouco exageradas, são fundamentais para conhecermos a fundo as suas personagens, sempre ricas em histórias, sobretudo histórias de países sul americanos. 

O drama de se nascer num país pobre leva muitos jovens a ingressar em cartéis de droga, opção nada feliz para muitos deles, nem para as suas famílias. A dificuldade de fugirem de toda esta infelicidade e pobreza faz com que muitos outros arrisquem a vida, numa travessia penosa e longínqua para os levar para a terra das grandes oportunidade, onde tudo é mais fácil e onde podem ser felizes. Mas será a América isso tudo? 

Allende apresenta-nos uma história plena de esperança, companheirismo e amor, mas também com críticas duras à nova política de Donald Trump. Esta foi sem dúvida uma leitura dura, mas plena de intensidade. 
O amor, o envelhecimento, a pobreza, a devoção aos animais, problemas políticos, tudo isto é abordado por Allende, transformando Para Lá do Inverno um livro excepcional. A não perder.


2 comentários:

Miguel Pestana disse...

Olá Maria Manuel. Bom ano!

O 'A Rapariga de Antes' foi um dos melhores livros que li em 2017. É um livro muito diferente, com um estilo narrativo muito surpreendente.
O novo da Isabel Allende terminei de ler ontem. Foi preciso passar a metade do livro para eu começar a gostar da história, e então o fim foi surpreendente e me conquistou.

Boas leituras para este ano!

Maria Manuel Magalhães disse...

Olá Miguel,

Relativamente ao "A Rapariga do Antes" acho precisamente o mesmo. Não reuniu consenso nos leitores, mas eu adorei.
Boas leituras para 2018!

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