quarta-feira, 21 de junho de 2017

Dias de Abandono - Elena Ferrante [Opinião]

Título: Dias de Abandono
Autor: Elena Ferrante
N.º de Páginas: 194

Sinopse:
Depois de quinze anos de casamento, Olga é abandonada por Mario. Presa ao quotidiano estilhaçado com dois filhos, um cachorro e nenhum emprego, ela recusa-se a assumir o papel de "poverella" ("a pobre mulher abandonada").
Essa opção projeta-a num turbilhão de obsessões, angústia e ímpetos violentos, capazes de afastar Olga do facto de que as derrotas precisam ser assumidas para que a vida possa enfim seguir adiante. Assinado pela enigmática autora cuja verdadeira identidade é mantida em segredo, "Dias de abandono" colocou Elena Ferrante definitivamente no panteão dos maiores autores da literatura segundo público e crítica.

A minha opinião: 
Ebooks e livros de contos não são a minha paixão, mas de vez em quando, dá jeito ler um livro no telemóvel. Por alguma razão não tinha livro físico comigo e tinha alguns ebooks guardados no telemóvel e aproveitei para me estrear em Elena Ferrante.
Obviamente que não sendo o conto o meu género predilecto não posso avaliar Elena Ferrante apenas por este livro, caso contrário a minha vontade de querer lê-la tinha terminado aqui.
Olga, a protagonista deste livro vive uma vida simples, rotineira, ao lado de Mario, o seu marido e pai dos seus dois filhos. Até que num dia, os quinze anos de casamento termina porque Mario se apaixonou por uma mulher bem mais nova. 
A rejeição leva-a a uma espiral de auto-destruição que só termina quando os filhos começam a gabar em demasia a madrasta. 
De facto Olga viveu sempre para o casamento. Sem trabalho e a braços com o facto de ter de manter uma casa, os dois filhos e um cão, pertença do seu ex-marido, a mulher entra em paranóia e acaba por não saber muito bem que rumo dar à sua vida. 
Ao longo das 194 páginas, não criei qualquer empatia com as personagens. Olga é demasiado paranóica para o meu gosto. Uma mulher que nunca tomou qualquer decisão na vida e que, ao ser confrontada com este revés na sua vida, não sabe desenvencilhar-se. Mario é um homem fútil, que mantém uma relação quase que incestuosa com uma rapariga, mantendo essa relação clandestinamente, sem que Olga se aperceba. Os restantes são acessórios para a história.
Mais um conto que não me cativou, embora tenha ficado com curiosidade para ler a restante obra de Ferrante.  



 
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